quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia de ver castelos!

O que se faz no Vale du Loire além de ficar passeando e curtindo as cidadezinhas? Vamos visitar castelos! E foi isso que fizemos!

Separamos dois castelos para visitar hoje.

Começamos pelo Chambord. Ele fica a mais ou menos 1 hora de Amboise. O castelo é imenso, porém praticamente vazio. Os aposentos têm pouquíssimos móveis, como camas. Além disso, durante a visita você aprende que o castelo sofreu diversas alterações em sua estrutura original. O bacana daqui é fazer o tour com um ipad (que é alugado no próprio castelo): com ele você não apenas lê as explicações de cada cômodo (o aparelho identifica onde você está e automaticamente te trás as informações e opções para maiores detalhes), como também mostra como era a decoração e estrutura anteriormente. Bem interessante, porém achei um pouco maçante: muitos detalhes sobre tudo. No final já estávamos cansados.

O segundo castelo foi o Chenonceau, que fica a 30 minutos de Amboise. MARAVILHOSO! Não é tão grande quanto o anterior, mas é muito agradável. Uma localização ótima, com jardins maravilhosos e um tamanho ideal para um tour. Pegamos o áudio tour, que foi ótimo, pois as explicações eram interessantes e objetivas. Eles contam efetivamente a história do que aconteceu lá de forma envolvente. Eu ficava ouvindo, dentro de cada aposento, e imaginando como deveria ser viver naquela época. E mais, aqui o castelo está todo decorado, então fica mais fácil imaginar! Recomendo muito não apenas visitar o castelo, como também pegar o audioguide.

De noite jantamos em Amboise. Primeiro tentamos ir para o restaurante Le Lion d’Or, por indicação de minha irmã, porém estava fechado. Então fomos no La Reserve. Tudo que pedimos estava bom: entrada, pratos principais e sobremesa.

Clara, escrevendo sobre o dia 29 de outubro de 2015.

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Último dia em Paris



Saímos relativamente cedo do hotel para tentar fazer o dia render, uma vez que hoje sairíamos de Paris. Também foi um dia que visitamos lugares que normalmente não são prioridades.

O roteiro foi dedicado ao bairro Marais. Primeiro fomos para Place des Vosges. É uma praça relativamente pequena (quando comparada a Luxemburgo, por exemplo). Originalmente todo complexo de prédios ao redor da praça era uma única residência construída pelo Rei Henri IV. Mas depois que a mansão foi desmembrada em diferentes residências e edifícios, a praça continuou atraindo moradores ilustres, entre ele o escritor Victor Hugo, que morou no número 6 por muitos anos até decidir abandonar Paris durante a Revolução (e então escrever o clássico Les Miserables). Passeamos um pouco pelo jardim, mas confesso que esperava mais.

Seguimos para o Centro Georges Pompidou. Quando chegamos lá, ainda estava fechado. Então resolvemos andar pelas redondezas, quando encontramos uma chocolateria maravilhosa chamada Le Comptoir de Mathilde. Que loja fofa! Excelente para encontrar lembrancinhas para dar!

Voltamos para o Centro (uns 10minutos antes de abrir) e, para nossa surpresa, já tinha fila! Isso mesmo! Como tínhamos o Paris Museum Pass, nossa fila era menor... O museu Pompidou é um espaço multifuncional, que abriga um museu, uma biblioteca, um centro de pesquisa sobre música, um restaurante, além de um grande espaço para exposições temporárias. Além disso, sua arquitetura chama atenção, pois ela muito moderna, com todos os tubos e dutos aparente. Apesar de possuir um acervo tentador para os amantes da arte (ele possui Picasso, Miró, Braque, Matisse, etc.), nós fomos lá com um único objetivo: o último andar oferece uma vista bacana da cidade. Quando chegamos lá, me decepcionei. De verdade, não vale a pena ir só pela vista.

Depois fomos para um jardim nada turístico, mas que ficamos curiosos em visitar por causa da homenagem: Jardin Anne-Frank. Trata-se de um jardim escondido, pequeno, mantido pelos próprios moradores da redondeza. E mais: eles também possuem uma pequena plantação compartilhada. Quando estivemos lá, tinham duas pessoas e uma criança adubando e mexendo nas plantas! Uma graça!

Por fim, fomos ao Musée des Arts et Métiers. Gente, se eu tivesse mais tempo ou soubesse como ele era interessante, não teria perdido meu tempo na fila do Pompidou! É um museu que possui/expõem alguns experimentos/invenções históricas do século 16 (+/-) tais como a máquina de calcular de Pascal, o laboratório de Lavoisier, o pêndulo de Foucault! Como falei, por causa do tempo, só vimos o pêndulo, e ficamos nele uns 20 minutos! Kkkk! De verdade, quem é curioso e gosta de saber como as coisas funcionam, deve visitar esse museu!

De lá fomos pegar o carro para irmos para a última etapa da viagem. E aí tivemos uma bela dor de cabeça. Resumindo MUITO a história, o carro não estava mais disponível porque, segundo a Enterprise, o mesmo estava marcado para ser entregue às 8h da manhã, e eles só possuem uma tolerância de 2 horas. Como nós chegamos 14:30h, não tinha mais nada a ser feito. Ligamos para o cara com quem fechamos a viagem, reclamamos um monte, mas não teve jeito. Tivemos que alugar, pelo dobro do preço, um carro pior em outra empresa.

Pegamos nossas malas no hotel e fomos para a última etapa: o Vale do Loire, mais especificamente a cidade de Amboise. Chegamos lá tarde, então não fizemos nada.

Clara, escrevendo sobre o dia 28 de outubro de 2015.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Visitaa lugares menos “populares” (ou achávamos)

Por tudo que li, ou que as pessoas me falavam ou recomendavam, praticamente já visitamos os pontos turísticos mais populares, famosos indicados. Ou pelo menos, era o que achávamos...

Começaríamos o dia com as Catacombs of Paris. Até antes de começar a planejar a viagem, confesso que nunca tinha ouvido falar disso. Depois que comecei a ler alguns blogs, achei no mínimo curioso: túneis situados a vinte metros da superfície, que datam da época romana e foram perfurados para a extração de pedras utilizadas na construção de Paris. Entre 1786 e 1814 os ossos de “moradores” de alguns cemitérios “superlotados” foram transferidos e “instalados” nestas galerias que imediatamente foram chamadas de Catacumbas, como as de Roma. 2km desses túneis são abertos ao público, então ficamos curiosos para ver. Chegamos lá 10:30h (o local abria 10h) e a fila já tinha dobrado o quarteirão. Ficamos na fila, afinal, achamos que não deveria demorar muito... Pois bem, esqueçam fila da torre Eiffel, Museu do Luvre ou torre de Notre Dame... Aqui ficamos 40min e só demos 20 passos (pequenos), sem exagero! Quando fomos investigar, parece que só podem ficar 200 pessoas por vez lá embaixo, então demora. Desistimos, claro...

Fomos para o Montparnasse Tower. Apesar de ninguém em Paris gostar dela, pois a arquitetura do prédio foge dos padrões arquitetônicos do século XIX que domina e uniformiza a cidade. Além disso, as novas construções respeitam certos critérios como a altura máxima de 6 andares, o que essa torre não seguiu (ela possui 56 andares). Porém, além dela ter uma ótima vista da cidade, nela você consegue ver a torre! Por isso eu acho que vale bastante a pena visita-la!

De lá fomos almoçar em uma creperia conhecida como a melhor da cidade, Ty Breizh. Uma delícia, especialmente o crepe doce de Amarena! Fenomenal, indescritível!

Próxima visita foi ao museu Rodin. Antes de qualquer coisa, não sou nem um pouco entendida de artes, histórias ou coisas similares. Então eu gosto ou não gosto simplesmente de acordo com o que me agradou ou não. E eu amei o museu Rodin! Ele deve ter umas 15 ou 20 esculturas espalhadas pelo jardim e uma parte interna explicando um pouco sobre o processo de restauração, bem bacana! E os famosos “O pensador” e “Porta do Inferno” estão lá!

Seguimos o passeio na cidade indo para o Museu des Invalides / Musée de l'Armée. Apesar de sabermos que o museu em si conta as histórias das guerras francesas (e do mundo), acabamos indo apenas para a tumba de Napoleão (por causa do tempo e do cansaço). A capela onde a tumba fica, junto com outras tumbas não menos suntuosas, é bem grande e bonita. O curioso é que a de napoleão fica em um nível um pouco mais baixo, “forçando” as pessoas se curvarem para vê-la e, assim, “prestarem respeito”. Diz a lenda que quando Hitler dominou Paris, quis ver a tumba. Porém, para evitar ter que se curvar, mandou instalarem espelhos para que ele pudesse vê-la no mesmo nível em que estava!

Fomos então para Le Jardin du Luxembourg, que estava lotado, não só de turistas como também de estudantes (tendo aula!!!), famílias, crianças, namorados... realmente é um local muito agradável para sentar e “perder tempo”, e foi exatamente isso que fizemos! Passamos um tempão vendo as crianças brincarem com os barcos de madeira (que são alugados lá mesmo) ou vendo o movimento como um todo.

Depois tentamos ir no Pathéon (onde, dizem, tem uma boa vista da cidade), mas já estava fechado. Então tivemos a ideia de comprar vinho e queijos em qualquer mercado e comer na margem do rio Sena. Foi ótimo, compramos vinho e queijos super baratos (para o padrão Brasil), fomos para a ilha onde fica Notre Dame e descemos para um “calçadão” que fica no nível do rio. Tinham várias pessoas lá (grupos de amigos e/ou namorados), encontramos um local que não fosse muito afastado ou escuro e sentamos. Foi maravilhoso, recomendo a TODOS fazerem isso! Teve apenas um pequeno susto. Logo depois que sentamos, um grupo de 3 amigos que estavam do nosso lado começaram a se organizar para saírem. De repente um deles se desequilibra e começa a cair no rio! Isso mesmo! Demorou um pouco para cair a ficha, até achamos que ele estava brincando, e quando percebemos o desespero dos amigos tentado segura-lo, Dan foi ajudar! Loucura!

Depois fomos jantar algo mais “consistente” e comer fondue de sobremesa. Fomos para o Quartier Latin (que lugar divertido) e entramos em um restaurante que, infelizmente, eu não me lembro o nome. Pedimos um salmão: HORRIVEL, cheio de espinha e não tinha gosto de salmão! Acabamos pedindo a conta e comendou fondue em outro local (que também não estava muito bom, e eu também não peguei o nome)...

Clara, escrevendo sobre o dia 27 de outubro de 2015.

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Louvre + Passeio noturno


O passeio começou com o museu mais famoso da cidade: Louvre. Chegamos cedo e não tinha tanta fila. Mas, se qualquer forma, eu tinha comprado o Paris Museum Pass para não me preocupar com isso! Entramos pela entrada das pirâmides mesmo, com a nossa primeira “visita” ao entro da pirâmide invertida com a pequena de mármore (alguém lembrou do Código DaVince?).

A primeira parte que vimos dentro do museu foi a área na qual eles mantiveram a estrutura antiga e medieval do castelo que um dia foi o Louvre (o prédio atual já foi construído e reconstruído várias vezes, mas a estrutura de pedra medieval original ainda é a mesma, e é aberta ao público!).

Depois fomos para a área egípcia, e aqui nós ficamos um bom tempo apreciando as esculturas, a história pelo rio Nilo, os sarcófagos e a múmia! Passamos pela representação dos aposentos dos antigos reis, pela Vitória de Samotrácia (estátua grega de aproximadamente 190 a.C, que realmente é linda) e chegamos na área da arte italiana. Durante boa parte do museu vemos sinalizações informando onde a “Jaconda” está! E cada vez mais perto que você fica dela, você vai encontrando mais pessoas e excursões! Quando chega na sala, tem aquele mundo de gente, e a Monalisa ali, relativamente pequena, toda protegida... De verdade, fui empurrada algumas vezes, parecia carnaval.

Saímos do museu e seguimos pelo Jardin des Tuileries. Passamos pela pirâmide externa do Louvre, pelo Arco do Carrousel (no qual admiramos a fantástica vista e simetria com o Arco do Triunfo e o arco de La Defense) e as esculturas espalhadas pelo jardim (várias esculturas antigas estão danificadas, sem mãos/dedos/pés, que não foram restauradas para lembrar os excessos dos movimentos políticos da história francesa).

Continuando nosso caminho, passamos pela famosa Place de la Concorde. Ela tem diversas curiosidades associadas. Primeiro em relação ao obelisco, a França divulga que o mesmo foi um presente do Egito, e este nunca confirmou isso, ao contrário, até hoje “pede” o belisco de volta. A praça possui duas fontes que celebram as águas, uma dedicada à navegação fluvial e a outra à navegação marítima. Por fim, vem sua importância histórica, tanto tendo sido palco de festejos e casamentos reais quanto sede da guilhotina durante a revolução francesa, na qual foram decapitados centenas de pessoas entre elas a rainha Maria Antonieta e o Rei Luiz XVI.

Passando pela Place de la Concorde, começa a velha e conhecida Champs Élysee. Linda, arborizada, ampla com espaço para carros, bicicletas e pedestres. Charmosa, cheia de lojas conceitos e “normais” de varejo, com diversos bares e cafés. Primeiro passamos pelo Petit Palais, que foi construído em 1900, possui uma entrada linda com arquitetura impressionante, e hoje funciona como museu de belas artes da cidade. Em frente fica a entrada do Grand Palais, também construído em 1900, só é aberto ao público para exposições temporárias. O destaque deste prédio é seu teto, o maior telhado de vidro da Europa. Segundo o guia da torre Eiffel, o teto possui uma estrutura mais pesada do que a própria torre. Seguimos pela avenida, passamos por algumas lojas (muito caro, sem contar que o câmbio não ajuda) até chegarmos ao Arco do Triunfo.

Dica importantíssima do Arco do Triunfo: não tente atravessar a rua! É impossível! O arco fica no meio de uma rotatória, na qual 12 avenidas e ruas se encontram! Então precisa pegar uma das passagens “subterrâneas” para chegar no arco. O Pacana é que você pode subir, e tem uma visão perfeita dessa “estrela” formada pelas ruas! Por sorte pegamos um dia de sol e tivemos uma belíssima vista da cidade!

Depois fomos conhecer a parte moderna da cidade. Isso mesmo, Paris tem prédios grandes, espelhados, empresariais, mas fica na zona 3! Pegamos o metrô e fomos para a região de La Defence, onde fica justamente o Grand Arche de la Defense, que se encontra alinhado com o Arco do Troiunfo e o Arco do Carrousel. Logo quando saímos do metrô até levamos um “choque” ao vermos aqueles prédios imensos! Parece até que é outra cidade. Apesar de não ser uma das “atrações imperdíveis” de Paris, eu acho que vale bastante a pena visitar.

De noite compramos um pacote que incluía o passeio de barco pelo rio Sena, um tour de ônibus para conhecermos “Paris à noite” e um jantar na Champs Elisee. A primeira etapa vale MUITO a pena. Para mim é um passeio obrigatório, especialmente se fizer à noite. Realmente tem um charme diferente. A segunda parte eu esperava mais. Achava que veríamos todos os principais pontos turísticos iluminados, o que não aconteceu. Valeu a pena pelas explicações mais detalhadas. O jantar, no restaurante Chez Clement, também foi fraco. Nada que comemos estava maravilhoso. Acabamos chegando no hotel mais de meia noite.

Obs: esqueci de comentar. Teve uma hora que estávamos subindo uma das milhares de escadas do metrô, e vimos uma senhora (+/- 60 anos) subindo com dificuldade, e com duas sacolas pesadas. Nos oferecemos para ajudar e levamos as sacolas até o final da escada, quando as entregamos para ela. Depois de um tempo, enquanto esperávamos o metrô chegar, não é que ela veio com duas latas de refrigerantes para agradecer? Ela não falava nada de inglês/português/espanhol, nós nada de francês, mas dissemos que não precisava e ela insistiu que aceitássemos. Falam de francês rude, mas até agora não vimos/vivemos isso, ainda bem!

Clara, escrevendo sobre o dia 26 de outubro de 2015. 

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domingo, 25 de outubro de 2015

Paris + Fim de Tarde Fantástico

Saímos de um país no qual tivemos uma bela aula de geografia, e agora estamos em um que nos proporciona ótimas aulas de história!

Começamos o dia indo para a Ile de La Cite. Passamos pela frente de La Conciergerie (não entramos por questão de tempo, resolvemos priorizar outros museus/lugares que achamos mais interessantes) e fomos para a Sainte Chapelle. A Conciergerie e a Sainte Chapelle são os vestígios do mais antigo palácio real parisiense, o Palácio de la Cité, considerado uma das maravilhas da arquitetura medieval na França. No final do século 14, o rei Carlos V se mudou para o outro lado do rio Sena, se instalando do Louvre.  O antigo palácio continuou a ser usado para funções administrativas e como sede do parlamento. Por fora, parece que Sainte Chapelle não é nada demais. Porém sua verdadeira beleza está na parte interna, mais especificamente no segundo andar. Explicando melhor, o primeiro andar (o da entrada) ficava a capela construída para os súditos do rei e o andar superior era a capela real privada. Ela possui uns vitrais de 15 metros de altura fantásticos. Vale a pena demorar para apreciar uma a um, com suas respectivas explicações.

De lá, fomos para a Notre-Dame. Queríamos primeiro ir no Archeological Crypt, mas estava fechado para reformas, então fomos direto para a catedral. Sim, ela realmente é imponente! Muito bonita, imensa, com uma arquitetura incrível. O mais incrível ainda foi que, quando chegamos, estava acontecendo uma missa, com um coral maravilhoso! Ao sairmos, tínhamos o plano de subir na torre, porém a fila estava tão IMENSA que resolvemos pular essa parte.

Em seguida fomos ao Memorial des Martys de la Déportation, local em homenagem aos judeus que foram enviados aos campos de concentração durante a Segunda Guerra. Logo quando chegamos, uma mulher vem explicar que podemos até tirar fotos, porém, por respeito, as mesmas não podem ser publicadas ou divulgadas. O memorial é pequeno, mas muito bonito. Recomendo bastante a visita.

Depois fomos para a segunda ilha (esqueci o nome agora) para conhecer e tomar o famoso sorvete Berthillon. A sorveteria estava fechada, mas bem próximo tinha um bar que vendia o sorvete. Compramos lá e fica a dica: é caro, mas vale a pena! Muito bom!

Para chegarmos no próximo destino (Palais Royal), passamos (andando) por dois pontos turísticos interessantes: Hôtel de Ville (prefeitura da cidade, que funciona como sede administrativa desde 1357) e Tour Saint-Jacques (torre construída no século XVI, é tudo o que resta de uma igreja destruída durante a Revolução). O Palais Royal atualmente é “famoso” por suas colunas listradas de diferentes tamanhos. Tinham diversas famílias brincando e curtindo o domingo lá! Para quem gosta de O Código DaVince, procure a linha Rosa Arago, também conhecida como o Meridiano de Paris na mitologia do Priorado de Sião, e o primeiro meridiano do mundo. Essa linha foi utilizada no livro (e no filme) como um caminho para o Santo Graal.

Seguimos nosso rumo em direção à L’Église de la Madeleine. A ideia inicial era construir um templo de devoção a Maria Madalena. Chegada a revolução francesa as obras foram paradas, depois Napoleão resolveu construir um templo de devoção aos soldados. Essa ideia foi abandonada com a construção do Arco do Triunfo. E assim Madaleine ficou parada até o final da revolução francesa, quando as obras foram retomadas dando origem a igreja atual. Por fora ela parece um templo grego, por dentro é realmente muito bonita e clean. Ao entrarmos não estava tendo missa, mas tinha um coral ensaiando.

No caminho da nossa busca por um lugar para almoçarmos, passamos pela frente da Operá Garnier (lindo, estava com uma banda de sopro se apresentando na frente, muito bacana) e da Galeries Lafayette (que estava fechada, afinal, hoje é sábado).

Terminamos o dia no bairro de Montmartre. Começamos nosso passeio lá pelo Moulin Rouge (clássico!!!!), fomos na Place des Abbesses para vermos o “Muro do eu te amo” (que possui a frase “eu te amo” escrita em 300 idiomas) e terminamos, claro, na Basílica de Sacré-Coeur. O plano era ver o pôr-do-sol lá, mas quando chegamos o sol já tinha ido. Mas que vista! Que lugar agradável! Tinham diversos artistas de rua, com destaque para um cantor (voz e vilão) bem na escadaria principal, e um cara que fica fazendo diversas artes com uma bola de futebol, em cima de uma pilastra da escadaria... tinha TANTA gente lá, simplesmente sentada na escadaria curtindo o início da noite, que chegava a ser empolgante. Entramos na basílica e, adivinhem? Estava tendo uma missa! E com um coral de freiras que fez arrepiar quando entramos. Acabamos assistindo um pouco da missa (acho que uns 30 minutos). Depois saímos e o pessoal continuava sentado na escadaria cantando com o cara do violão. Resolvemos nos sentar lá o curtir o início da noite. Foi muito mágico, muito bom! E foi assim que terminamos nosso dia!

Clara, escrevendo sobre o dia 25 de outubro de 2015.

sábado, 24 de outubro de 2015

3ª etapa da viagem: Paris

Terminamos a etapa Islândia com mais uma caçada frustrada à Aurora Boreal. Acordamos 4h, fizemos o check in, e fomos “procurar” pelo fenômeno. Não tivemos sucesso.

O voo, apesar de tranquilo, foi cansativo: saímos da Islândia 7:30h chegamos em Paris 13h (considerando as mudanças de fuso)! Até chegarmos no hotel, foi bastante puxado e cansativo.

Saímos do hotel e fomos direto para o Trocadero: sim, fomos ver “ela”, a imponente Torre Eiffel! A cidade estava toda movimentada. Não sei se é porque hoje é sábado, mas nós cruzamos com 2 manifestações e VÁRIAS famílias na rua! No Trocadero mesmo, além de turista, tinham muitas famílias francesas (ou ao menos falavam francês) aproveitando a tarde e admirando os artistas de rua.

Depois de curtirmos também esse clima, fomos pegar nosso ticket para subir até o 3º andar da torre sem pegar filas. Sim, isso é possível de duas maneiras: comprar direto no site da torre, com hora marcada. Quando fomos comprar, não tinha mais: queríamos ver o pôr-do-sol lá, mas é o horário mais procurado. Então fomos para a segunda opção: comprar o mesmo ticket através de agências ou sites de pacotes turísticos. Eu comprei no City Discovery e tive uma surpresa: além o ingresso e de “furar” fila, uma guia nos acompanhou e nos explicou diversos fatos históricos. Foi bem bacana!

Sobre a torre... O que falar? Além de se um “ponto turístico obrigatório” de Paris, vale muito a penas não só apreciá-la “de baixo”, de dia e a noite, como também subir e ver a vista de toda a cidade. Não conseguimos ver o sol se pôr efetivamente, pois estava nublado, mas conseguimos acompanhar as luzes se acendendo aos poucos!

Depois caminhamos um pouco às margens do rio Sena até a ponte Alexandre III, linda!, e fomos jantar no Quartier Latin. Todos já tinham comentado comigo sobre como o bairro e suas ruas eram interessantes, agitadas e gostosas de passear, mas ainda assim consegui ficar surpresa! Muita gente na rua, diversos artistas cantando ou se apresentando, o pessoal curtindo... muito bacana! Destaque para um rapaz que estava na estação de metrô cantando Elvis, Michael Jackson, etc, que estava com uma plateia tão grande cantando e dançando que estava difícil circular! Muito bom!
 
Clara, escrevendo sobre o dia 24 de outubro de 2015. 
 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cachoeiras do Sul + Blue Lagoon

Total de quilômetros rodados no dia, de acordo com o Google Maps: 260km!

Antes de qualquer coisa, de madrugada nós acordamos e tentamos ver a aurora boreal. Isso porque vimos que o céu estava estrelado, estava frio, e alguns aplicativos que baixamos informavam possibilidade de acontecer o fenômeno. Mas não tivemos sorte...

Hoje foi o nosso último dia na Islândia, então fechamos a “volta na ilha” percorrendo a região sul até chegarmos ao aeroporto novamente.
 
Começamos indo novamente para a Praia Negra, pois como o tempo estava um pouco melhor, queríamos vê-la com mais calma, o que foi bacana! Depois pegamos a outra estrada para chegarmos mais próximo do Dyrhólaey, com uma boa vista da praia!

Depois chegamos na “sessão cachoeiras do sul”. Visitamos um total de 3:

Skógafoss: possui 62 metros de altura e 15 de largura. É possível apreciá-la no nível da queda, ou por cima. Resolvemos subir os 430 degraus para vê-la do alto, e valeu a pena! Dizem que lá praticamente fica um arco-íris constantemente, e nós o “pegamos”. Bem bonito, acaba dando um charme a mais na cachoeira.

Seljalandfoss: uma cachoeira com 70 metros de altura. Não podemos vê-la de cima, mas podemos passar por trás dela. Estava ventando muito, então nos molhamos MUITO! Mas valeu a pena!

Gljúfrafoss: fica logo após Seljalandfoss, tanto que dá para ir andando de uma para a outra. As águas dessa cachoeira caem em um cannion, o que a torna diferente. eu acabei não indo até ela porque eu estava MUITO molhada, mas Dan foi e disse que é muito bonita!

Encerramos nossa visita à Islândia em um dos pontos turísticos mais clássicos: a Blue Lagoon! É uma piscina natural também, porém é um spa, então é muito bem estruturado. Inclusive dá para se hospedar lá, se quiser! Muito bonito, mas também, por ser famoso, é MUITO cheio. Mas tem que ir, não tem jeito!
 

Clara, escrevendo sobre o dia 23 de outubro de 2015.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Geleira e praia preta


Total de quilômetros rodados no dia, de acordo com o Google Maps: 297km!

Antes de sair, fizemos o que recomendei no post anterior: conversamos com o recepcionista do hotel para ver o que ele recomenda, condições da estrada, etc. Sobre a estrada, nada diferente. Mas foi bacana porque ficamos ouvindo histórias sobre Aurora Boreal. Ele até nos deu um cartão postal com uma foto que ele tirou, da aurora com uma pequena erupção vulcânica. Além disso, ele repetiu diversas vezes que a “olho nu” não se tem o mesmo visual de uma fotografia, pois a máquina consegue pegar luminosidade que os nossos olhos não conseguem.

Enfim, nossa primeira parada foi no lago Jökulsárlón. É o maior lago glacial da Islândia, criado há alguns milhares de anos atrás, quando a geleira “migrou” para perto demais do mar, e sua “língua” começou a derreter. Lá nós pegamos um barco para passearmos pelo lago. Além de ser um passeio diferente, o guia ainda compartilha informações interessantes como os filmes que utilizaram aquele local para filmagens ou o motivo de termos icebergs de 3 cores distintas (preto, branco e azul).

A segunda parada do dia foi no parque Nacional de Vatnajökull. O parque possui 4 entradas, fomos para a que fica em Skaftafell, pois é a recomendada para ir até a cachoeira Svartifoss. Vatnatjokull é o maior glacial da Europa e o 3º do mundo, tendo uma calota de gelo com cerca de 8100 quilómetros quadrados e que atinge cerca de 1 quilómetro de espessura. Escolhemos fazer a 2ª menor trilha, para vermos a cachoeira e andarmos um pouco pelo parque. No total foram 2 horas de caminhadas, mas valeu bastante a pena! Além do visual, a cachoeira é bem bonita, com suas rochas em forma de pelares (ou algo do tipo).

O terceiro local que visitamos só paramos porque é algo que fica literalmente no caminho, há 200 metros da estrada 1. Trata-se de Kirkjugólf: trata-se de uma formação natural basáltica que possui formato hexagonal das pedras e por isso é conhecida como “solo de igreja”. É interessante, mas apenas isso.

Por último, fomos para Reynisfjara, praia de areias negras (“farelo” de lava vulcânica) da cidade de Vík. Ela é considerada a número 1 da lista das top 10 praias de areia negra do mundo, e eu particularmente acredito que isso seja por conta do conjunto de colunas basálticas e as formações rochosas no mar e na praia. Se eu não me engano, inclusive ela foi cenário para cenas tanto em Game of Thrones quanto o seriado Sense 8!

Dormimos em Vík, uma cidade de 291 habitantes (dados de 2011). A cidade não tem o que fazer, mas jantamos em uma casinha bem fofa!

PS: ainda sem perspectiva de ver Aurora Boreal...

Clara, escrevendo sobre o dia 22 de outubro de 2015. 
 
 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Fiordes do Leste!



Durante minha pesquisa sobre a Islândia, li em um site o seguinte conselho: sempre antes de pegar estrada, é aconselhável conversar antes com alguém da cidade (recepcionista do hotel, frentista de posto de gasolina, etc.) sobre sua rota para verificar se a pista está com algum problema, se tem alguma informação sobre o tempo, ou qualquer outra coisa que possa interferir no seu percurso.

Depois do que aconteceu ontem, resolvemos seguir esse conselho e fomos conversar com a recepcionista. Foi a melhor coisa que fizemos, pois ela não só confirmou que as estradas que queríamos pegar era a melhor opção, como comentou sobre o fato de que o túnel fecharia em um determinado período e que estava previsto vento muito forte em um trecho perigoso. Com isso, nós reestruturamos o roteiro para evitar esses contratempos, e foi a melhor coisa que fizemos!

Escolhemos fazer o trajeto pegando a estrada 92, depois 96 e por fim a 1. Com isso, pegamos um trajeto maior de fiordes, porém com pistas mais seguras. O tempo não estava bom, mas mesmo assim posso afirmar que a estrada é linda demais! Montanhas, cachoeiras, tuneis, mar, lagos... Realmente vale a pena ir para a região sul por esse trajeto!

Chegamos no hotel relativamente cedo, fizemos check in, e o recepcionista recomendou irmos em dois lugares. Fomos primeiro na vila viking, montada para um filme que acabou não sendo filmado. Lembram que a recepcionista do hotel comentou sobre o vento forte? Então, quando chegamos perto do local o vento estava tão forte que balançava o carro. Então desistimos e fomos para a 2ª sugestão.

No meio do caminho vimos algumas “línguas” da geleira Vatnajökull, e identificamos uma estrada que poderia chegar perto de uma dessas saídas (exatamente na Hoffellsjökull). Apesar de não ter praticamente ninguém, resolvemos arriscar. Valeu muito a pena! Realmente não tinha ninguém, mas a chuva tinha dado uma trégua. Então não só chegamos até bem perto, como Dan tocou em uma “pedra” imensa de gelo azul (não fui porque fiquei com receio da terra molhada, minha bota não é a prova d’água).

Depois chegamos no 2º local indicado pelo recepcionista: uma guesshouse chamada Brunnhóll, que faz seu próprio sorvete com os ingredientes deles mesmo. Compramos o sorvete de menta, mito bom! Valeu a pena!

De noite comemos no próprio hotel, restaurante Osinn. Um pouco caro, mas tudo que comemos é MUITO bom! E vimos que o mesmo é frequentado não apenas pelos hospedes, como também pelos moradores da cidade de Höfn, que tem +/- 2.500 habitantes.

Clara, escrevendo sobre o dia 21 de outubro de 2015.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Neve e susto

Hoje foi mais um dia puxado. Não apenas na quilometragem percorrida (358km), como também na quantidade de “atrações” que planejamos visitar!
Akurary (cidade onde passamos a noite) é bem próximo ao lago Lago Mývatn, região que concentra diversos lugares interessantes para serem visitados. Olha que não fomos para todos, tivemos que selecionar os que achávamos mais interessantes – e que não tomasse muito tempo. Para quem gosta, muitas das cenas “beyond the wall” de Game Of Thrones foram gravadas aqui!
Começamos com as pseudo crateras (Skútustaðir): grandes buracos como se fossem pequenos vulcões, formadas a partir de bolhas de vapor causado pela lava que rebentaram ao terem contato com água. As pseudo crateras desta região são as maiores da Islândia. É uma paisagem diferente e muito bonita, especialmente por causa do lago.
Depois passamos pelo campo de lava Dimmuborgir: área composta por várias cavernas vulcânicas e formações rochosas bem interessantes. Seria como se fosse um conjunto de castelos e torres negras criadas pela lava de um vulcão há 2000 anos. No local tem diversas trilhas para serem exploradas, todas muito bem sinalizadas. Fizemos a segunda menor e passamos por formações bem bacanas, e até uma caverna (pequena)!
A terceira parada foi na Cratera vulcânica Hverfjall. Ela foi “criada” há 2700 anos por uma erupção cataclísmica. Possui uma forma perfeitamente cónica e simetricamente circular e domina completamente a paisagem de Myvatn. Nós subimos os 463 m de altura e, apesar de muito cansativo, vale bastante a pena! Não só para ver o “buraco” dentro todo coberto de areia preta, como também apreciar a vista da região!
No caminho para ir para a próxima atração, passamos por um lago azul que estava saindo fumaça bem do lado da estrada. Quando vimos, tinha uma placa informando um local (Jardbödin) que tinha a piscina natural, além de café e banheiros. Como eu estava com fome, fomos lá para dar uma olhada. Resultado?!?! Mesmo com a temperatura de 2ºC, nós entramos na “piscina”. Que fique bem claro, na verdade é uma área natural, com água saindo da região geotérmica, tanto que o cheiro de enxofre era muito forte! Ainda assim, é algo característico do país: poder tomar banhos nesses locais ao ar livre, com o frio da cabeça para cima! A temperatura da água estava em torno de 30º ou 35ºC, uma delícia! Agora, e a coragem pra sair de lá? Ainda bem que meu marido lindo saiu antes de mim, pegou as toalhas e foi me “buscar”!
Quando estávamos saindo do local, começou a nevar!! Lindo demais! Pena que já tínhamos saído da piscina! Foi bonito acompanhar como o visual da viagem foi alterando. Mudando até demais, como vocês lerão mais adiante...
Fomos então para a cratera Viti: ela está cheia de água que reflete a cor azul do céu. Muito bonita vista lá de cima e a vista da parte interna da cratera. Mas não deu para curtir muito porque começou a nevar bastante. Como essa parte ficava no topo da montanha, vimos rápido e não fomos para o parque/região Leirhnjúkur (área geotérmica resultado da erupção do vulcão Krafla, em 1984). Nós queríamos muito ir, era uma das atrações que mais esperávamos do dia, porém o respeito à natureza falou mais alto, e voltamos para a estrada principal (Ring Road, “1”).
Quando a neve aliviou um pouco, nós estávamos perto de uma das estradas para visitar as cachoeiras Dettifoss e Selfoss. A primeira é a queda d’água de maior vazão da Europa (aproximadamente 200 metros cúbicos por segundo), enquanto a segunda fica um pouco mais afastada, é menos poderosa, mas é mais bonita (eu achei). Para chegar até elas, você pode pegar ou a estrada 862 (mais curta, que fica antes da ponte que fica na estrada 1) ou a 864 (mais longa, após a ponte). Foi a melhor escolha que fizemos: pela 862 nós temos uma visão de frente da Dettifoss. Recomendo!
Depois de caminharmos um pouco por lá (com neve fraca sobre nós), era hora de pegarmos estrada (140km) para o hotel onde passaremos a noite. Logo no início o sono pegou Dan (ele estava dirigindo desde o início do dia) e pediu para eu dirigir um tempo. Rapaz... uns 10 minutos depois dele dormir começou a nevar forte... até aí tudo bem, diminui a velocidade e continuei o percurso. Porém a nevasca foi piorando cada vez mais. Teve um primeiro momento que o alarme do celular de Dan tocou, ele acordo e tomou um susto: estava tudo branco, mas ainda dava para ver a marcação da pista. Sim, comentário interessante: TODAS as estradas asfaltadas que pegamos até agora possuem nas duas margens umas estacas de madeiras pintadas de amarelas com um adesivo luminoso na ponta, porém praticamente não tem acostamento. Enfim, eram essas marcações que davam para ver, com um pouco do asfalto (onde outros carros já tinham passado e estava sem neve). Então parou um pouco de nevar, ele voltou a dormir, e eu fiquei atenta para ver se aparecia algum posto ou café de beira de estrada para pararmos. Porém, essa região é bem deserta, com saídas para outras cidades que também eram afastadas, então resolvi manter na estrada principal (a tal Ring Road / estrada 1). Depois de um tempo, eu acordei Dan: não dava para ver mais nada, só as marcações de, no máximo, 30 metros pra frente, o resto estava tudo branco, inclusive a estrada estava toda coberta de neve! Diminui a velocidade para uns 40km/h e segue o caminho. Nada está tão ruim que não possa piorar, né? Então, a neve começou a diminuir, porém veio neblina + chuva, o que piorou o meu campo de visão! Diminui ainda mais a velocidade, para 20km/h, e segui viagem. Depois de um tempo começamos a descer, e começou a melhorar, até que ficou tudo bem outra vez. Pelas minhas contas, foram uns 50km nesse sufoco...
Dicas muito importantes para quem pretende vir para a Islândia, baseado nas experiências do dia:
1) Caso você não vá fazer camping ou não pretende alugar um trailer, alugue pelo menos um 4X4. Mesmo que não tenha intenção de andar nas estradas de barro batido ou cascalho.
2) Tenha o aplicativo 112 Iceland. 112 é tipo o 991 dos EUA, é o contato para emergências daqui. Aconselham que, antes de vir para cá, você compartilhe com eles o roteiro da viagem (não fiz isso e, depois dessa nevasca, me arrependi). Além disso, eles têm um aplicativo no qual você se cadastra, coloca um contato para casos de emergência, e basicamente possui apenas 2 botões:
- Check in, que você deve fazer ao longo do seu percurso para eles terem seu histórico mapeado e facilitar na localização, caso necessário (durante todo o sufoco eu pedia para Dan fazer check in).
- Emergency: em caso de emergência, ao clicar aqui, seu celular enviará a localização exata de onde você está para que eles possam te encontrar com maior brevidade.
3) Aconselho vir para a Islândia com uma bota mais resistente. Mesmo se você não for fazer as trilhas mais fortes, tem situações que o tênis normal não te deixará tão seguro.
4) Tenha sempre uma garrafa de água e umas comidinhas contigo. A água da Islândia é uma das mais puras, então você poderá enche-la em qualquer lugar. Nós sempre saímos do hotel com ela cheia! E como você pode passar grandes trechos sem ver um café ou restaurante, é bom ter água e lanche sempre à mão!
PS: não, nem pensamos em tirar fotos durante a nevasca... Ficaremos devendo essa.
Clara, escrevendo sobre o dia 20 de outubro de 2015.

Longa viagem de carro

Hoje foi um dos dias mais longos em termos de viagem de carro: 426km!
Antes de descrever a viagem, tenho que recomendar o hotel que ficamos em Borgarnes: foi o Icelandair Hotel Hamar. Ele fica um pouquinho aastado da cidade (5km, ou nem isso). Mas o objetivo de termos escolhido ele foi tentar ver a aurora boreal (não deu certo). Quando chegamos lá, por fora achamos horrível, parecia um daqueles hotéis estadunidenses de beira de estrada... Mas, ao entrarmos, muito bom (para um hotel 3 estrelas)! O quarto muito confortável, o banheiro todo novo e espaçoso, e a vista... Indescritível!
Iniciamos nossa viagem relativamente cedo, umas 8:30h. Como era uma viagem longa, resolvemos ir praticamente direto para o nosso destino “final”, com direito a apenas 1 parada. Como no post anterior já comentei sobre a estrada e sinalização como um todo, aqui vale comentários sobre a paisagem. Sensacional! Passamos por vales, cachoeiras, diversas montanhas, lagos que pareciam espelhos... Por diversas vezes diminuíamos a velocidade para apreciar a vista! Porém, durante o trajeto, pegamos MUITA chuva. Como tem muito trecho que beira um “barranco”, então todo cuidado é pouco!
Ainda sobre a chuva, foi uma viagem longa, e ela deu trégua poucas vezes. Porém, ao chegarmos à nossa primeira – e única – parada, não é que Santa Clara nos deu um presente? Isso mesmo, o sol apareceu e tornou a paisagem ainda mais bonita! 
Nossa parada foi em Goddafoss: cachoeira/queda d’água que se distingue por ser bastante larga e na realidade composta por várias quedas, lado a lado. Apesar de relativamente pequena (quando comparamos, por exemplo, com Gullfoss, ela é linda! Com certeza merece parar o carro e fazer as diversas trilhas que tem ao seu redor!
 
Depois voltamos para a cidade onde dormiríamos hoje: Akureyri. Como chegamos relativamente cedo (umas 15h), Dan aproveitou para colocar umas roupas para lavar, passeamos um pouco pela cidade e fizemos um “almojanta” no restaurante italiano Bautinn. Bonzinho, mas nada de mais.
  
 
 
De noite, fizemos uma das coisas mais esperadas (por mim) no trecho da Islândia: pagamos por um passeio para “caçar” a aurora boreal. Lembram que eu comentei da chuva? Parou, porém ainda estava um pouco nublado. Mesmo assim, nós fomos. Antes de descrever o passeio, deixa eu matar logo a curiosidade: nós conseguimos ver a aurora boreal, mas foi MUITO fraco, no tom cinza, e onde ficava mais forte tinha nuvens na frente. Então eu considero que não vi! Foi tão pouco que o próprio cara do tour falou que, quem ficasse na cidade na noite seguinte, poderia “caçar” novamente.
Em relação ao passeio, ele literalmente consiste em estarmos dentro de uma van e o rapaz, de acordo com a experiência dele, vai para alguns pontos que ele conhece, fica conversando por todo o tempo com outras pessoas no telefone para encontrar os lugares onde estão acontecendo o fenômeno. Uma coisa que descobrimos: precisa ter uma máquina fotográfica que permite configuração manual para conseguir fotografar algo! E não, a nossa não tem isso (e nem celular)... Ou seja, mesmo que tivéssemos conseguido ver, não teria nenhuma foto para postar aqui.
Detalhe: achamos brasileiras na Islândia! Sim, estamos em todo o mundo, não tem jeito...
 
Clara, escrevendo sobre o dia 19 de outubro de 2015.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Golden Circle

Tiramos a manhã para conhecer a capital! Primeiro fomos até a prefeitura de Reykjavik (Radhus). Como ela ainda estava fechada, não deu para ver o mapa em 3D que ela possui de toda a Islândia. Então só demos uma volta do local, que é uma graça! De lá passamos pela frente da Harpa (um prédio lindo, no qual funciona um centro multicultural) e fomos ver de perto a escultura de aço que representa um barco Viking (Sun Voyager / Sólfar Suncraft). Um dos símbolos da cidade, representa os barcos vikings que chegaram na baia de Reykjavik (que significa “baia fumegante”). A escultura é perfeitamente direcionada a posição do pôr do sol no dia do Solstício de verão.
Continuamos nosso tour pela cidade indo para os dois pontos recomendados para se ter uma vista bacana da capital. O primeiro foi Hallgrímskirkja (Igreja Hallgríms) a maior e mais alta igreja da Islândia, é sem dúvida o símbolo mais fotografado de Reykjavík, podendo ser vista de qualquer ponto da capital. Pagamos uma pequena taxa para subir a torre de elevador – a vista da cidade é bem bonita, vale a pena. O segundo foi a Pérola (Perlan): cúpula futurista de vidro, construída em 1991, fica no alto de cinco tanques cilíndricos enormes que armazenam 24 mil toneladas da água aquecida pelo poder geotérmico. No quarto andar tem um deque de observação grátis com uma vista 360º sobre a cidade.
Depois nos despedimos da capital e começamos nossa peregrinação pela Islândia. Iniciamos pela Cratera Kerið. Cratera pequena, mas de com um lindo formato redondo, formada há 6.500 anos pela queda de uma câmara de magma no final de uma erupção vulcânica. É cobrado uma pequena taxa para ter acesso, mas vale bastante a pena visitar. O tom do “lago” formado na cratera é um verde maravilhoso! Ficamos lá pelo menos uns 45 minutos dando a volta ao redor do lago e depois descendo até ele (agua gelada!!!).
A segunda parada foi na cachoeira Gullfoss. Não vou aqui comparar com outras maravilhosas que já vi como Niagara ou Foz do Iguaçu, mas nem por isso Gullfoss deixa de ser linda e impactante, afinal, é uma das maiores da Europa. Lá tem trilhas para você visita-la tanto por cima quanto por baixo. Está última apenas Dan foi, pois estava molhando muito e eu fiquei com receio de voltar a ficar gripada...
Terceira parada, acredito que um dos pontos turísticos mais clássicos (se não o mais) da Islândia: a região dos Gêiseres. A região geotermal é fascinante, cheia de fontes quentes, fendas cheias de fumaça saindo, lama colorida em várias cores minerais, piscinas naturais cor de turquesa incrustadas com sílica, e um gêiser que ainda “funciona” regularmente. O Geysir “original” parou de “cuspir água”, porém Strokkur (A Batedeira) “espirra” muita água a cada 5/10 minutos, mais ou menos. Cada erupção varia em tamanho, então vale a pena esperar para ver algumas vezes. Enquanto estávamos no local, ele jorrou água umas 6 vezes! Para quem não sabe, um geyser é um jato de água que sai furiosamente da terra depois de um lençol freático entrar em contato com rochas quentes ou lava vulcânica. A água vai aquecendo gradualmente e, quando atinge determinada pressão, acaba por subir. Ver um geyser atualmente é uma coisa consideravelmente rara, já que só existem mil deles no mundo todo.
Por fim, concluímos o tour de hoje no Thingvellir National Park, local do primeiro parlamento do mundo. Trata-se de um vale em uma fenda cercado por penhascos a leste e oeste, fica bem em cima da divisa das placas tectônicas. Mesmo chegando quando o sol já estava se pondo, ainda foi possível passearmos um pouco por lá. Muito bonito, com uma vista completamente diferente do que estamos acostumados.
Comentários gerais sobre a Islândia: pelo menos neste primeiro dia, tudo estava muito bem sinalizado. Mesmo que você não tenha um GPS ou mapa, sabendo pelo menos em qual estrada encontra-se a atração que você quer visitar, você conseguirá chegar. As estradas também estão perfeitas. Ok, não arriscamos passar por nenhuma estrada secundária, muito menos as “de rally” (todas que começam com um “F” antes da numeração). Mas ainda assim, bem tranquilas e seguras de serem percorridas.
Dormimos na cidade de Borgarnes, para amanhã darmos continuidade à maratona!
 
PS: total de quilômetros rodado: 283. 
 
Clara, escrevendo sobre o dia 18 de outubro de 2015.