sábado, 25 de novembro de 2017

Maravilhas do Mundo Antigo

Último dia, e fechando com chave de ouro! Não quer dizer que os outros dias não foram fantástico, muito pelo contrário. Vocês acompanharam a saga, viram como cada dia reservou uma surpresa e emoção diferente. E hoje a "peteca" não caiu!

O dia começou na região de Sacara (ou Saqqara)! Lá tem os primeiros túmulos com escritas / hieróglifos / desenhos. As pirâmides que estão aqui foram as primeiras construções feitas com Rocha no mundo, segundo o guia, algo em torno de 2300 a.C. Essas pirâmides fazem parte do complexo funerário de Djoser.

Além das pirâmides, representando os túmulos dos Faraós (vimos 3, sendo duas já sem muito formato), o interessante é que lá também possui túmulos de nobres. A diferença de um para o outro é simples: os túmulos dos Faraós possuem registros divinos, sempre tem referências a guerras e deuses. Já os dos nobres possuem registros do dia a dia, cenas do cotidiano como caça, pesca, colheita... Foram base para o estudo da "vida comum" dos egípcios! Na representação da pesca, por exemplo, vimos que usavam anzóis iguais aos atuais!!

De lá, passamos em uma fábrica / escola de Tapetes. A região é bastante conhecida por essa atividade! Acabamos comprando alguns! Depois seguimos para o almoço, em um restaurante típico. Gente... Pão pita (nosso "pão árabe") quentinho, feito na hora! Muito bom! É as tâmaras? Aff... A comida principal foi uma carne meio kibe (não gostei muito) e um frango no espeto, bem gostoso!

Na parte da tarde, o desfecho da viagem... A única das Maravilhas a do Mundo Antigo que ainda persiste/continua "de pé": A Pirâmide de Quelps, a mais alta e mais antiga das três grandes pirâmides de Gizė.

Estima-se que a Pirâmide de Quelps começou a ser construída em 2.750 a.C. e que levou 20 anos para ser concluída. Aí é que começam as teorias de que ela - e as outras - foram construídas com ajuda de E.T.s pois elas são imensas, perfeitas, tem direcionamento praticamente exato em relação aos pontos cardeais da bússola. Sem contar os materiais utilizados para suas construções: só para a Quéops, foram utilizados 8 mil toneladas de granito (que vieram de Assuã, localizada a mais de 800km de Cairo), 5,5 milhões de toneladas de calcário e 500 mil toneladas de argamassa (informações do Wikipedia). Detalhe, cada bloco pesava toneladas (10, 15, 20, até 80). Aí vem a pergunta: como eles seguiram? Lembrem-se, construíram de tal forma que as pirâmides estão em pé há praticamente 5.000 anos...

Enfim, chega de dados, vamos para a experiência. Quando chegamos lá, claro, o primeiro choque: a grandiosidade! Rapaz, somos formigas ao lado das pirâmides, mesmo da menor... As três possuem câmeras subterrâneas (túmulos de cada Faraó e outras galerias com diversas finalidades) que podem ser acessadas mediante pagamento extra, mas só entramos na menor, a Miquerinos. A justificativa é simples: o guia tinha nos avisado que, por serem as primeiras tumbas construídas, elas não tinham hieróglifos, pinturas, etc. Então, não eram tão interessantes e, quando entramos, isso foi confirmado. De qualquuer forma, acho que vale a pena pagar para entrar em uma delas, só para "constar". Mas na Quelps, é possível "subir" nos primeiros degraus!

Depois de curtir bastante as pirâmides, pegamos um camelo e fomos montadas (?)  até um ponto que, para mim, é a melhor vista da Necrópole de Gizė pois é possível ver de um excelente ângulo as três grandes pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos) e as 3 pirâmides menores das rainhas! Tiramos fotos divertidíssimas, e apreciamos o local como um todo... Foi uma delícia pois, ao ser mais afastado, tinha um silêncio maravilhoso e de lá não dá para ver Cairo! Fora a experiência de andar de camelo! Super recomendo fazer isso!

Depois, de carro, fomos para outro ponto que dá para ver as 3 grandes pirâmides (ainda dentro da Necrópole), mas não é tão bacana. E, por fim, fomos ver a Esfinge. Outro local, com excelente vista, que faz vc parar para pensar e refletir sobre a grandiosidade e significado de todo o complexo! Repito, o complexo está ali há quase 5 mil anos! Foi preciso muita inteligência, dedicação, tecnologia, para a construção de tudo aquilo!

Caramba... Essa viagem foi uma reflexão sem precedentes! Tudo que sempre ouvimos falar nas aulas de história ali, ao vivo! Não tem como não parar para pensar há quanto tempo já existem civilizações, com "inteligência" e que já viviam um dia a dia equivalente aos atuais. E aí você pensa, quanto efetivamente houve evolução? Não estou falando de celulares, computadores, etc... Vimos tanta grandiosidade, e, ao mesmo tempo, tanta desigualdade e pobreza... Conhecemos pessoas que moram em cavernas, vimos a realidade da falta de água, vivemos culturas e costumes distintos (almoços, religiões, casamentos, homens vs mulheres)... Definitivamente cada dia teve um aprendizado, uma experiência que foi muito além de conhecer as Maravilhas do Mundo! Realmente,  uma viagem que recomendo, desde que faça de coração e mente aberta, para aprender, internalizar e vivenciar cada dia, cada minuto!

Clara, escrevendo sobre o dia 02/novembro/2017.