domingo, 1 de setembro de 2024

Fechamento com chave de ouro

Sim, hoje é o último dia da viagem! Amanhã passarei o dia inteiro em aviões e/ou aeroportos... Então, claro, comecei o dia tomando café da manhã com Zã no Bo&Me, para comer o croassant maravilhoso de framboesa. Aproveitei para provar também o Brioche Sucre, pensem em um negócio bom... Aff!


A primeira visita do dia foi ao Museu Carnavalet, um dos mais antigos de Paris. Ele foi inaugurado em 1880 e é dedicado à história de Paris, desde a sua fundação até os dias atuais. Ele é muito bem montado, super interessante e possui diversas partes interativas! 3 partes me chamaram a atenção: logo no início, uma sala possui diversas placas, brasões, sinalizações antigas. Aí eles explicam que no passado ainda não tinha o nome das ruas, então esses objetivos nas frentes dos imóveis acabavam identificando as regiões. A segunda foi uma mesa com tela sensível imensa que mostra não apenas o tamanha de Paris ao longo dos séculos, como também seus dados (população, área, etc), monumentos, pontes... Muito interessante! Por fim, a terceira, já perto do final, é a fachada de uma joalheria do século 18, se eu não me engano, que foi literalmente transportada para dentro do museu! Ah, o melhor de tudo, o museu é gratuito!


Quando estávamos procurando um lugar para comer, passamos por uma loja muito fofa, a La Mouette Rieuse - Librairie. Pelo que entendemos, parece ser uma loja colaborativa, que não se restringe a livros. Ela possui itens super criativos e de muito bom gosto! Vimos coisas de París lá que não vimos em nenhum outro lugar. Recomendo passar lá, nem que seja para dar uma olhada! O almoço foi crepe, na mesma creperia em que jantamos na primeira noite. De lá, Zã voltou pra o hotel e Bibis, mãe e eu fomos para o Parc de la Villette / La Villette. No metrô pela primeira vez uns fiscais pediram para ver nosso bilhete de transporte. Voltando ao parque, nossa intenção de ir lá é porque foi o local onde, durante as Olímpíadas, as casas dos países ficaram. Na Paralimpíadas, só tinham 3: a da Colômbia (entramos, era pequena porém bem bacana), dos Países Baixos (estava fechada, mas para entrar precisava pagar € 10,00) e a da França (imensa, gigantesca, entrada gratuita, porém a fila para entrar estava igualmente enorme). A do Brasil já tínhamos visto que estava em outro local, bem longe... Aproveitamos para passear um pouco pelo parque.


Depois fomos rumo ao nosso último destino: Montematre. Zã nos encontrou lá e começamos a passear pelo bairro, subindo em direção à Basílica de Sacré Cœur / Basilique du Sacré-Cœur de Montmartre. Passamos pelo muro do "Eu te amo", pela loja de Amélie Polain, pelas ruelas como um todo... Chegando na Basílica, estava tendo um show bem na frente. Pelo que conseguimos entender, estava tenso algo como uma feira da fraternidade. Isso ajudou a deixar a chegada ainda mais emocionante, especialmente porque minha mãe nunca tinha ido lá. Ela já ficou embosbacada quando viu a Basílica, aí Zã a puxou até o topo da escada e a fez olhar para a vista. Quando mãe viu Paris pequena ali na nossa frente, foi uma super emoção, das quatro! Momento único mesmo, todo o contexto, o fechamento dessa viagem especial, o significado dela... Ficamos lá um tempo, só apreciando. Aí entramos na Basílica, onde também ficamos um tempo, agradecendo, e voltamos para a escadaria para ver o pôr do sol. Como estava nublado, não deu pra ver o sol em si, então acompanhamos o entardecer, que também estava bem bonito. De lá, fomos jantar em um restaurante ali perto chamado Le Poulbot. Gente, pensem em um restaurante bom? Longe de ser barato, mas como foi o jantar de despedida, resolvemos comer lá. Estava muito bem avaliado no Google e valeu cada centavo. Cada uma de nós comeu um prato e todas acharam suas comidas deliciosas, e as 2 sobremesas que pedimos também estavam igualmente maravilhosas! Foi, de fato, um fechamento com chave de ouro.


Para completar, na volta para o hotel, lembramos que não tínhamos visto a pira olímpica ainda. Pegamos o metrô até o Museu do Luvre e fomos caminhando até ela. Estava lá, acessa, porém estava baixa (lembrando que a pira, em teoria, é para imitar um balão e ficar com o fogo aceso "no alto"). Pelo que entendemos, como estava ventando muito, acharam mais seguro trazê-la para o solo. Perdeu um pouco o encanto, mas ainda assim foi legal vê-la.


De lá voltamos pro hotel e fizemos as malas. Como falei, o dia seguinte será apenas em avião e aeroportos, então nem escreverei nada..


Clara, escrevendo sobre o dia 31 de agosto de 2024

Planos frustrados

 Hoje era um dos dias para o qual eu estava mais animada: assistir a uma competição das Paralimpíadas! Ainda no Brasil, compramos para acompanhar um turno de natação. As arenas aqui estão super espalhadas, então buscamos algo que tivesse brasileiro(a) competindo e que não estivesse longe de nossa rota.


Tomamos café, nos arrumamos, coloquei minha linda blusa do Brasil e, quando fui ver os ingressos para identificar qual era a entrada da arena, a decepção: os ingressos eram para o dia anterior (quinta, o dia em que fomos para Giverny). Gente, fiquei super arrasada... Triste mesmo! Não sabíamos o que fazer... Como a arena fica em um dos pontos que queríamos visitar (La Défense), resolvemos ir lá pra ver o que seria possível fazer. Chegamos, e fomos primeiro na bilheteria. O pessoal falou que não tinha como trocar e que não tinha ingresso disponível pra comprar naquele momento (estava esgotado!). Então resolvemos ir na cara dura mostrar os ingressos na entrada. Ao dar erro, explicamos o que aconteceu, que os mesmos não foram utilizados, e perguntamos se poderíamos ao menos ver a arena. Nada feito... Entrei no site de vendas e de "resale", e nada disponível...


Nessa hora começou a chover, então refizemos o roteiro do dia e fomos para a Sainte-Chapelle. Lembro que já tinha ido lá mas, ainda assim, os vitrais são impressionantes! Lindos demais! No passado ela foi construída pelo rei Luiz IX para guardar relíquias da Paixão de Cristo, tais como a coroa de espinhos que supostamente foi usada por ele, fragmentos da cruz, etc.



De lá, seguimos para Conciergerie, prédio que serviu por muitos anos no passado como principal prisão da cidade e teve Maria Anroniera como a mais famosa priosioneira (foi onde ela ficou antes de ser executada). O prédio é bem grande e, como você recebe um tablet guia gratuito, tem muita informação e muita coisa para ser vista! Não sei se era nossa fome, mas chegou uma hora que cansou... Só que a chuva estava forte, então esperamos mais um pouco e, quando a chuva amenizou, saímos em direção ao local de almoço.


Bibis e eu comemos crepe no The Crêperie / La Crêperie (localização mega previlegiada, em frente à próxima visita, e crepe bom), e mãe e Zã comeram em outro lugar perto. Demoramos mais do que o esperado pois a chuva estava MUITO forte. Quando aliviou, fomos para o Panteão / Panthéon. Entramos e vimos o pêndulo de Foucault, uma exposição bem bacana das Paralimpíadas, e os mausoléus. Percebemos que, até o momento, só tem 4 ou 5 mulheres "enterradas" lá...


Depois fomos para a Saint-Étienne-du-Mont / Église Saint-Étienne-du-Mont, voltamos andando para passar pela Catedral de Notre-Dame de Paris, e fomos para Westfield Forum des Halles. Ali perto encontrei uma loja que amei, a ODStore. Gente, tem diversos chocolates e guloseimas diferentes!!! Não são itens normais que se encontra nos mercados! Passamos um tempão passeando lá! Depois mãe e eu comemos uma focaccia no mesmo italiano que jantamos no primeiro día (La Perla), e voltamos pro hotel.


Clara, escrevendo sobre o dia 30 de agosto de 2024