domingo, 3 de junho de 2018

A Marvilha do Mundo Moderno - Perú


Último dia, bem intenso e de expectativa alta, afinal, foi dia de ver a minha 4a Maravilha do Mundo Moderno!

Acordamos 4h da manhã (isso mesmo) pra pegarmos o ônibus para subir até o topo de Machu Picchu (o nome da montanha onde fica a "cidade perdida dos Incas"). Algumas pessoas sobem a montanha e pé, mas não tínhamos tempo... Porque acordamos tão cedo? Acreditem, nesse horário a fila pra pegar o ônibus é imensa! Além disso, estávamos com o ticket das 8h da manhã para subirmos a montanha Huayna Picchu! Aqui vale um dica: só podem subir nesta montanha 400 pessoas por dia. Isso porque a trilha é bem íngreme e em boa parte dos trechos (que é ida e volta) só pode passar uma pessoa por vez. Então, para se ter controle de quem entra e quem sai, limitou-se o acesso diário. Agora vem o dica: se tem interesse em subir a montanha, compre o ingresso com antecedência. Muita gente chega lá alguns dias antes e não consegue... Sem contar que também existe o limite de entrar no parque como um todo, 2.500 pessoas por dia.


Às 8h os portões foram abertos, mas só conseguimos passar por eles umas 9h, não só por causa da fila, como também pelo fato de que todos precisam assinar no livro de controle. Gente, a subida não é TÃO longa, mas tem VÁRIOS trechos que são muito ingrimes e muito estreitos. Eu, com meu medo de altura, ficava repetindo várias vezes algo como "o chão está aqui perto" ou "não olhe para baixo"! Kkkkk Juro que é verdade! Claro que seguimos a grande dica de ir devagar, com calma, não só por causa da trilha, mas também por causa da altitude. Estava um pouco frio, mas depois de um tempo o esforço aqueceu o corpo e fiquei sem casaco. A subida é fantástica, a cada trecho uma surpresa, seja por alguma construção Inca, seja por uma bela vista!

Quando chegamos no topo, nada... Kkkkk a neblina estava tão forte que não víamos um metro à nossa frente, sério! Sentamos no lugar onde tem "a melhor vista" para o Machu Picchu, ficamos lá um tempo mas, ainda assim, a neblina não deu trégua. Como tínhamos o tour pela cidade perdida agendado, tivemos que voltar. Mas mesmo assim a trilha valeu muito à pena!

Descemos a Huayna Picchu e voltamos para a entrada do parque para encontrarmos com o guia e (finalmente) conhecer a maravilha do mundo moderno! O guia era um velhinho fofinho, peruano, mas que falava com calma, devagar, facilitando muito o entendimento das informações, que são muitas! Primeiro vou pontuar essas informações, e depois compartilho minhas impressões!!
• Machu Picchu : é o nome da montanha na qual a cidade se encontra e significa "montanha velha".
• Huayna Picchu : é o nome da montanha que fica "em frente" à Machu Picchu, foi a que nós subimos. Significa "montanha nova" e, como escrevi no parágrafo anterior, possui algumas construções incas como, por exemplo, um laboratório agrícola.
• Até hoje não encontraram qualquer documento ou registro que informasse o nome real da cidade Inca, então acabaram dando o nome da montanha onde ela se encontra, Machu Picchu. Ela fica a 2.400m acima do nível do mar. 


• Entre os anos de 1901/1902 um agricultor, em busca de ouro, encontrou o caminho Inca e chegou até a cidade de Machu Picchu. Porém, a "descoberta científica" ocorreu em 1911 com um estadounidense.
• Os estudos indicam que os incas utilizaram rochas da própria montanha para construir a cidade.
• A cidade foi povoada entre os anos de 1440 e 1550, quando, não se sabe porque, a cidade foi abandonada. Estima-se que viviam nela algo em torno de 700 pessoas.
• Machu Picchu tem uma característica peculiar de ter sido um cidade multifuncional, pois ela tinha funções agricula, religiosa, astronômicas, entre outras (normalmente as cidades focavam em uma função). Ela não foi o último refúgio da sociedade inca, mas sim uma cidade abandonada, que depois foi "perdida".
• As paredes das construções Incas são inclinadas para serem resistentes a abalos sísmicos.
• Um dos templos da cidade é o do sol. Ele possui 2 janelas abertas, as quais apontam exatamente o local onde o sol nasce no dia 21/jun (solsistio de inverno) e no dia 21/dez, solsistio de verão.
• As construções cujas pedras são bem grudadas, são para casas da realeza e / ou as construções dos templos.
• Sabe-se que a cidade de Machu Picchu está afundando, por isso há a previsão de limitar os horários diários de visita. Ou seja, quem quiser visitar o local, sugiro torná-lo uma prioridade...
• A cidade foi construída aos poucos, e de fato a construção de alguns templos não foi concluída.
• Existem llamas espalhadas pela cidade. Elas foram trazidas pelo homem para manter a grama "cortada" e para o turismo, fotos.


Minhas impressões sobre o local? Uau! Realmente tem uma energia diferente! Quando chegarem no topo, parem um momento para ver a cidade, ver a vista, sentir o local. Sério. Pensar que tudo isso foi construído em cima de uma montanha, 2.400m de altura, e tudo muito organizado, com as funcionalidades bem definidas, as previsões astronômicas fantásticas... Eu não coloquei na pontuação acima mas um exemplo fantástico é a pedra Intihuatanaeles. Ela está situada no ponto mais alto de Machu Picchu e foi esculpida em uma peça única de granito. O que ela tem de especial? Bem, ela se alinha perfeitamente aos 4 pontos cardeais e era utilizada para registrar a passagem do tempo, além de auxiliar nos ciclos de agricultura. Ela é tão especial que não pode tocá-la. Pessoal, lembrem-se, ela foi feita há mais de 500 anos, e até hoje não se sabe como... Enfim, é realmente um lugar mágico, uma vista obrigatória.

Terminando o passeio, nós voltamos para Águas Calientes, almoçamos, pegamos o trem de volta a Cusco, onde só dormimos e no dia seguinte pegamos o voo bem cedo (+/- 5 da manhã).

Clara, escrevendo sobre o dia 28 de abril.