sábado, 6 de julho de 2019

Última etapa: Brisbane

Dia de nova cidade, novo lugar para explorar! Logo cedo peguei o avião para ir para meu quarto e último destino desta viagem: Brisbane.

Vou aproveitar aqui para fazer comentários de alguns fatos curiosos que eu ainda não tinha feito antes. Primeiro, as pessoas das companhias aéreas não pedem documento para conferir se aquela passagem é sua. Basta você dizer seu nome, mostrar o bilhete (ou celular) e pronto. Isso tanto no balcão do check-in quanto para entrar no avião! Segundo, acho que já comentei como tem TANTO asiático aqui, né? Eu acredito que a grande maioria seja de chineses, mas não posso afirmar com certeza. E isso é tanto em relação a moradores, quanto a turistas (nos passeios, hotéis, albergues...). O mais curioso é que são tantos, que várias placas estão escritas em inglês e nesse outro idioma asiático (irei supor a partir daqui que seja chinês). Atenção, não estou falando só de placas de propaganda, lojas, etc, mas também as placas dos aeroportos de Cairns e Brisbane! E no voo para Brisbane, eles fizeram os comunicados nos 2 idiomas... Doideira!

OK, cheguei no albergue Breeze Lodge e ele é bem organizado e bacana. O quarto não é tão espaçoso quanto eles falam, e estava lotado (as 6 camas ocupadas), mas tudo limpo e arrumado. Deixei minhas coisas e fui começar a explorar a cidade (já eram 14h, estava morrendo de fome). Como vocês sabem, não sou de pesquisar lugar pra comer, então parei no primeiro que apareceu no caminho com bom cheiro, Bar Spritz. Duas coisas me chamaram a atenção nele: a vista para o Rio Brisbane e o fato de ter prato infantil! Comi lá e fui explorar a cidade.

Andei pela margem do rio até a estação do ferry Thornton. Aqui acabei não estudando muito como funciona o transporte, mas sei que tem o ferry City Hopper, vermelho, que é gratuito e para em locais chaves. Nessa caminhada, passei pelo Kangaroo Point Cliffs, Riverlife e cheguei na estação. Depois de uns 20min o ferry chegou e eu segui para a estação Maritime Museum.

Desci nessa estação para explorar o Southbank Parklands. Tentando descrever mais ou menos, é uma região que fica na beira do rio e que tem de tudo um pouco: diversos bares e restaurantes, jardins, parques infantis, museu, biblioteca, roda gigante e a famosa praia artificial. Sim, outra praia artificial! Essa é ainda maior do que a de Cairns. Nessa área é também onde fica o "letreiro" de Brisbane com a vista para o Skyline de fundo, mas eu não consegui vê-lo. Exatamente no local estava acontecendo um festival da França, com música e comidas típicas, e tinha que pagar para entrar. Quando escureceu, as pontes e as rodas gigantes ficaram todas iluminadas com as cores da França, bem bacana. Além desse festival, também estava tendo uma feira de artesanato, The Collective Markets, que acontece de sexta a domingo, bem bonitinha.

Depois sentei em um dos barzinhos que estava tocando música ao vivo, fiquei um pouco, mas meu cansaço falou mais alto e voltei para o Hostel.

Algo bem legal que me chamou a atenção aqui e não percebi em nenhuma das outras cidades da Austrália foi a ciclovia! Isso mesmo, aqui tem muita ciclovia, por todas os lugares que passei, tendo até placas próprias para os ciclistas, bem sinalizada, e muita gente andando de bicicleta, adorei!!

Clara, escrevendo sobre o dia 5 de julho de 2019, sexta-feira.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Cairns Rainforest

Depois de explorar o mar e a cidade de Cairns, chegou a hora de conhecer a outra parte turística da região: as florestas tropicais!

Infelizmente o dia não ajudou muito, estava bastante nublado e até choveu em alguns momentos. Mas, por outro lado, tinha um pessoal divertido no passeio. Mexicanos, canadenses, australianos, suíços e eu!! Acabei ficando o passeio inteiro com os suíços, bem bacanas! O grupo de canadenses também era interessante: 3 mães com os respectivos filhos de +/- 18 anos. Eles passaram 3 dias em alto mar para tirar o certificado de mergulho na Grande Barreira!

O guia também era um caso à parte. Só para vocês terem uma ideia, na ida ele se perdeu (passando 2 vezes pelo mesmo lugar), mas fazendo a maior zoação com isso! Uma coisa curiosa, os guias de todos os tours que fiz eram super palhaços e bem humorados, tirando sarro de todo mundo e colocando sempre uma trilha sonora que mistura músicas pop "normais" com músicas que tenham à ver com o quê estamos vendo / passando no momento (exemplo "Highway to Hell" quando começamos uma rodovia cheia de curvas). Outra coisa interessante que percebi, não só nos tours mas em qualquer situação de trabalho na Austrália (lanchonete, restaurantes, até no cruzeiro do mergulho): todo mundo faz tudo, não tem diferença de status de atividade. Por exemplo, no cruzeiro, o cara que fez o check in conferindo nomes e pegando os pagamentos extras foi o mesmo que serviu um dos lanches, que ajudou na limpeza e que foi o instrutor no meu mergulho! E, como eu disse, isso em relação a tudo...

Voltando para o tour, apesar do tempo ruim, foi divertido. Fiquei imaginando como deve ser com sol... Pra mim valeu a pena! Ele durou o dia inteiro, me pegou e me deixou no Hostel, teve almoço e lanches da manhã e da tarde inclusos! O nome desse tour que eu fiz é "Waterfall Wanderers", organizada pela Cairns Adventure Group. Assim como fiz nos outros passeios, vou pontuar cada local visitado e descrever algo, caso seja interessante.

- Babinda Boulders
Piscina natural formada por três córregos entre um grupo de rochas perto da cidade de Babinda.
Fizemos uma caminhada margeando um desses córregos, com lindas (e pequenas) quedas d'águas. Bem bonito! Algumas pessoas tomaram banho, mas ninguém ficou muito tempo na água (estava frio)...

- Josephine Falls
Uma queda d'água que fica em Wooroonooran National Park (esse nome mesmo). O diferencial é que ela possui umas pedras escorregadias que servem como tobogã natual! Pareceu ser super seguro! O pessoal que arriscou enfrentar o frio e o chuvisco se divertiu bastante!

- Millaa Millaa Falls
Agora uma cachoeira mais alta, bem bonita. Embaixo formava uma lagoa própria para banho. Segundo o guia, seria o local de banho mais frio que passaríamos, então absolutamente ninguém estou na água...

- Malanda Pub
Pub localizado na cidade Malanda, onde nós almoçamos. O legal desse lugar foi a frase que estava atrás do caixa "Would you like to speak to the man in charge OR The woman who knows what is going on?". Detalhe, só vi mulheres trabalhando no local...

- Não lembro o nome
Estávamos em uma região onde possui 7 vulcões antigos e inativos. Paramos em um deles, cujo nome não consegui entender. Estava frio, muito frio, nem os suíços ficaram muito tempo fora do ônibus. Dá para ver a circunferência perfeita do lugar e no meio o dono das terras fez um pasto.

- Curtain Fig Tree
A melhor forma de explicar como essa árvore foi formada é mostrando a figura abaixo. De qualquer forma, ela é conhecida como "árvore avatar", tem uns 500 anos e foi formada pela junção, ou sei lá o que, de 3 árvores... Muito doido, mas lindo!


- Platypus Viewing
Demorei pra entender o que era Platypus, até ver o desenho em uma das placas. Eu nem sabia que ainda existía ornitorrinco, eu jurava que ele estava em extinção. Engraçado é que, para vê-los, vamos em um pequeno riacho, ao lado de uma propriedade privada, onde as pessoas sabem que tem alguns. Depois de um tempo apareceu um, pequenininho.. Muito fofinho!

- Lake Eacham
Última parada do dia, também da região dos vulcões. A cratera vulcânica e respectivo lago foram criados há milhares de anos atrás, com duas explosões massivas de água escaldante. É possível tomar banho no lago (segundo o guia, é o lugar menos frio de todo o passeio), mas tem uma placa muito importante espalhada no local: "Stay clear of the crocodile (...) take care if swimming". Em tradução livre para o bom e velho português, "fique longe do crocodilo (...) cuidado ao nadar". Só ficamos curiosos para saber se é apenas um crocodilo na região ou se tem vários. Detalhe importantíssimo: VÁRIAS pessoas tomando banho no lago normalmente...

De noite fui tomar um vinho com a suíça (Leonora) no bar do Hostel, que estava lotado (como sempre). Foi nossa despedida pois amanhã tanto ela quanto eu seguiremos para um novo destino!

Clara, escrevendo sobre o dia 4 de julho de 2019, quinta-feira.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Dia de mergulho

Dia do passeio mais esperado! Sério! Quem nunca ouviu falar da Grande Barreira de Corais da Austrália (Great Barrier Reef), uma das finalistas para as 7 Maravilhas Naturais do Mundo (mas eleita pelo canal de TV americano CNN para esse título)?

Detalhando um pouco sobre os corais, para depois eu falar sobre o meu passeio: eles ficam entre o nordeste da Austrália (às margens do estado de Queensland) e o país Papua-Nova Guiné. É o maior organismo vivo do planeta, sendo possível vê-lo inclusive do espaço. De acordo com o Wikipedia, "o ecossistema de 2.300 km de extensão compreende milhares de recifes e centenas de ilhas feitas de mais de 600 tipos de corais duros e macios. Abriga inúmeras espécies de peixes coloridos, moluscos e estrelas-do-mar, além de tartarugas, golfinhos e tubarões.". Em 1981 foi considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Como alguns já devem saber, a barreira começou a se deteriorar na década de 1990 principalmente por dois motivos: impacto do aquecimento anormal das águas do mar (devido principalmente ao fenômeno do El Niño) e a poluição marítima (maior presença de dióxido de carbono). Isso tem causado o branqueamento dos corais e a diminuição da diversidade biológica. Isso é tão sério que em 2016 pesquisadores da Universidade James Cook na Austrália informaram que aproximadamente 35% dos recifes de corais estão mortos ou morrendo, e dizem que isso tem ocorrido mais nos corais do Sul.

Sobre minha experiência, o que não falta é opção de passeios para as barreiras. Você pode ir de barco, mergulhar com cilindro, fazer snorkel, ir de helicóptero e até pegar um barco tipo submarino para ver os corais sem se molhar! Como esse era um passeio que eu não queria arriscar perder, eu fiz a compra e reserva ainda no Brasil. Chegando aqui, acabei sabendo que a maioria das empresas oferecem todas essas opções em um mesmo passeio: na hora você pode "acrescentar" se tiver vontade! Eu, por exemplo, tinha fechado apenas o snorkel. Porém, fiquei sabendo que seria possível mergulhar de cilindro como se fosse uma introdução, de 25min. Claro que fiz isso!

Lá na hora eles dão os ensinamentos básicos de mergulho: como tirar água dos óculos, como aliviar a pressão dos ouvidos, como recuperar o cabo pelo qual você respira (sei lá o nome), os principais sinais a serem utilizados dentro d'água... Tipo um "primeiro socorros"! Foram formados grupos de 4 pessoas que eram acompanhados por um instrutor, e este fez alguns testes com cada um antes de seguirmos. Colocamos a roupa, eles colocaram o cilindro em cada mergulhador "aprendiz", e fomos para a água. Rapaz... Bateu um pânico... Sério. Comecei a respirar muito rápido, achei que não conseguiria ficar na água. Cheguei até a fazer o sinal para subir. Aí o instrutor pediu para eu ter calma e fazer a respiração mais lenta. Fui me acalmando, respirando, fechando o olho, e depois de um tempo fiquei bem. Não 100%, mas bem. Fiz os dois testes e começamos a "passear", todos de braços dados (lembrem, éramos iniciantes). No início eu estava tão preocupada em mergulhar (respirar, diminuir a pressão dos ouvidos, bater as penas, manter o corpo na horizontal...) que esqueci que estava na famosa barreira de corais! Quando fiquei mais tranquila, e comecei a olhar ao meu redor... Uau!!! Sensacional!! Muito lindo!! Vimos vários peixes (só reconheci Nemo e o peixe martelo), diversos moluscos e os corais em si! Confesso que eu esperava mais cores, quando comentei isso, os instrutores falaram que estava assim por causa do aquecimento global (de fato dá pra ver vários corais já cinzas, mortos) e pelo fato do dia estar um pouco nublado...

Quando saí da água... Outro desespero: o frio! Estava MUITO frio! Ventando muito, a temperatura estava uns 19 graus, e estava nublado. Demorei MUITO para parar de tremer, sério! Até porque eu não podia entrar no barco molhada, então tive que esperar a toalha fazer efeito... Depois eles fizeram uma nova parada em uma segunda parte da barreira, sendo possível mergulhar novamente de cilindro (teria que pagar nova taxa) ou de snorkel. Confesso que estava tanto frio que ao invés de ir pra água, eu fiz o passeio do submarino. É legalzinho, mas só isso. Vale mais a pena ir para a água, sem dúvida alguma!

Depois voltamos para Cairns (isso já no final do dia). Ah, o passeio tem almoço (bem mais ou menos), água, chá, café e um lanche no final da tarde. Mas eu realmente recomendo levar algo pra beliscar e beber. Além disso, lembrar de levar toalha e, no inverno, um casaquinho. Todo mundo estava de moletom, mas como eu não trouxe para a viagem, fiquei enrolada na toalha com minha camisa UV de manga comprida.

De noite, nada demais. Fiquei no Hostel e dormi cedo pois no dia seguinte terá novo passeio cedo.

PS: Fiz esse passeio com a empresa Down Under Dive.

Clara, escrevendo sobre o dia 3 de julho de 2019, quarta-feira.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Terceira etapa - Cairns

Hoje foi o dia que acordei mais cedo nesta viagem, e espero que não tenha outro assim... Rsrsrs Tive que acordar 3:30 da manhã para pegar o trem até o aeroporto, pois meu voo foi às 6:00!

A partir de hoje estarei viajando sozinha. Minha super parceira de viagem vai se encontrar com a família dela e eu seguirei para o norte da Austrália em busca do calor, kkkkk! A chegada ao aeroporto foi bem tranquilo, já o voo... Rapaz... Foram 3 horas de viagem, mas não consegui dormir nenhum minuto: a cadeira inclinava quase nada e não tinha nenhum encosto para a cabeça. Aí fiquei quietinha, no meu canto, tentando dormir mas não conseguindo...

Cairns é uma cidade litorânea que fica mais ao norte da Austrália (comparada a Sydney, Melbourne, etc, não é a cidade mais do norte). Ela é relativamente pequena, com mais ou menos 160 mil habitantes, porém costuma ter mais de dois milhões de visitas turísticas por ano. Isso porque sua base econômica é basicamente o turismo, pois ela é conhecida como a porta de entrada para a Grande Barreira de Coral da Austrália (Great Barrier Reef, falarei mais sobre isso amanhã). Além disso, ela oferece diversos passeios alternativos para as florestas tropicais, cachoeiras, vilas de aborígenes, montanhas, parques nacionais, ilhas paradisíacas, entre outros.

A cidade em si é bem pequena, com pouca coisa pra fazer. Eu aproveitei o dia para tentar explorá-la. Vi vários hotéis, restaurantes, albergues, pubs e bares. Realmente, como uma cidade turística. O curioso é que, apesar de ser banhada pelo mar, ela não tem praia na própria cidade (pelo menos não vi e me falaram que teria que pegar carro). Mas eles tem um calçadão bem bacana com pequenos parques, uma parte infantil maravilhosa, quadras de tenis e de vôlei de praia, área de skate, e o cartão posta da cidade: uma piscina artificial de água salgada! Uma coisa fofa foi que tinham diversos idosos no calçadão, de binóculos, observando os diversos pássaros da costa.

De noite passei pelo Night Market, que fica na orla. É um mercado de artesanato, com diversos souvenirs, cremes / itens de cosméticos, e o mais curioso, VÁRIAS tendas de massagem, inclusive um "spa" com aquários de peixes pra você colocar os pés e eles "comerem" suas células mortas...

Depois fui jantar no Hostel (baratinho, prato + bebida AUD 12,00) e fui dormir, pois estava morrendo de sono.

Clara, escrevendo sobre o dia 2 de julho de 2019, terça-feira.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Segunda caminhada em Sydney

Hoje o dia amanheceu meio nublado, mais frio, fiquei até com receio de estragar a programação de hoje. Mas, graças a Santa Clara e São Pedro, o céu abriu na hora certa e o sol veio com tudo para amenizar o frio!

A programação do dia foi de mais uma caminhada. Mas desta vez algo mais próximo a trilha, tanto pelas passagens quanto pela dificuldade. Trata-se da Spit to Manly walk. Antes de iniciarmos a trilha, nos encontramos com Ive, amiga de Rê, e Felipe, amigo de Ive. Eles inclusive que tiveram a ideia, e eu achei o máximo! Nós nos encontramos na chegada dos ferrys de Manly e seguimos em direção de Spit.

A trilha possui 8km, 10km se seguirem até a ponte de Spit. É possível fazer qualquer uma das direções. Particularmente, acho que teria sido melhor seguir de Spit para Manly pois assim, no final da caminhada (quando você está acabada, cansada) já está em um lugar com diversas opções de restaurantes, estrutura de banheiros, etc. Sem contar que, se você for voltar a Sydney, já estará no cais para pegar o ferry em direção a Circular Quay.

Para fazer a trilha, aqui vão algumas dicas básicas, porém importantes:
- Vá com sapatos confortáveis. São diversas subidas e descidas, locais que ficam molhados, lama, areia, pedra... Em alguns trechos há estrutura de deck, caminho de grade ou estrutura de madeira, em outros não. Sendo assim, não vá com um "sapatinho básico".
- Leve água, lanche e vá ao banheiro antes de iniciar a caminhada. Durante o percurso você passará por bebedouros e banheiros, mas não são constantes. Praticamente não vi cafés ou restaurantes, mas tem vários lugares para fazer piquenique.
- Cruzamos com diversas familias e crianças fazendo a trilha. Então não é difícil, mas eu diria que é moderada, pois é longa e tem diversas subidas íngremes.
- Definitivamente use roupa de ginástica. Se for no verão, vá com biquíni / sunga por baixo, pois tem diversas praias lindas no caminho e próprias para banho! No inverno, período atual, casaco leve (para não atrapalhar o percurso), mas definitivamente tenha um casaco em mãos por causa do vento (que apareceu de vez em quando) e das sombras.
- A trilha possui diversos acessos (ou saídas) ao longo do caminho. Então, se realmente cansar e quiser parar no meio, ou quiser fazer apenas parte do percurso, é possível.

Como falei, nós começamos a trilha por Manly,uma das praias mais famosas de Sydney. Lá perto do cais você tem diversas ruas comerciais, como se fosse o centro do bairro / local, com lojinhas, farmácias, restaurantes, praça e brinquedos para as crianças, além de uma praia tranquila e ótima para quem quer descansar (especialmente após a caminhada). Também tem o Manly Wharf, onde há uma piscina de água salgada e uma boa infraestrutura de banheiros. Na região também encontram-se o aquário Manly Sea Life Sanctuary e a galeria de arte contemporânea Manly Art Gallery, que mostra a história da praia. Não fui pra nenhum dos dois...

Logo no início da trilha você já percebe que haverá diversas vistas e lugares fascinantes! Depois de pararmos umas 6 vezes, percebemos que tínhamos andado muito pouco e já tinham passado uns 40 minutos. Ou seja, fiquem atentos ao tempo para não se perderem nas vistas lindas, pois o passeio é longo. Uma coisa excelente é que o caminho é todo sinalizado, às vezes mostra, inclusive, qual distância ainda tem a percorrer, seja em direção à Spit ou Manly. Também tem uma sinalização para um caminho alternativo em caso de maré alta, pois aí não será possível andar pela praia ou pedras (como fizemos em alguns trechos).

Falando da minha experiência, a trilha é linda, o caminho super agradável com vistas e parques maravilhosos! Para mim valeu muito à pena ir, mas se você tem pouco tempo em Sydney, priorize outras coisas. No total, nós levamos umas 4 horas para concluir a trilha. Quando chegamos em Spit, pegamos um ônibus de volta para Manly, almoçamos no Fishbowl, passeamos pelo centro e voltamos para Sydney.

De noite encontrei com Fabi. Jantamos no restaurante Casa Ristorante Italiano, que fica na região de Barangaroo (até então não tinha ido nessa região, mas fica ao lado de Darling Harbour). Depois voltei pro hotel para arrumar minha mala.

PS: um fato curioso que eu tinha esquecido de comentar, os "nativos" de Manly costumam andar descalços na rua. Não é a maioria, mas você vê, sim, algumas pessoas andando no asfalto, entrando nos bares ou restaurantes... A amiga de Rê comentou que isso era comum.
Clara, escrevendo sobre o dia 1 de julho de 2019, segunda-feira.

domingo, 30 de junho de 2019

Caminhada e novo reencontro

Tem coisas que não se explica, apenas se agarra nas oportunidades que surgem, as reconhece e agradece por tê-las! Esta viagem foi definida meio que de última hora, absolutamente por acaso. Confesso que Austrália não estava nas minhas prioridades, mas porquê não conhecer mais um continente? Como complemento, acredito que esta esteja sendo a minha primeira viagem que eu encontro amigos que estejam morando no país. Primeiro foi Bia, em Melbourne, ontem Dani e hoje Fabi, também em Sydney! Laços bacanas que são fortalecidos por pequenas atitudes e oportunidades!

Enfim, Fabi nos pegou no hotel para fazermos uma trilha que fica em uma das praias mais famosas da Austrália, Bondi. A caminhada é de Coogee Beach até a Bondi Beach (Coogee to Bondi Walk). São 6 quilômetros de percurso que leva em média 2 horas / 2h30min, a depender das paradas. Ela passa por umas 7 praias e por todo o tempo vai beirando o mar, além de alternar entre pé na areia e paredões rochosos, com diversos mirantes no caminho.

A trilha pode ser feita nos dois sentidos. Nós escolhemos começarmos por Coogee Beach, onde deixamos o carro, e ir em direção a Bondi. Não sei dizer quais seriam os pontos mais bonitos ou as praias mais diferentes, pois cada lugar possui sua particularidade, beleza e encanto! Tivemos a sorte de ter um dia maravilhoso, ensolarado, que destacava ainda mais a cor transparente da água! Várias das praias têm lugares específicos para banhos, que seriam as nossas "pocinhas"... Só fiquei imaginando como deve ser essa trilha no verão... Detalhe, não só o caminho mas as praias tinham bastante gente, mesmo em um clima "maravilhoso" de 18 graus...

Passamos por Coogee (claro, onde iniciamos), Clovelly Beach, Shark Point (que, apesar do nome, nós vimos baleias no mar), Waverley Cemetery (antes a trilha passava pelo meio das lápedes, hoje construíram um caminho rente ao mar), Bronte Beach (onde paramos pra almoçar no restaurante brasileiro Bronte Belo, que no final da tarde está tendo acarajé), Tamara Beach e o final com Bondi Beach (com sua famosa piscina de água salgada no Icebergs). Um fato curioso de Bondi é que lá foi fundado o mais antigo centro de salva-vidas da Austrália, o Bondi Life Saving Club. Pelo que Fabi contou, tem até programa de televisão com eles, tipo o americano Baywatch...

Ao final da trilha pegamos um táxi, voltamos para o carro e fomos ver o pôr do sol em Manly. Infelizmente quando chegamos lá o sol tinha literalmente acabado de se pôr. Então pegamos um vinho (Fabi uma soda, porque estava dirigindo) e ficamos conversando no Manly Wharf Hotel. Gente, que lugar agradável, e cheio de gente bonita! Fabi saiu, mas Rê e eu ainda ficamos lá até o frio apertar, umas 19:15 (o sol se põe 16:50 no inverno...).

Depois passamos pra comer uma pizza no mesmo lugar da noite retrasada (Fratelli Famous) e voltamos para o hotel.

Clara, escrevendo sobre o dia 30 de junho de 2019, domingo.