Adivinhem? Mais um dia acordando cedo para conseguir pegar uma atração linda de Jaipur vazia: Patrika Gate.
Antigamente, a cidade de Jaipur era uma cidade murada, por isso ainda hoje a cidade possui diversos Gates. São 7 portões históricos, e outros 2 portões mais novos: um deles, construído e aberto ao público em 2016, é justamente o Patrika Gate. Esse nome veio do grupo de comunicações que o construiu, Grupo Patrika. O monumento homenageia o patrimônio arquitetônico e cultural de todas as regiões do Rajastão, tendo cada pilar contando em forma de pintura alguns fatos importantes sobre diferentes partes do estado do Rajastão. Feito o contexto histórico, agora a explicação de ir cedo (06:30): exatamente por ser tão bonito, todo dia lá enche de noivos e fotógrafos para fazerem ensaios fotográficos! Quando chegamos, de fato não tinha ninguém. Mas uns 30 minutos depois, já tinham várias pessoas! O portão realmente é lindo, e cada canto, parede ou pilastra tem um detalhe diferente, uma pintura ou mesmo uma escultura...
Voltamos ao hotel, comemos um café da manhã divino, e fomos explorar a pink city! Jaipur foi pintada de rosa em 1876 para dar as boas-vindas ao Príncipe de Gales, Albert Edward (que Depois se tornou Rei Eduardo VII). A cor rosa foi escolhida porque simboliza hospitalidade e acolhimento. Desde então, a tradição de manter os edifícios pintados de rosa se manteve, tornando-se uma característica marcante da cidade. Hoje, tem uma lei em vigor que exige que todos os edifícios da parte histórica da cidade sejam mantidos pintados de rosa. Agora, o cartão postal da cidade é sem dúvida, o Hawa Mahal (Palácio dos Ventos). Ele possui uma estrutura em forma de favo de mel, composto por 953 janelas, para que as damas reais de Jaipur pudessem observar o cotidiano das ruas e assistir às festividades da cidade quando essas aconteciam, já que elas não podiam sair do palácio e nem ser vistas pelos cidadãos comuns, apenas pelo Marajá. Passeamos pela rua principal, onde tem VÁRIAS lojinha, e subimos no Wind View café que fica bem em frente ao Palácio dos ventos.
Por fim, fomos para Chakrapani Clinic Ayurveda & Research Center, para fazermos uma massagem Ayurveda. Para quem não sabe, a medicina Ayurveda é um dos sistemas de cura mais antigos do mundo, nasceu na Índia há mais de 5.000 anos, e é baseada no equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Eu fiz Marma Abhyanga + Shirodhara. Foram duas horas de massagem, durante as quais eu fui MUITO lambuzada de óleo, inclusive no cabelo! A massagem em si é muito boa, tem uma parte em que o óleo quente fica sendo jogado na testa que é uma delícia! Vale muito a pena fazer! Agora, o cheiro... Me enjoou, tanto o cheiro do óleo quanto o da clínica (que agora percebo que deve ter o cheiro estranho justamente por causa dos óleos). Valeu a pena, mas o cheiro me incomodou bastante.
Outra coisa que eu gostaria de falar da clínica: foi o primeiro lugar em que vi que a maioria das pessoas que estavam trabalhando é mulher! Ou melhor, tirando hotéis, foi o segundo lugar que vi uma mulher trabalhando. O primeiro foi a loja de Sari, e que, mesmo assim, vi só umas 2 mulheres. Aqui, era grande maioria, tanto que chamou atenção. E aí é perceptível como ainda é muito forte a cultura da mulher ficar em casa, especialmente em cidades menores.
Ah, algo curioso: por todos os lugares que passamos, vimos vestígios do Holi Festival, seja através das pessoas manchadas (eu mesmo estou), seja através das ruas com resquícios de cores. Bem dia de ressaca mesmo...
Depois da massagem voltamos ao hotel, fizemos um "almojanta" e fomos arrumar as malas.
Clara, escrevendo sobre o dia 15 de março de 2025