sábado, 25 de novembro de 2017

Maravilhas do Mundo Antigo

Último dia, e fechando com chave de ouro! Não quer dizer que os outros dias não foram fantástico, muito pelo contrário. Vocês acompanharam a saga, viram como cada dia reservou uma surpresa e emoção diferente. E hoje a "peteca" não caiu!

O dia começou na região de Sacara (ou Saqqara)! Lá tem os primeiros túmulos com escritas / hieróglifos / desenhos. As pirâmides que estão aqui foram as primeiras construções feitas com Rocha no mundo, segundo o guia, algo em torno de 2300 a.C. Essas pirâmides fazem parte do complexo funerário de Djoser.

Além das pirâmides, representando os túmulos dos Faraós (vimos 3, sendo duas já sem muito formato), o interessante é que lá também possui túmulos de nobres. A diferença de um para o outro é simples: os túmulos dos Faraós possuem registros divinos, sempre tem referências a guerras e deuses. Já os dos nobres possuem registros do dia a dia, cenas do cotidiano como caça, pesca, colheita... Foram base para o estudo da "vida comum" dos egípcios! Na representação da pesca, por exemplo, vimos que usavam anzóis iguais aos atuais!!

De lá, passamos em uma fábrica / escola de Tapetes. A região é bastante conhecida por essa atividade! Acabamos comprando alguns! Depois seguimos para o almoço, em um restaurante típico. Gente... Pão pita (nosso "pão árabe") quentinho, feito na hora! Muito bom! É as tâmaras? Aff... A comida principal foi uma carne meio kibe (não gostei muito) e um frango no espeto, bem gostoso!

Na parte da tarde, o desfecho da viagem... A única das Maravilhas a do Mundo Antigo que ainda persiste/continua "de pé": A Pirâmide de Quelps, a mais alta e mais antiga das três grandes pirâmides de Gizė.

Estima-se que a Pirâmide de Quelps começou a ser construída em 2.750 a.C. e que levou 20 anos para ser concluída. Aí é que começam as teorias de que ela - e as outras - foram construídas com ajuda de E.T.s pois elas são imensas, perfeitas, tem direcionamento praticamente exato em relação aos pontos cardeais da bússola. Sem contar os materiais utilizados para suas construções: só para a Quéops, foram utilizados 8 mil toneladas de granito (que vieram de Assuã, localizada a mais de 800km de Cairo), 5,5 milhões de toneladas de calcário e 500 mil toneladas de argamassa (informações do Wikipedia). Detalhe, cada bloco pesava toneladas (10, 15, 20, até 80). Aí vem a pergunta: como eles seguiram? Lembrem-se, construíram de tal forma que as pirâmides estão em pé há praticamente 5.000 anos...

Enfim, chega de dados, vamos para a experiência. Quando chegamos lá, claro, o primeiro choque: a grandiosidade! Rapaz, somos formigas ao lado das pirâmides, mesmo da menor... As três possuem câmeras subterrâneas (túmulos de cada Faraó e outras galerias com diversas finalidades) que podem ser acessadas mediante pagamento extra, mas só entramos na menor, a Miquerinos. A justificativa é simples: o guia tinha nos avisado que, por serem as primeiras tumbas construídas, elas não tinham hieróglifos, pinturas, etc. Então, não eram tão interessantes e, quando entramos, isso foi confirmado. De qualquuer forma, acho que vale a pena pagar para entrar em uma delas, só para "constar". Mas na Quelps, é possível "subir" nos primeiros degraus!

Depois de curtir bastante as pirâmides, pegamos um camelo e fomos montadas (?)  até um ponto que, para mim, é a melhor vista da Necrópole de Gizė pois é possível ver de um excelente ângulo as três grandes pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos) e as 3 pirâmides menores das rainhas! Tiramos fotos divertidíssimas, e apreciamos o local como um todo... Foi uma delícia pois, ao ser mais afastado, tinha um silêncio maravilhoso e de lá não dá para ver Cairo! Fora a experiência de andar de camelo! Super recomendo fazer isso!

Depois, de carro, fomos para outro ponto que dá para ver as 3 grandes pirâmides (ainda dentro da Necrópole), mas não é tão bacana. E, por fim, fomos ver a Esfinge. Outro local, com excelente vista, que faz vc parar para pensar e refletir sobre a grandiosidade e significado de todo o complexo! Repito, o complexo está ali há quase 5 mil anos! Foi preciso muita inteligência, dedicação, tecnologia, para a construção de tudo aquilo!

Caramba... Essa viagem foi uma reflexão sem precedentes! Tudo que sempre ouvimos falar nas aulas de história ali, ao vivo! Não tem como não parar para pensar há quanto tempo já existem civilizações, com "inteligência" e que já viviam um dia a dia equivalente aos atuais. E aí você pensa, quanto efetivamente houve evolução? Não estou falando de celulares, computadores, etc... Vimos tanta grandiosidade, e, ao mesmo tempo, tanta desigualdade e pobreza... Conhecemos pessoas que moram em cavernas, vimos a realidade da falta de água, vivemos culturas e costumes distintos (almoços, religiões, casamentos, homens vs mulheres)... Definitivamente cada dia teve um aprendizado, uma experiência que foi muito além de conhecer as Maravilhas do Mundo! Realmente,  uma viagem que recomendo, desde que faça de coração e mente aberta, para aprender, internalizar e vivenciar cada dia, cada minuto!

Clara, escrevendo sobre o dia 02/novembro/2017.

domingo, 5 de novembro de 2017

Cairo: dia de visitar museus

Pela manhã pegamos um avião e fomos para Cairo, a última cidade que visitaremos no Egito. De cima o primeiro choque: a cidade coberta por uma névoa! Quando perguntamos ao guia, ele disse que era poluição e um pouco de areia. Como quase nunca chove, a névoa fica sob a cidade...

O dia foi corrido: muita coisa para visitar em pouquíssimo tempo! Começamos com o Museu Egípcio. Vale muito a pena ir, especialmente se tiver um guia te companhando para explicar as coisas. Tanta coisa interessante, como os registros do primeiro dentista - e suas obras e livros - datados de 2.700 a.C.

Duas coisas me impressonaram absurdamente. Uma, claro, foi a sala das múmias. Depois de ouvir as histórias dos faraós, é curioso - e deu arrepio - ver alguns deles como múmias, ali "expostos"...

O outro foi a parte que estão expostas as coisas, o "legado", de Tutankhamun. E aqui vale uma explicação: porqus ele é um Faraó tão famoso se ele morreu cedo (19 anos, em 1300 a.C.), não fez nenhuma guerra, era todo doente, não foi importante para a história do Egito e foi bem "pobrinho" quando comparado aos demais? Então, "lá" atrás, há mais de 3000 anos, os egípcios antigos "descobriram" onde ficava o Vale dos Reis e começaram a saquear os túmulos dos Faraós. Como ninguém nunca deu importância para "Tuta" , não se importaram ao fato de não terem encontrado o túmulo dele. Já nos tempos "modernos", em 1922, a equipe de um escavador/arqueólogo por um TOTAL acaso encontrou a tumba dele. Daí veio a fama: foi a única tumba, até hoje, descoberta com os artefatos e riquezas originais junto ao sarcófago, e tudo encontra-se no museu!

Duas coisas que me chocaram bastante: 1o, se com ele, "pobrinho", foi encontrado toda essa riqueza, imaginem o que existia nas tumbas dos grandes Faraós? 2o, tirando a evolução de tecnologias de itens eletro-eletrônicos, nós somos uma imitação plena dos egípcios de 1300 a.C. Jogos (isso mesmo, xadrez e damas), cadeiras, camas, dobradiças de camas, chinelos, mesas de centro, colares e brincos que eu usaria nos dias de hoje normalmente... Uma loucura, sério!

No caminho entre o museu e a Citadel, paramos em uma "biboca" no meio da rua, bem típica, para comer um sanduíche. Não sei se era a fome, mas o sanduíche estava bom...

Chegamos na Citadel of Salah Al-Din. Era uma pequena cidade militar, que ficava fora da cidade "principal", no alto, para proteger dos invasores, especialmente na época das Cruzadas Cristãs. Antigamente era toda murada, hoje tem uma Mesquita grande e restos de um castelo onde, no passado, o governador (não mais Faraó) morava. Nessa hora, uns adolescentes pediram novamente para tirar foto conosco. Depois do segundo, começou a aglomerar, aí o guia deu um "chega pra lá" mas, depois de vir tanta gente, ele resolveu mudar de lugar para continuar com a explicação...

Seguimos para o Bairro Coptic, localizado no velho Cairo. Foi conhecido por ter sido uma fortaleza / resistência do cristianismo no Egito. Não entendi muito bem o porquê, mas é um bairro mais rebaixado e murado. Hoje está bem abandonado, mas possui duas igrejas bastante interessantes. Onde atualmente está a igreja dos Santos Sérgio e Baco (Abu Sergis), antes era uma caverna na qual existem resquícios atestando que a Família Sagrada se escondeu por 3 meses. Aqui, aprendí porque o corredor central da igreja se chama nave: antigamente, o teto dessa parte era de madeira e representava um navio invertido, para as pessoas entrarem na barca da salvação, de Noé. A segunda é a Igreja Suspensa, datada do século III ou IV, ela é conhecida por esse nome por ter sido construída por cima de outras construções. Aqui é onde estão os restos mortais de São Cosme e Damião, entre outros Santos, que lutaram na resistência do cristianismo no Egito. No bairro também tem a Fortaleza de Babilônia, construída para controlar o comércio/tráfego no Nilo na região.

De lá fomos pra o hotel, cansadas, nos preparar para o último dia!

Clara, escrevendo sobre o dia 01/novembro/2017.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

E o Egito não para de me surpreender...

Para variar, hoje o dia começou cedo! Rsrsrs Novamente acordamos 4h da manhã, pois tínhamos que pegar estrada na hora em que a mesma abre...

Isso mesmo, logo na madrugada pegamos uma Van para ir a Abu Simbel. Porém, como essa estrada fica no meio do deserto, na divisa com o Sudão, ela é toda controlada e vigiada. Tem horário para abrir e fechar, e tem diversos policiais ao longo de toda a estrada, seja patrulhando ou em pontos estratégicos.

Abu Simbel na verdade é o nome da cidade / região onde se encontram 2 templos: o de Ramsés II e o de sua esposa favorita Nefertari, construídos no século XIII a. C. Esses templos possuem uma curiosidade extra: além de ser imensos, estarem bastante conservados e serem escavados em uma montanha, eles foram movidos do seu local original. Na década de 1960, foi decidido pela construção de uma barragem no Nilo, o que significaria a inundação desses templos. A UNESCO fez uma campanha e diversos países ajudaram para que fosse feito o deslocamento. Para isso, foi necessário deslocar toda a parte da montanha na qual os templos estão esculpidos e escavados. Com isso, além deles serem lindos por si só, possuem uma vista linda para o lago Nasser, o maior lago artificial do mundo, com 550km de comprimento e 35 km de largura. O local fica longe, 3 horas de carro da cidade de Aswan, mas vale MUITO a pena. Não é "mais um templo", longe disso! Está tudo muito bem conservado. E pensar que isso teve que ser deslocado....

De tarde ficamos descansando no navio - e jogando buraco / cartas.

No final da tarde fomos para o último passeio à margem do rio Nilo: Philae - Sound and Light show. Foi uma ida ao Templo de Isis, porém, com uma pequena apresentação. Não espere super show estilo Disney, mas é muito lindo! Sem contar que o local é fantástico!!! Verdade que não deu para entender 100% da história, mas vale muito a pena. Sem contar que a noite estava linda, com o céu super estrelado! Sobre o Templo, ele é lindo, e está bastante conservado, o que é de se espantar uma vez que o mesmo ficou submerso nas águas do Nilo por 70 anos, após a construção de uma das barragens do rio. Em 1978, o Templo foi transposto completamente para o local atual. A principal perda foi a descoloração das pinturas, fora isso, é até difícil de acreditar que isso aconteceu.

Clara, escrevendo sobre o dia 31/outubro/2017.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Navegando pelo Rio Nilo + Templos

O primeiro passeio do dia foi ao Templo de Edfu, específicamente o Templo de Horus, em homenagem ao Deus Horus. Ele foi construído na época Greco-romana, por isso não possui Obelisco. Foi feito do Sul para o norte, imitando o Rio Nilo.

Por se tratar de um templo bastante conservado, um dos mais conservados que eu visitarei nesta viagem, foi possível ver / identificar algumas características mais claramente:
*Os templos possuem diversas salas,de forma sequencial. Quanto mais "para dentro" / mais fundo, mais sagrado e menor o espaço, tanto em sua altura quanto na largura. Isso tem dois motivos: diminuir a quantidade de pessoas que podem ficar no local (nem todos podem ter acesso a todas as salas) e imitar, internamente, uma pirâmide.
*‎Normalmente as imagens são representadas com o rosto e pernas de lado, e o tronco de frente. Quando tem rosto de frente, normalmente é o inimigo sendo dominado, para mostrar o medo e sofrimento.
*‎Os Deuses sempre eram pintados de azul (sangue azul) e os demais de vermelho (humanos, sangue vermelho). Às vezes os africanos eram pintados de preto.
*‎A chave da vida está em todos os lugares, pois é o símbolo de quando os deuses dão o sopro da vida, como se fosse a benção e a divindade, aos faraós. O significado do desenho: o traço vertical é o lado material, o rio Nilo, norte/sul, pênis e útero feminino; o traço horizontal é o espírito, leste/oeste, nascer e pôr do sol em relação ao Nilo.

Voltamos ao navio e a navegação, continuou até a cidade seguinte. Mas antes, tenho que fazer um comentário: que visual mais fantástico passear de navio no Rio Nilo! Vistas linda, rio imenso... Sem contar o flashback das aulas de história, lá na época do ginásio, na escola... E por todo o tempo tanto o verde quanto o deserto nos acompanham o tempo inteiro. Ficamos jogando cartas no deck do navio, apreciando a vista!

O segundo passeio foi na cidade de Kom Ombo, específicamente o Templo de Sobek e Haroeris. Dois deuses porque são dois templos em um: cada Deus (crocodilo e Falcão, respectivamente) possui sua própria entrada e são iguais, tudo que possui em um, possui no outro. A simetria é bastante interessante. O Templo foi construído 200 anos antes de Cristo, tendo já influência romana. Muita coisa transcritas nas paredes explica diversos conhecimentos "atuais" como os da medicina. É surreal! Segundo o guia, muitos conhecimentos que apreendemos como sendo dos gregos são, na verdade, dos egípcios, e que existem, inclusive, registros disso.

A noite teve festinha no navio. Nos vestimos a caráter e ficamos um pouco. Teve apresentações de dança, foi bem interessante.

Clara, escrevendo sobre o dia 30/outubro/2017.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O Lado Oeste de Luxor

Sei que boa parte dos dias eu coloquei que "hoje o dia começou cedo", mas o ritmo está assim... Acordamos às 4h da manhã, pois tínhamos que estar na primeira etapa do tour antes do amanhecer.

O foco hoje é conhecer o lado Oeste do Rio Nilo em Luxor, ou seja o lado das homenagens aos mortos. Porém, começamos com algo mais diferente: passeio de balão! Que coisa mais fantástica! A vista com o contraste entre o verde "vivo" às margens do rio e o deserto logo "ali" é algo gritante, impressionante! E ver como as terras continuam produtivas, com plantações imensas, umas ao lado das outras produzindo de tudo... Mais uma prova de como os egípcios sempre foram inteligentes, seja na engenharia, agronomia ou o que for... Sabem aproveitar ao máximo as vantagens do rio sem matá-lo (lembrem-se há quanto tempo que isso existe).

Saindo do balão, seguimos para os Colosos de Memmon. Diante de tudo que temos visto, não é "nada de mais": são duas estátuas de 19,5 metros que serviam para "guardar" um templo mortuário. Hoje só existem (parte das) as estátuas.

A parada seguinte foi no famoso Vale dos Reis. Só digo uma coisa para vocês: UAU!! Trata-se de uma área que, até agora, 54 tumbas foram encontradas. Dessas, algo em torno de 40 são abertas para visitações, porém não ao mesmo tempo. Eles costumam deixar apenas algumas "abertas" e ficam fazendo revezamento para, assim, preservar mais cada uma delas. Nós demos sorte pois a de Thutmes III estava aberta. Essa tumba se abre apenas 2 semanas ao ano pois ela está bastante conservada e possui um acesso mais complicado (tem que subir uma escada grande até chegar à porta de acesso, que fica em uma montanha, e depois descer algumas escadas, DENTRO da montanha). Realmente as pinturas estão fantástica. Mais uma coisa que me deixa maluca: como algo de milhares de anos, antes de Cristo, ainda pode ter cores tão vivas? Como não podia tirar fotos, não tenho como mostrar, mas acreditem: não tem quem não fique impressionado. Algo curioso: no Norte do Egito, as Tumbas ficavam embaixo de pirâmides construídas. Aqui, as tumbas dos vales ficam nas montanhas e elas possuem formato de piramides. Uma em especial, a principal, tem visivelmente os quatro lados.

A visita seguinte foi ao Templo mortuário de Deir El-Bahri, a rainha Hatshepsut, a primeira mulher a reinvidicar o direito de se tornar uma Faraó, e com isso governou o Egito por alguns anos (história fenomenal, vale a pena pesquisar). O lugar é suntuoso, lindo, e também possui algumas pinturas e inscrições nas paredes bem interessantes.

Voltamos para o navio e seguimos viagem rumo à Edfu. A noite acompanhamos algo mega interesante: Enclusa de Esla. Durante o percurso do Nilo, existem alguns desnivelamentos para conter a água do rio e também gerar energia elétrica via hidroelétrica. Algo semelhante ao que existe no Canal do Panamá.

Clara, escrevendo sobre o dia 29/outubro/2017.

Os Templos do lado Leste de Luxor

Mais um dia que começou cedo: acordamos 4:15 da manhã pois tínhamos que pegar um voo para Luxor às 6:40. Rapaz... Um fato curioso: tanto em Cairo unto em Luxor, o pessoal dirige de forma, bem, perigosa... Na contra mão, buzinando horrores, alta velocidade e depois freava em cima dos carros... Uma loucura!

Chegando em Luxor fomos ao navio, deixamos as malas, nos encontramos com o grupo com o qual ficaremos durante todo o cruzeiro (brasileiro, com guia que fala português) e fomos ao 1o destino! Me lembrei de um fato curioso: sempre comento como brasileiro é uma "Praga" , está em todos os lugares. Porém, nesta viagem, só encontramos brasileiros em Petra, na cidadezinha de Wadi Rum e agora! Tudo organizado, fomos conhecer os templos do lado leste do Nilo. Antes, algo interessante: todos os templos do lado leste são dedicados aos deuses e os do oeste, aos sarcófagos construídos para faraós, nobres, etc. Isso porque o lado leste é onde o sol nasce, então representa vida. O oeste onde se põe, representando a morte.

O primeiro Templo que vimos foi o de Karnak. Confesso que estava com sono, e não me recordo muito. Porém, posso afirmar uma coisa: é imenso! Uma coisa impressionante! O segundo foi o Templo Luxor, que é menor, mas não menos impressionante. A riqueza de detalhes, de significados, as histórias por trás, a engenharia das coisas... Gente, tem pedras / estruturas que por si só são imensas e pesadas, e que foram trazidas há diversos anos ANTES de Cristo de cidades longes. Peças únicas cortadas de montanhas! Ele deu um exemplo idiota: um obelisco foi retirado do templo de Luxor, levado e instalado na Praça da Concórdia de Paris. Para fazer isso nos "tempos atuais", levou-se 2 anos. Na época original, segundo relatos encontrados, foram necessários 7 meses...

Voltamos para o navio, almoçamos e, no final da tarde, fomos passear pela cidade de Luxor de charrete. Rapaz... Como diz Taís, foi uma passeio "choque de realidade". Passamos por algumas regiões da cidade e uma em especial, um mercadão aberto, era no mínimo um caos... Não sei explicar direito mas, se fosse comparar,, muito mais desorganizado do que uma 25 de março de São Paulo ou Feira de São Joaquim de Salvador... Um monte de comida na rua (no chão, no asfalto), uma série de lojas/tendas seguidas, uma atrás da outra com MUITA gente na rua, lugar mega apertado (não sei como a charrete passou por lá). Qnd passávamos, ou as pessoas gritavam "hello" e cumprimentavam com a mão, ou tentavam vender qlq coisa, ou mesmo pediam dinheiro...

Ao fim do passeio, paramos em uma cafetería onde tomamos um chá e voltamos para o navio.

Obs: na Jordânia, o guia nos chamava de "my lady". Aqui no Egito, o guia está nos chamando de "as maravilhas"... Kkkkk

Clara, escrevendo sobre o dia 28/outubro/2017.

sábado, 28 de outubro de 2017

O dia das experiências mais diversas

Gente... O dia foi tão bom, aconteceu tanta coisa, que tenho certeza que o texto ficará longo... Peço desculpas, mas não tem como ser diferente!

Logo cedo nós tomamos café e fomos "boiar" no mar morto! Isso mesmo, boiar! Você não consegue afundar devido à alta salinidade da água! É muito engraçado, fiquei de "cadeirinha", brinquei de pula-pula... Foi muito divertido! Um fato preocupante: vimos ao longo do caminho placas indicando qual era o nível do mar em 2000, 2005 e 2010. Quando conversamos com Wadgi (o motorista), ele explicou que o nível do mar diminui 1 metro por ano. Ou seja, se quiserem ter essa experiência, corram! E o bom de ficar em um hotel equivalente ao que ficamos na Jordânia é que pode-se boiar no mar exatamente na praia do hotel, não precisa ir para  algum ponto específico.

Depois fomos para Aman, último destino da Jordânia. Como no caminho conversamos bastante com Wadgi, seguem algumas curiosidades que aprendemos sobre o país e sua cultura (além de outras curiosidades gerais):
*a estrada que percorremos desde Aqaba, que passa pelo Mar Morto, e parte do trajeto até Aman, é conhecida como "border", pois ela é fronteira entre Jordânia e Israel.
*‎Praticamente todos os lugares, áreas, hotéis que passamos tem mosca. É muito chato! E não tem a ver com sujeira. Às vezes o lugar estava super limpo, com ar condicionado, e tinha mosca. Não é insuportável ou desagradável, mas é chato.
*‎A água no país é tão escassa que existe racionamento eterno em todo o país: só há disponibilidade de água apenas um dia na semana. Repito, em TODO o país, o ano inteiro, sem perspectiva de isso ser resolvido.
*‎Quando um jordaniano recebe alguém em sua casa, a regra é simples: a pessoa mais importante passa a ser o convidado. Por esse motivo ele não deve levar qualquer presente para o(a) dono(s) da casa (isso pode ser até um insulto). Além disso, o dono da casa acaba fazendo todas as "vontades" do convidado.
*‎Não existe hospital ou escola 100% público / gratuito. Os que são do governo, cobram alguma coisa. Mesmo que esteja em uma situação de emergência em um hospital, se não tiver dinheiro para pagar o procedimento, você será mandado embora.

Em Aman, antes de chegarmos ao primeiro destino, passamos pelo "Souk" (não sei como se escreve). Trata-se de um mercado a céu aberto no qual se encontra de TUDO, desde móveis, passando por roupas, até eletrodomésticos. Seguimos o para o teatro romano. Como fomos sem guia, não sei exatamente a história por trás, mas é lindo! Se eu não me engano, cabem 6 mil pessoas! História curiosa: enquanto estávamos passeando pelo teatro, um pai pediu para que a filha pudesse tirar uma foto conosco! Como eu tinha lido já sobre o assunto, ficamos tranquilas, mas foi engraçado!

Depois fomos para a Cidadela de Aman. Trata-se de uma área imensa que fica em um dos pontos altos da cidade, cuja vista é fenomenal: visualiza-se tanto a parte mais antiga e "pobre", quanto a parte onde os refugiados da Síria vivem, terminando na parte mais moderna e mais rica (vista de 360o da cidade!). Contraste totalmente visível! Sobre a Cidadela, os artefatos mais antigos encontrados lá são da época da Idade do Bronze (1650-1550 a.C.). De lá para cá, passaram diversos povos que foram deixando construções, artefatos ou mesmos reconstruíam por cima de estruturas já existentes! Com isso, a cidade já teve uns 3 ou 4 nomes distintos! O lugar é lindo, vale super a pena!

Visita seguinte foi a uma Mesquita. Tivemos que colocar um vestido preto longo, de mangas, e o lenço na cabeça para poder entrar no local. Lindo, boa energia! Gostei de ter visitado! Uma outra coisa bacana é a localização: fica literalmente em frente a uma igreja egípcia, e ao lado de uma igreja ortodoxa. Wagdi falou que a convivência é super pacífica!

Na hora do almoço, uma das melhores experiências da viagem até agora: Wadgi nos convidou para almoçarmos na casa dele, comida típica da Jordânia! Foi fantástico: almoçamos na casa da 2a esposa, a mais nova. Eles possuem 4 filhas juntos (fofas) e ela tem um filho mais velho de casamento anterior. Mesmo apenas ele falando inglês, a experiência foi maravilhosa! A comida estava muito boa, e farta! Pelo que entendi, comemos Macloba de prato principal e Kunafa (MARAVILHOSO) de sobremesa (não sei se escrevi certo).

De lá fomos para o aeroporto, pegar o avião rumo ao Egito. Chegando lá, o apoio (não era guia porque ele só nos acompanhou até o hotel) estava com uma placa com meu nome logo na saída do avião. Nunca tinha visto isso antes... Passamos super rápido pela alfândega e seguimos para pegar a mala. Daí veio outra parte show da viagem: minha irmã mais velha veio nos encontrar, mas isso foi surpresa para minha mãe (bem estilo viagem de NY). O mais legal: quando minha irmã nos viu, ela colocou um lenço na cabeça e se esbarrou em minha mãe. Esta morreu de medo, e começou a fugir. Aí começou meio que uma "perseguição" (sem correrias, só caminhando de um lado para o outro enquanto esperávamos as malas). Eu comecei a filmar, claro, e a dar risada, só que ainda assim minha mãe continuou com medo. Até que minha irmã tirou o lenço! Foi engraçadíssimo! Depois fomos ao hotel, comemos pizza e dormimos, pois o dia seguinte seria puxado também!

Clara, escrevendo sobre o dia 27/outubro/2017.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Snorkeling e Spa

Acordamos cedo para aproveitarmos Aqaba, já que ontem acabamos aproveitando apenas o hotel.

Após o café (maravilhoso), fomos nos informar sobre os passeios disponíveis. Em resumo, nada tinha a duração que precisávamos, pois tínhamos limitação de horário, então decidimos por ir a uma outra praia privada, porém na área dos corais, para fazer snorkeling. Vendo o mapa e conversando com o rapaz do hotel, percebi algo importante na cidade: a mesma é conhecida por seus corais e grande variedade de vida marinha. Porém, isso é apenas na região do Marine Park que fica a 2km do centro da cidade, e é onde tem diversos passeios e atividades aquáticas!

Ao chegarmos em Berenice Beach Club, a tal praia privada, algo que me fez relaxar: só tinham turistas, ou seja, só tinham mulheres de biquíni, sejam para curtir a praia, passear de barco, fazer snorkeling ou mergulhar. Fiquei tão mais tranquila! Rsrsrs Agora, esse clube em especial está bem acabado... Vendo depois no mapa, existem outras opções, mas isso é o que dá não ter tido tempo de pesquisar antes... Algo curioso que aconteceu pela terceira vez: quando eu digo às pessoas que minha mãe é minha mãe, elas não acreditam. Falam que achavam ser minha irmã ou amiga! Não sei se é um elogio para ela ou se estão me chamando de velha porém, na verdade, achamos que não estão acostumados a ver "uma mãe" viajando sem marido...

Sobre o snorkeling, amei!! Valeu, mesmo tendo sido só próximo à praia e por pouco tempo. Um cara me ajudou e foi me conduzindo para ver os melhores peixes e corais, foi bem bacana!

Voltamos para o hotel e nosso amigo Wadgi, também conhecido como nosso motorista, nos buscou e fomos rumo ao último destino da Jordânia: Mar Morto! Algo curioso que aconteceu no caminho: fui oferecer um chiclete a ele, e ele disse que aqui homens não mascam chiclete, só as mulheres, por deixá-las "mais bonitas". Outra curiosidade que ele nos contou no almoço foi que ele tem 2 mulheres, e que sempre passa dois dias com cada uma. Ele explicou que tudo que fizer com uma, tem que fazer com outra, igualzinho: desde beijar a mão até dar presentes! Comentou que elas ficam a 20km uma da outra, mas que os filhos dele se dão bem uns com os outros.

Ficamos hospedadas no Dead Sea Spa Hotel. Trata-se do primeiro hotel construído nesse estilo da região, então vocês imaginam como está velhinho. Porém, tem uma estrutura e localização maravilhosa! Vimos um por do sol fantástico! Depois, para aproveitarmos o fato de estarmos no mar morto, fomos fazer uma massagem com sais e tratamento no rosto! Sim, a estrutura do spa estava bem acabada, com um pouco de cheiro de mofo, mas valeu super a pena!

Clara, escrevendo sobre o dia 26/outubro/2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Do deserto para a praia

Apesar do dia ter sido um pouco confuso, acabou sendo o mais tranquilo até agora!

O dia não tinha uma nuvem no céu! Quando olhávamos para cima, estava um azul maravilhoso! Mas, ao olharmos para o horizonte, você via a nuvem de areia... Deve ser característica do deserto, não sei, mas era bem interessante! Tomamos café da manhã e seguimos para o próximo destino. No caminho, paramos em uma loja e nos "batemos" com dois soteropolitanos! Isso mesmo, não basta ser do Brasil ou da Bahia, tinha que ser de Salvador!

Enfim, próximo destino: Aqaba! Cidade portuária que fica na divisa com Israel e Egito! No caminho dei uma lida rápida sobre o que fazer (não saber nada é um porre) e diversos sites falaram sobre mergulho! Chegando no hotel que estava reservado, uma surpresa não muito boa: o hotel era bem velho, o quarto sujo, e a localização... Bem, longe da praia. O hotel oferecia 1 transfer para uma praia privada, porém apenas 1 vez ao dia (exatamente no horário que chegamos). Segundo a recepcionista, teria uma praia publica após 10min de caminhada, mas não seria recomendado ir com "as nossas roupas de banho". E a vizinhança... Basta dizer que quando chegamos algumas pessoas ficaram olhando para nós (olhando tipo analisando). Estava uma situação tão... complicada, que resolvemos trocar de hotel para ir a um que ficasse de frente para a praia e, por esse motivo, não tivesse problema de usar biquíni.

Depois de diversas ligações, idas e vindas, fomos para o outro hotel... Que upgrade!! Ok, o novo hotel é bem mais caro mas, falando sério, valeu cada centavo. Só o conforto de ter a praia aqui na frente e poder usar o biquíni nela - ou na piscina - não tem preço! Claro, até chegar a esses locais, colocávamos uma saída grande ou camisa UV, mas estando lá, sem estresse!

Aí vem um pouco dos "choques" culturais: tanto na praia quanto na piscina tinham mulheres de biquíni e de maiô, mas também tinham várias de burquini ou mesmo com suas roupas completas, lenços, vendo os maridos aproveitarem o mar ou a piscina... Outra coisa que foi forte foi o que uma mulher nos contou: falamos que éramos do Brasil e ela começou a elogiar a música, arte e praias. Quando falei que aqui também tinham praias bonitas, ela nos contou que praticamente todas as praias eram privadas, que o povo não podia ir à praia, que era só "para os ricos"...

Voltando para a viagem, acabamos passando o dia na praia e na piscina. Deu preguiça, o dia estava lindo... Sem contar que toda a história acabou nos incomodando muito, já não tínhamos saco pra pensar ou procurar fazer nada...

Sobre o hotel, ficamos no Kempinski. É caro, mas é fantástico. O quarto... Basta dizer que todo o banheiro (especialmente a banheira) tem vista para o mar! Mas a dica é a seguinte: buscar um hotel que seja em frente ao mar ou que disponibilize estrutura para que se possa ir a alguma praia... E, se for usar biquíni (qualquer que seja o tamanho), vá a uma praia privada. Não que não possa ir a uma pública, mas, pelo que nos falaram, haverá mais conforto e tranquilidade.

Clara, escrevendo sobre o dia 25/outubro/2017.

Uma noite no deserto

Ainda não nos acostumamos com o fuso, então acordamos relativamente cedo. Tomamos café e resolvemos voltar ao parque para tentar ver algumas coisas com mais calma.

Porem, estávamos com tempo contado e quando terminamos de atravessar o siq e chegar no Treasure, era a hora de voltar! Vou aproveitar e compartilhar algumas dicas que esqueci ontem:
1) cuidado onde pisam! Tem muito cavalo e Mula no caminho, então vc imagina como não fica... Tem diversas pessoas que ficam limpando, mas ainda assim sempre tem "coisas" pelo chão.
2) ‎a "ida" é bem fácil, pois se trata de uma descida. A volta é o tempo inteiro uma subida, as vezes mais íngreme outras menos.

3) ‎tem sempre muita gente fazendo abordagens para vender qlq coisa. Nunca diga "talvez", "depois", "mais tarde", etc. Isso porque eles lembram e podem até te seguir. Se não quiser, tem que ser firme.
4) ‎todos os serviços esperam uma gorjeta no final. Pode variar de 10% a 20%, dependenderá do quanto vc gostou do atendimento.
5) ‎leve água com vc. No parque tem diversas vendas ao longo do caminho, mas são mais caras...

Depois pegamos o carro e fomos ao segundo destino: o deserto de Wadi Rum. Eu já sabia que dormiríamos em uma tenda no meio do deserto, tinha procurado na internet sobre o hotel, mas ver isso tudo ao vivo...

Ficamos hospedadas no Sun City Camp, que possui a tenda Standard e a The Martian, onde ficamos. A estrutura do tenda é uma suíte completa, super espaçosa e linda! Só para ter noção, é maior que o meu banheiro! E o local? No meio do deserto! Com uma vista espetacular!

O deserto daqui não é só areia, ela se mistura com montanhas (não muito altas), fazendo com que cada direção que vc olhe seja algo novo, diferente. Fizemos um tour de 2 horas, que terminou com um lindo por do sol, no qual nos contaram que o filme Perdido em Marte (The Martian), com Matt Damon, foi filmado aqui. O cara inclusive mostra uma foto cuja falha da montanha é igualzinha! Outro ponto interessante que tivemos foi um local onde tinham vários desenhos na pedra. Porém, como nosso guia praticamente não falava inglês, não conseguimos entender a história por trás e, olhando de perto, pareciam bem recentes...

A noite, após o jantar, ficamos vendo o maravilhoso céu estrelado!

Clara, escrevendo sobre o dia 24/outubro/2017.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A Terceira Maravilha do Mundo Moderno (que eu conheço)

O dia começou às 04:30 da manhã, foi o horário que acordamos para pegar o voo para a Jordânia! Para variar, tudo organizado: o próprio hotel nos acordou, e tinha transfer para o aeroporto (tudo por conta da Emirates).

Chegando na Jordânia, a primeira (boa) surpresa foi o aeroporto: muito bonito, organizado e absurdamente mais limpo e arrumado do que o de Salvador! E olha que estamos no meio do deserto! A segunda surpresa foi quando fomos fazer o câmbio do dólar: veio menos "dinheiros" do que entregamos! Estou dizendo que eu não pesquisei nada antes da viagem... Na hora procurei na Internet (WiFi) e vi que realmente a moeda da Jordânia é mais forte do que o Dólar US e Euro! 1 Dinar = (aproximadamente) USD 1,50 / USD 1 = 0,71 Dinar...

O carro nos pegou no aeroporto (fechei tudo com agência de viagem, lembram?) e fomos direto para Petra. Foram mais ou menos 3horas de viagem, com parada para almoço (horrível, nem vale resenha).

Chegando no hotel (P. Quattro, muito bom), trocamos de roupa e fomos para a Cidade de Pedra (Petra, o parque, aparte histórica, sei lá). Chegando lá, nos encontramos com o guia, e começamos a explorar a cidade. Rapaz... Incrível!  Primeiro um pouco da história : Petra é conhecida como cidade de Pedra porque ela foi esculpida nas próprias montanhas do local. TUDO construído nas montanhas, tudo grandioso e com detalhes impressionantes! Ok, isso não é historia, né? Rsrsrs quem "construiu" foram os Nabateos, nômades que se instalaram nessa localização há mais ou menos 300 anos antes de Cristo, devido a dois principais fatores: era rota estratégica de comércio e era um local muito protegido. Depois de alguns anos os romanos se apropriaram da cidade e, após um grande terremoto, eles a abandonaram. Posteriormente,  os bizantinos chegaram a ficar um tempo por lá e depois apenas os nômades beduínos passaram a ter acesso à cidade. Tanto que só em 1812 um historiador suisso, após se fingir de árabe, conseguiu convencer um grupo de guias locais beduínos para ser levado à "cidade escondida". A partir daí o mundo ocidental e os historiadores passaram a explorar o local!

Como antecipei lá em cima, o local realmente é impressionante! É loucura pensar que isso foi construído a mais de 2.000 anos e continua do jeito que está. Pensar, então, que foi tudo esculpido em montanhas? Ao vivo vc entende porque a cidade foi escolhida como uma das 7 maravilhas do mundo moderno...

Conhecer a cidade é bem simples: só existe um caminho, uma estrada principal. Para percorre-la toda são em torno de 12km (ida e volta), contando com a escadaria para chegar na última atração, o Monastério. Mas também existem caminhos adjacentes que levam até algumas atrações que ficam no alto, eles não estão nesses 12km! Vc pode percorrer tudo a pé, parte a cavalo ou de carroça, ou de Mula. Ah, atenção: tudo tem que pagar gorjeta. Se gostou muito, 20%, se detestou, 10%.

Dicas: se vc quiser conhecer TUDO, incluindo o Monasterio AD Deir (que é lindo, e muito maior do que o Al Khazna Treasure, onde Indiana Jones foi filmado), são necessários pelo menos 5 horas. Em 3 horas vc visita, com guia, 70% do "parque". Mas o monasterio fica MUITO mais afastado. São mais de 800 degraus de escada para chegar lá. Nós fomos de mula, isso mesmo (que aventura, kkkk, mas essa resenha não vem pro blog), e mesmo assim demorou. No total, levamos 5h30min no parque. Atenção: nesta época (final de outubro) o sol se põe 18h,e lá é um BREU!! Lembrem-se, estamos no meio de deserto, de diversas montanhas! Afirmo isso porque nós acabamos saindo de lá só às 19:30. Estávamos praticamente sozinhas. O guia nos acompanhou até terminar o siq (desfiladeiro / fendas das montanhas por onde vc passa para chegar ao início das grandes construções), mas depois eramos só nós duas e um cachorro, fofo, que ficou conosco até o final (e depois sumiu!). Se vale a pena ir até lá? Com certeza, mas vá com tempo e não tenha problemas com longas caminhadas!!!

Sobre a emoção de estar lá... Caramba... Uau!!! Vale muito a pena ir com guia, porque eles mostram detalhes que, se estivéssemos sozinhas, com certeza passaríamos sem perceber!!!!

Clara, escrevendo sobre o dia 23/outubro/2017.

domingo, 22 de outubro de 2017

Início de nova viagem

Pois é, já estava passando da hora de fazer - e registrar - mais uma viagem. Mas não se preocupem, aqui estou eu, de volta ao Blog!!

Como alguns de vocês sabem, a meta agora são as 7 Maravilhas do Mundo Moderno (e a remanescente do mundo antigo)!

Esta está sendo uma viagem um pouco diferente: fechei 100% das coisas em agência, não apenas pelo fato de estar sem tempo, mas tb por causa do destino... Não me sentiria à vontade de ir para Egito e Jordânia "solta". Sabemos como a cultura é bem diferente e como a mulher é tratada por lá, então porque arriscar? Além disso, acho que esta é a primeira vez que faço uma viagem grande sem ler praticamente nada sobre o destino. E também estou indo sem computador, ou seja, escreverei no blog pelo celular... Desde já, peço desculpas pelos erros de digitação ou palavras que serão escolhidas pelo "corretor" do celular... Rsrsrs

Então, aqui estamos nós, mãe e eu, no 1o dia de viagem, que se passou no avião! Praticamente 14horas, de São Paulo até Dubai, onde passaremos a noite. O avião? Aquele de dois andares da Emirates. CLARO que fomos de classe econômica, mas, mesmo assim, o avião é bem espaçoso!! Alem disso, ganhamos uma necessaire toda fofa, comida boa, conforto... Aff!!!

A chegada em Dubai foi bem tranquila. Aeroporto ostentação, claro, mas tudo organizado, poucas pessoas. O hotel que ficamos era ao lado do aeroporto, então não deu para ver a cidade, mas sabíamos que este primeiro dia seria "perdido"!


domingo, 22 de janeiro de 2017

“Você quer brincar neve? Um boneco quem fazer?” + último dia


Mais um dia lindo de sol para aproveitarmos, mas hoje o meu objetivo era brincar na neve com minha sobrinha mais nova!

Fomos para a montanha Baqueira. Realmente, é mais cheia do que a que formos no dia anterior, mas a estrutura é muito melhor! Uma parte do grupo que fez aula ontem tomou novas aulas e só ratificou que o professor anterior era muito fraco... Hoje o pessoal se desenvolveu muito mais!
Eu?!??! Nada de quedas... Como comentei lá em cima, meu foco foi outro. Depois de fazer um lanche, fui brincar das principais brincadeiras de neve que eu sabia. Primeiro só cavamos um buraco, depois fizemos VÁRIAS bolas de neve, depois fizemos guerra, mais bolas, mais guerra, anjo no chão... Quando nos cansamos, fomos fazer um boneco de neve! Mais especificamente o Olaf de Frozen! Demorou, deu trabalho, mas ficou lindo! Até uma cenoura nós achamos no chão para usar de nariz! Depois de pronto, minha sobrinha falou que o boneco era menina, então passamos a chamar de Elsa (também de Frozen)!
Almoçamos na estação de esqui, com direito a vinho para brindarmos minhas férias! Brincamos mais um pouco e, quando a estação fechou, voltamos para o hotel.

De noite, fomos jantar fondue, no restaurante Le Fondue, que fica no Hotel Val De Neu. O lugar é lindo, a comida boa, porém um péssimo custo-benefício: muito caro, pouquíssima quantidade. Além disso, o atendimento deixou a desejar...
Como o última dia não teve nada demais, vou descrevê-lo aqui.

Foi um dia morto, passado praticamente no avião. Pegamos o carro rumo a Toulouse (frio, fumacinha forte saindo da boca), avião em direção a Lisboa, depois novo avião com destino a Salvador! Férias acabou, de volta à vida real...

Ah, a próximo sonho/meta de viagem serão as 7 maravilhas do mundo moderno, incluindo a única que sobrou das maravilhas do mundo antigo! Alguém se habilita a ir comigo?

Clara, escrevendo sobre os dias 10 e 11 de dezembro de 2016.

Dia de esquiar (e cair)


A farra começou na loja de aluguel de equipamentos de esqui: todos escolhendo botas, esquis, capacetes (para as crianças)... Demoramos um bom tempo nisso.

Tudo pronto, fomos para a montanha Beret. O recepcionista do hotel indicou irmos para lá por ser mais vazia, e com isso melhor para nós, novatos, aprendermos a esquiar!
Só tinha neve mais no topo da montanha, na área do esqui. Ainda assim, o visual era maravilhoso, e o dia ajudou: um sol lindo, pouquíssimas nuvens no céu, sem vento e temperatura agradável (não lembro quantos graus, mas ficamos tranquilamente com uma blusa e um casaco).
Fiz uma aula, claro. A aula foi para uma turma de principiantes. O professor foi muito fraco, mas deu para pegar o básico do básico. Subimos o teleférico para descermos a pista fácil e... várias quedas!! Eu ri muito, a cada queda eu gargalhava! Mas eu não caía por desequilíbrio, e sim porque eu pegava velocidade e não conseguia fazer curva ou parar. Então, antes de bater em alguém ou “descer pela ribanceira”, eu me jogava! Mas aos poucos fui pegando um pouco de jeito. Tanto que depois eu subi novamente com o pessoal (sem o professor), recebi um coaching excelente dos veteranos que estavam comigo (por isso sei que o professor era fraco) e desci bem melhor do que da primeira vez (ainda com quedas, kkkk).
Quando a estação fechou, na descida da montanha paramos para jantar no restaurante Monty’s Mountain Club. A comida é boa (menos a massa), mas o atendimento deixou muito a desejar. De lá, seguimos para o hotel.

Clara, escrevendo sobre o dia 09 de dezembro de 2016.