sábado, 22 de junho de 2019

City Tour em Melbourne

Bom dia, pessoas! 2019, novas férias. Desta vez não irei ver uma das 7 maravilhas do mundo. Por motivos técnicos, terei que aguardar uma próxima viagem. Mas, enquanto isso, surgiu a oportunidade de uma viagem inusitada... Austrália!

Antes de falar sobre a viagem em si, uma dica super bacana: fazer/ter o visto da Austrália é a coisa mais fácil! Você entra no site oficial do governo, preenche um questionário imenso (ok, essa parte é bem chata), faz o pagamento e envia tudo pela Internet (não precisa enviar o seu passaporte, a não ser que dê problema). Recebi o retorno em 1 semana, no meu email, informado que o visto tinha sido aprovado! Basta imprimir e deixar junto com o passaporte!

Não preciso nem comentar que a viagem começa no longo voo, né? Saímos de São Paulo às 18h de uma quinta e chegamos em Melbourne às 5h (horário local) do sábado. Existem algumas opções de voo, mas o mais curto (e, depois de acompanhar muito os preços, o que surgiu uma super promoção e ficou mais barato) foi o voo da LATAM via Santiago. O trecho Santiago-Melbourne possui 15h de voo. Para garantir meu sono (e super deu certo) eu tomei um Dramim!

A chegada ao aeroporto e passagem pela alfândega foram tranquilas. Como tive a gentileza maravilhosa da minha concunhada (irmã do meu cunhado) que nos pegou, não posso descrever detalhes sobre o transporte que liga o aeroporto à cidade mas, pelo que pesquisei, o melhor custo benefício seria o Skybus. Agora, se tiver em 3 ou mais pessoas, vale mais à pena ir de Uber.

Foi tudo tão bem que às 8h já estávamos no hotel. Tomamos um banho e fomos explorar a cidade. Primeira parada: Vodafone, claro, para pegar um chip. Tinha lá no aeroporto, mas a fila estava tão grande que preferimos comprar depois, o que foi ótimo, pois tinha uma promoção e economizamos AUD 15,00! Depois tomamos um café na Little Rogue Coffee: lugar bem pequeno, diria até que bem local, todo bonitinho, localizado em um beco que até pensamos 2 vezes se entraríamos... O chocolate quente estava bom, mas pouca opção de comida. Achei "ok", mas devem ter opções melhores na cidade.

De lá, fomos para o Free Walking Tour. Confesso que não saí procurando opções, mas encontrei na Internet a indicação do I'm Free e achei a proposta bacana: além das regras gerais como os demais tour gratuitos (guías locais, paga no final o valor que acha coerente, etc), eles não possuem qualquer patrocínio ou vínculo com estabelecimentos, e estão em Melbourne há 6 anos (na Austrália há 10). Só tinha a opção em inglês, mas era esperado. Ao chegar no local de encontro, eles entregam um mapa com o resumo da cidade e dicas bem bacanas. Quando deu o horário, o grupo encheu e ficaram umas 20 pessoas... Isso, e o inglês rápido da guia, atrapalharam um pouco o entendimento das informações, então não conseguirei compartilhar tantos detalhes e dados interessantes como fiz no de Lisboa. Vou pontuar os lugares que passamos com revê descritivo, quando aplicável.

- State Library of Victoria: Biblioteca Estadual de Victoria, a principal da Austrália. Fica em lindo prédio que conta com um belo gramado na frente. Não entrei, mas tem tour gratuitos todos os dias e é possível encontrar mais de dois milhões de livros e a maior cúpula arquitetônica do estilo já feita no mundo.

- Old Melbourne Gaol: onde ficava a antiga prisão de Melbourne. Não entramos, mas parece que vale à pena. Passamos pelo patio, que tem uma vista bem bacana do skyline com prédios coloridos!

- Eight Hour Day Monument: monumento interessante que marca o fato de Melbourne ter sido a primeira cidade do mundo a colocar em sua legislação o período máximo de 8 horas de trabalho. No topo tem 888, para exemplificar 8 horas de trabalho, 8 de descanso (dormir) e 8 de lazer (recreação).
- Carlton Gardens: lindo jardim, que possui o Royal Exhibition Museum (primeiro edíficio da Austrália a ser declarado Patrimônio Mundial da Unesco) , IMAX e Melbourne Museum.

- Parliament House
- Princess Theater: adivinhem, estava passando Harry Potter and the Cursed Child! Acabou de estrear! Mas além disso, trata-se do teatro mais antigo ainda em atividade.
- Chinatown: passamos por alguns portais mas, pelo que pude perceber, tem uma rua principal que é toda "caracterizada" e VÁRIAS lojas chinesas em diversas ruas paralelas.
- Lanewas: durante todo o tour passamos por diversas ruas / becos que possuem as pinturas / grafites que são tão características daqui. São os lugares onde tem Street art, e alguns Hidden Bars. Exemplo: Hoosier Lane.
- Federation Square: Presente na lista das dez melhores praças públicas do mundo, apesar de não ter sido necessariamente amada pelos cidadãos após a construção (argumentam ter sido muito cara para o que foi entregue). É possível encontrar diversas opções de restaurantes, bares e lojas.
- St. Paul’s Cathedral: igreja anglicana.
- Flinders Street Station: estação de trens mais antiga da Austrália.
- Arts Centre Melbourne: onde terminou o tour. É a casa da orquestra sinfônica de Melbourne mas, esse lugar é especial por ter uma bela vista da cidade e do Rio Yarra.

Ao terminarmos o tour fomos almoçar no restaurante Cumulus Inc. Pedimos um carneiro para dividir e, acreditem, veio super bem servido e estava uma delícia! Recomendo!!!

De lá fomos na Uniqlo. Sim, compras... Estava muito frio, minha amiga não conhecia essa loja e eu queria comprar mais uma blusa e calça segunda pele (não imaginava que iria ter que usar todos os dias). Então passamos lá demoramos um pouco e depois fomos para o hotel. Eram umas 19h mas estávamos muito cansadas, tanto do dia puxado quanto por causa do fuso horário...


Clara, escrevendo sobre o dia 22 de junho de 2019, sábado.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

City Tour em Lisboa

No meu último dia, resolvi fazer algo diferente: busquei na Internet as opções de Tour Gratuito a pé (free walking tour) que existem em Lisboa e escolhi um que explorasse o centro da cidade. Não sei se todos sabem, mas o conceito desses tours é que eles são guiados por locais, sem preços definidos e, ao final, cada um paga para o guia a valor que achar coerente ou justo.

Espero que me perdoem, mas não me lembro qual foi o nome do grupo que escolhi (encontrei uns 3 disponíveis na data). Tinham duas opções de idioma, inglês e espanhol. Inicialmente eu ia para a primeira mas, quando vi a quantidade de pessoas que tinha em cada grupo, logo mudei de ideia pois só tinha um casal no grupo em espanhol!

Claro que não me lembro de tudo, mas fui anotando varias coisas durante o passeio. Pra facilitar, vou colocar em tópicos alguns dos lugares pelos quais passamos e, para os que eu tiver alguma anotação interessante, detalharei.

História de Portugal e Lisboa:
- A região de Portugal existe, ou tem sido ocupada, há mais ou menos 3000 anos.
- 1o vieram os Iberos.
- Depois vieram os lusitanos, que deu a primeira identidade nacional a Portugal e tiveram que enfrentar os romanos.
- Por fim, chegaram os Mouros, que vieram da África "fugindo" do calor. Eles são os responsáveis por 3 grandes contribuições ao país: calçadas de "pedras portuguesas" (alô Copacabana), a utilização de azulejos nas construções (que evita a umidade e reflete a luz do sol, deixando a parte interna mais fresca) e a grande maioria das palavras que começam com "al".
- Em 1128 foi instituído o 1o rei de Portugal.
- Em 1908 houve a queda da monarquia com o assassinato do rei.
 Terremoto de 1755

Ele atingiu 50% do território português e 80% de Lisboa.

O terremoto ocorreu no dia 1o de novembro, dia dos mortos, quando os cristãos costumam ir à igreja (informação importante, vocês entenderão daqui a pouco). Ele atingiu uma pontuação 9.5 da escala e tremeu (literalmente) por 9 minutos.

No início do dia as famílias cristãs acenderam velas em suas casas para homenagear os mortos e foram para as igrejas. Essas, que na época eram construções mais frágeis, foram as primeiras a caírem, matando muita gente "logo de cara". As velas que estavam acesas dentro das casas intensificaram o incêndio que durou 5 dias.

As pessoas, assustadas, resolveram ir para a praça do comércio, pois era um lugar aberto (nenhuma grande construção ao redor) e perto do mar (para fugir do incêndio). Porém, as elas não contavam com o tsunami, que veio após o terremoto e matou mais uma grande quantidade de pessoas.

Quem estava no morro do castelo de São Jorge (judeus e mulsumanos) não morreu e não foi TÃO afetado devido a 3 principais fatores:

1) O tsunami não atingiu a região;

2) O morro é composto por uma rocha sólida, então não tremeu muito;

3) Como essas pessoas não eram cristãs, estavam em casa e puderam gerenciar melhor o incêndio.
 Alguns dos lugares pelos quais passamos:
- Bairro Chiado: atualmente um dos bairros mais caros e da moda. É um ponto cultural com cinemas, teatros, etc.
- Largo do Carmo: possui esse nome por causa da igreja do Carmo, que não possui teto devido ao terremoto. Praça importante na revolução portuguesa para o término da ditadura, que ocorreu em um dia, sem qualquer disparo ou morte. Aqui foi um dos palcos da simbologia do cravo vermelho: durante a revolução, os cravos foram colocados nos canos das armas dos guardas da ditadura.
- Estação ferroviaria: parte exterior possui estilo neo gótico.
- Praça Pedro IV / Rosílio
- Igreja de São Domingos: durante a inquisição, 400 judeus foram assassinados, pois eram os "culpados" pela peste negra. A inquisição acabou matando +/- 2000 pessoas. Os judeus "jogaram" uma "praga" na igreja dizendo que ela quemaría a mesma na quantidade de judeus mortos. Resultado, a igreja já enfrentou 25 incêndios. Depois do último, resolveram não fazer mais nenhuma reforma, por isso ela continua toda queimada por dentro.
- Bairro Baixa

- Elevador de Santa Justa
- Praça do Comércio / Terreiro do Passo: região onde ficava o Palácio, que foi destruído durante o terremoto. Os edifícios amarelo são públicos, para representar o Palácio. Nessa região, todos os restaurantes são caros.
- Fundação José Saramago: na frente possui apenas uma árvore (Oliveira) e bancos para as pessoas sentarem e lerem livros.
- Região de Alfama: os prédios feitos em cima da estrutura de muros romanos (muralha que protegia a cidade). O bairro em si foi construído em cima de estruturas de banho romanas, que em algumas épocas do ano são abertas para visitação. O fado nasceu nas ruas de Alfama.
- Miradouro das Portas do Sol: fica entre Alfama e o castelo. Possui vista para o rio, catedral de São Vicente e o Panteão.

Uma última curiosidade sobre Lisboa: ela é considerada a cidade mais iluminada da Europa. Isso ocorre porque tanto os azulejos quanto o rio refletem a luz do sol.

Valeu super a pena o passeio! Tentarei tornar essa prática regular em minhas viagens. Opção barata e com diversas informações interessantes que ajudam a entender e conhecer a cultura e história local!

Quando terminou o tour, eu encontrei minha irmã, almoçamos e voltamos pra casa, afinal, tinha que arrumar as malas...

Clara, escrevendo sobre o dia 26 de novembro de 2018, segunda-feira.

Sobre o final de semana

Descreverei o sábado e domingo juntos porque o final de semana foi tão chuvoso, que não foi possível fazer muita coisa.

O sábado foi bem simples: saímos de casa para irmos ao shopping aproveitar o "fim" da Black Friday e ir ao cinema. Assistimos ao filme "O Grinch". Uma curiosidade: em Portugal sempre tem 15 minutos de intervalo no meio da exibição independente da platéia ou estilo de filme e não acontece necessariamente no meio do mesmo!

Domingo resolvemos arriscar ir a Óbidos. Digo arriscar porque estava chovendo bastante mas, como eu nuca tinha ido... A cidade fica a mais ou menos 1h30min de Cascais, pertinho pra fazer um bate e volta.

Como fomos próximo da hora do almoço, ao chegarmos lá fomos direto para um restaurante. O escolhido foi o Vila Infanta, que fica fora da muralha de Óbidos, bem em frente a uma igreja cujo nome não me recordo agora, mas que tem uma arquitetura bem bonita. Lá também tem uma vista legal de Óbidos!

Depois do almoço fomos para Óbidos. Como a chuva não parava, o pessoal me deixou em uma das entradas da cidade e eu fui explorar rapidinho a redondeza. A cidade é toda murada, e vc pode acessar e subir. Não fiz isso porque a chuva estava muito forte, então só subi um pouco as escadas para ter noção da vista, depois entrei um pouco na cidade, provei o famoso Ginjinha. Pensem em uma bebida forte (pra mim)!! Kkkk Mas valeu pra esquentar!


Depois voltei para encontrar com o pessoal e seguimos de volta para Cascais.

PS: não escrevi sobre a cidade de Óbidos porque, como não a explorei direito, não achei que valesse à pena detalhar sua história...

Clara, escrevendo sobre o dia 24 e 25 de novembro de 2018, sábado e domingo.