quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Black Friday no Outlet

Dia de Black Friday! Cada vez mais essa data vem se popularizando, sendo esperada com ansiedade... E aqui não foi diferente! Sabendo que eu estaria em Portugal na Black Friday, veio a ideia de irmos ao Outlet, lugar que até então minha irmã ainda não tinha visitado!

Perto de Lisboa tem algumas opções, se eu não me engano são três. Porém, analisando as lojas, comentários e os descontos históricos, selecionamos o Freeport Lisboa Fashion Outlet. Ele fica a mais ou menos 1h de Lisboa, dependendo do trânsito.

Ao chegarmos lá, logo de cara você percebe que é um Outlet diferente dos estadounidenses. O lugar é de muito bom gosto, arrumado, com parques infantis, decoração, laguinhos centrais... Como estava já na hora do almoço, o primeiro local que fomos foi na praça de alimentação. Mais uma surpresa interessante: nada de fast food, lanchonetes ou coisas similares. Tinham opções de restaurantes bacanas: italiano, espanhol, natural, hamburgueria "gourmet"... Se eu não me engano, um total de 6 ou 7, além de cafés ao longo de todo o Outlet. Almoçamos no Basílico, o italiano. A massa de minha irmã estava bem mais ou menos, e minha pizza estava "normal", nada espetacular.

Terminado o almoço, começamos a passear. Primeiro fomos para o balcão de informações: quem não é da União Europeia pode pedir um cupom de desconto especial (no meu caso foi 10% não cumulativo aos descontos da Black Friday) e pode se habilitar ao Tax Free. Ou seja, em determinadas lojas, se gastasse acima de €62,00 por loja, poderia pedir o formulário para ter parte do valor referente a impostos de volta. Esse valor pode ser recuperado tanto no próprio Outlet (tinha um balcão lá) quanto no aeroporto.

Depois fomos andar pelo Outlet. Algumas lojas com descontos, mas, queira ou não queira, estamos falando de Euro, então muita coisa ainda era cara... No final das contas, achamos que apenas 4 lojas que de fato estavam valendo a pena: Aiscs e Adidas (40% de desconto em cima do menor valor da etiqueta), Benethon (50% de desconto em cima do menor valor da etiqueta) e Nike (30% de desconto no valor final da compra). Eu comprei algumas blusas de frio que estava precisando, mas só...

No final do dia ia passar o balcão do Tax Free. Porém, a fila estava tão grande que deixei pra fazer isso no aeroporto.


Clara, escrevendo sobre o dia 23 de novembro de 2018, sexta-feira.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Sintra e Teatro

Vamos conhecer mais um castelo de Sintra? Não sei se vocês se lembram, mas quando vim na vez anterior, eu visitei o Castelo da Regaleira e o dos Mouros! Só que Sintra tem VÁRIOS palácios, então não teria porque não visitar mais um nesta minha nova "temporada"!

O Castelo do dia foi um dos mais famosos, o da Pena. Mas antes, claro, tínhamos que almoçar (já era perto de meio dia), então fomos ao Café Saudade. Que lugar gostoso! Além de agradável, o que comemos estava muito saboroso! Minha irmã disse que já foi lá diversas vezes e tudo que comeu, até o momento, é muito bom. E, detalhe, dividimos uma "tosta" (nosso sanduíche "esquentado"), e saímos muito satisfeitas!

De lá fomos ao Palácio Nacional da Pena. Antes o Palácio era um convento, que foi danificado por um raio no século XVIII e, depois, teve os danos bem piorados após o terramoto de 1755 que atingiu todo o país (Portugal). Abandonado, em 1838 o rei Fernando II comprou a construção e o terreno ao redor e mandou não apenas reformar o convento, como também ampliar o edifício. Além da construção, o Palácio possui ao seu redor um parque imenso, o Parque da Pena.

Minhas impressões: o bacana desse palácio é o fato dele estar todo decorado de acordo com a época, mostrando o que e como eram alguns dos aposentos. Acredito que valha, sim, a visita, mas ainda preferi Regaleira e Mouros! Sobre o parque, não conseguimos visitar pois, além do (muito) frio, tínhamos horário limitado. Mas acredito que seja interessante incluir esse passeio na visita!

À noite, minha irmã e eu fizemos uma programação diferente: fomos a Lisboa, jantamos no restaurante asiático Nood e de lá fomos assistir uma peça de teatro! Assistimos "A Pior Comédia do Mundo", no Teatro da Trindade. Gente, eu estava com um receio absurdo de não entender as piadas, ainda mais que tinham no palco 9 atores ao mesmo tempo, falando "português de Portugal" rápido... Mas foi hilário! Ok, no início do 2o ato eu cochilei um pouco, verdade, mas depois... Me poquei de rir! A peça é ótima, apesar de se perder completamente nos últimos 5 minutos!

Clara, escrevendo sobre o dia 22 de novembro de 2018, quinta-feira.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Cascais

Hoje foi dia de conhecer 2 lugares de Cascais que eu não conhecia!

O primeiro, que fica praticamente ao lado da casa de minha irmã mas eu não tinha ido na minha vinda anterior, foi a Casa da Guia. Trata-se de um lugar encantador que fica localizado em cima de uma falésia, logo, na beira do mar! Possui um palacete do século XIX rodeado de jardim que vai até o Farol da Guia. O local tem várias opções de restaurantes, lanches, espaço para lazer, entre outras coisas. Lá inclusive tem lojas brasileiras que vendem açaí e pão de queijo. O objetivo era almoçar lá, mas os restaurantes legais estavam fechados...

Com isso, o almoço acabou sendo em um restaurante bem local chamado Páteo do Petisco. Comi um prato bem típico que é a minha cara, Bitoque: carne, batata frita, arroz e ovo. A carne estava um pouco mau passada pra mim, mas estava muito bem temperada!

O segundo lugar bem característico daqui que fomos após o almoço foi a Boca do Inferno. Também fica na beira do oceano, no alto, porém com um charme extra: a formação rochosa ao redor, especialmente a mais famosa, um arco por onde o mar passa, é linda!! Em dias normais você visualiza esse arco dos dois lado, pois tem um caminho que vai até bem próximo do oceano. Porém, como estava ventando muito e o mar estava com ondas imensas / muito agitado, esse caminho estava fechado. Além da beleza natural, lá também possui uma pequena feira de artesanato e lanches. Vale muito a pena ir!!! Linda vista, mesmo nublado! Ver o pôr do sol lá deve ser especial!

Depois fomos comer uma sobremesa na Cakeria, em Estoril (ao lado de Cascais). Loja de doces de uma brasileira que faz bolos, brigadeiros e alguns doces portugueses. Bem gostoso!

A noite fomos provar outro restaurante de brasileiro, neste caso foi uma pizzaria, a Bordas. Massa bem boa, e possui os sabores brasileiros que não se encontra nas pizzarias da Europa, como calabresa.

Clara, escrevendo sobre o dia 21 de novembro de 2018, quarta-feira.

sábado, 24 de novembro de 2018

Matando Saudades

Hoje foi o dia de seguir para a segunda etapa da viagem. Mas antes, queria compartilhar uma informação sobre Roma.

Praticamente toda praça que eu fui, tinha um obelisco. Isso me deixou tão curiosa que fui investigar quantos eram em Roma e se todos teriam sido "retirados" do Egito. Segundo o Wikipedia, Roma é a cidade que abriga a maior quantidade de obeliscos do mundo. Oi?!?!? Ainda de acordo com o Wikipedia, os "romanos antigos utilizavam navios pesados especiais chamados navios obelisco para transportar os monumentos pelo Nilo até Alexandria e, de lá, através do Mediterrâneo até Óstia Antiga, de onde eles eram depois transportados pelo Tibre até a capital imperial.". Tudo indica que existam algo em torno de 19 obeliscos em Roma, dos quais 8 são de fato do Egito antigo (foram "retirados" do Egito), 5 da Roma Antiga (os romanos encomendaram novos obeliscos do próprio Egito ou fizeram réplicas em Roma), 1 de Axum, Etiópia (esse foi devolvido para lá em 2005) e 5 obeliscos modernos, feitos nos últimos 300 anos).

OK, agora sobre o meu dia. Logo cedo (umas 8h) fui para o aeroporto rumo a Portugal! Chegando em Lisboa, fui recepcionada por dois abraços mais do que calorosos: minha afilhada e minha irmã! Fomos direto para a casa delas.

O resto do dia foi "só" matando saudades, arrumando mala e colocando conversa em dia... Ótimo para descansar e desacelerar um pouco!

Clara, escrevendo sobre o dia 20 de novembro de 2018, terça-feira.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Vaticano

Hoje o dia começou de forma "diferente": tive que acordar cedo para mudar de hospedagem, deixar as coisas e estar nos Museus do Vaticano antes das nove da manhã. Antes, um fato sobre o Vaticano: vocês sabem que trata-se do menor Estado do mundo (0,44 Km2!!!), com aproximadamente 1.000 habitantes, né?

Bom, deu tudo certo e às 8:50 eu estava na lateral do Vaticano, onde fica a entrada única para os Museus. Uma primeira dica: vale MUITO a pena comprar o ingresso com antecedência. Sério. Quando cheguei, antes das 9h, a fila pra quem teria que comprar o ingresso já era grande! E quando eu saí de lá, umas 11h, era maior ainda!

Enfim, uma curiosidade: de fato deve-se referir-se ao local como "Museus do Vaticano", no plural mesmo. São vários museus em um só: Galeria de Arte Egípcia / Museo Egizio (com inúmeras peças Egípcias "recolhidas" durante as Cruzadas da Igreja Católica), Pinacoteca (com grandes nomes da arte Italiana), Museo Pio Clementino, Stanze di Raffaello (apartamento privado do Papa Julio II que foi todo decorado por Raffaello), entre alguns outros. Além, claro, da Capella Sistina.

Logo na entrada é possível alugar um áudio-guia, ou mesmo incluí-lo na compra do ingresso. Tem em vários idiomas, inclusive português. Se você estiver sem um guia (pessoa), eu recomendo muito pegar um (áudio), me ajudou bastante. Outra dica é levar um fone de ouvido, pois o aparelho tem 2 saídas de áudio comuns. Assim, não só pode-se ter um áudio para 2 pessoas (não testei, mas deve funcionar), como evita-se de ficar segurando o aparelho no ouvido como se fosse um celular!

Quando cheguei, eu segui as indicações para ir direto para a Capella Sistina. Primeiro porque eu não queria pegar a capella lotada. E segundo que não sou fã de museu de arte. Cheguei a pensar em entrar no Museo Egizio, mas... Vi que era bem mais simples que o do Egito, então preferi não ficar por lá. No caminho, ao passar pela Galleria Dele Carter Geografiche, parei e usei o áudio guia. São telas imensas com os mapas desenhados com base no que se conhecia de cada época! Achei super interessante! Depois segui pra Capella Sistina. Chegando lá, realmente tinham poucas pessoas. Então primeiro procurei a famosa imagem "A Criação de Adão", de Michelangelo: ela fica quase no centro dos afrescos pintados por ele no teto. Depois sentei em um dos bancos das laterais e comecei a ouvir os áudios. Achei tão fantástico que depois peguei o celular e fui buscando mais interpretações e explicações das pinturas, as histórias por trás das restaurações, como e porque cada Papa encomendou os afrescos para cada artista... Não vou detalhar aqui poia existem diversos sites especializados que descrevem melhor do que eu, então fica apenas minha dica: "gaste" esse tempo na capela, não só ouvindo os áudios, mas entendendo o que cada pintura quer dizer, vale a pena!

Uma coisa importante, lembrem que a Capella Sistina é sagrada, pois é onde ocorre o Conclave Papal, ou seja, onde é feita a votação / escolha dos Papas. Sendo assim, vamos respeitar, ok? É absolutamente proibido tirar fotos ou fazer filmagens! Além disso, não pode ficar falando, o silêncio é importante, tanto que os seguranças e até o mesmo o padre que estava lá ficaram o tempo inteiro pedindo silêncio!

Como saí de lá com tempo suficiente para o próximo tour, fui explorar a praça de São Pedro (Piazza San Pietro) , que fica em frente à Basílica. A praça é imensa, como a grande maioria dos monumentos na cidade. Ela foi desenhada no século XVII por Bernini e possui um obelisco egípcio (mais um "retirado" do Egito), duas fontes nas laterais do obelisco e uma larga fileira de colunas nas extremidades. IMPORTANTE: entre o obelisco e as fontes (de ambos os lados) você encontrará um círculo com o nome "CENTRO DO COLONATO". Se posicione em cima para ter uma ilusão de ótica / jogo de perspectiva: ao olhar as fileiras das colunas, terá a sensação de ver apenas uma fileira única de colunas. Depois fui almoçar em algum lugar próximo pois às 13:40h tinha o outro tour agendado, Necropoli Di San Pietro. Acabei indo ao Wine Bar de Penitenziere. Bom custo benefício!

Necrópole (“Cidade dos Mortos”) do Vaticano está aberta para visitação. É lá que está o túmulo original de São Pedro, um dos 12 apóstolos e o 1º Papa da história da igreja católica. Em resumo: o último desejo do Papa Pio XI, que morreu em fevereiro de 1939, foi ser enterrado o mais próximo possível do túmulo de São Pedro. O Papa Pio XII resolveu atender ao pedido de seu antecessor e determinou que algumas escavações fossem feitas, pois sabia-se que a Basílica de São Pedro tinha sido construída onde São Pedro havia sido crucificado, mas até então não se sabia exatamente onde isso teria ocorrido. Os escavadores terminaram descobrindo uma necrópole romana (túmulos de pagãos e cristãos) bem embaixo da atual Basílica de São Pedro. A escavação teve que ser conduzida em segredo, pois ocorreu durante a II Guerra Mundial e receava-se que se Hitler descobrisse e se "apoderasse" do local e descpbertas. Depois de várias pesquisas e testes científicos, o túmulo original de São Pedro terminou sendo descoberto.

Mas atenção, como só liberam o acesso de aproximadamente 150 pessoas por dia, o procedimento para fazer esse tour é bem peculiar. Tem que enviar um e-mail para o Escritório de Escavações do Vaticano - Ufficio Scavi - (scavi@fsp.va e uff.scavi@fabricsp.va) informando o número de pessoas, os dias que você possui disponibilidade e os idiomas possíveis. Quanto mais opções você der, melhor, pois eles verificarão as disponibilidades e retornaram já definindo a data e o horário (caso haja vaga). Uma vez definido, considere como fechado, pois a flexibilidade de alterar é baixíssima! Então você segue o procedimento descrito no e-mail e realiza o pagamento. Eu tive dificuldades de pagar pelo site, expliquei a eles e recebi um e-mail autorizando que o pagamento fosse realizado no local. Algo ótimo: ao final do tour, você terá acesso direto à Basílica de São Pedro, sem pegar a fila absurda que tem o tempo inteiro!!

Para encontrar o local é meio engenhoso, pois o escritório do Ufficio Scavi é bem pequeno. De frente à Basílica de São Pedro, vá para o lado direito, por fora das colunas da praça. Bem colado à Basílica, você encontrará os guardas do Vaticano. Mostre o e-mail impresso, e eles mostrarão como passar pelo scanner de segurança e depois seguir para o escritório.

Sobre o tour, vale bastante a pena! Meu guia era italiano falando inglês com MUITO sotaque, o que fez com que eu perdesse alguns detalhes, mas nada que prejudicasse. No início ele faz uma geral sobre o que era no terreno antes da Basílica, assim como explica a história dos templos / homenagens feitas para São Pedro. Depois você vai descendo e visitando as tumbas / monumentos da necrópole. Tudo indica que só foi descoberta / explorada algo em torno de 10% do tamanho original. As tumbas estão relativamente preservadas, com pinturas, esculturas e mosaicos. Você também tem acesso a algumas capelas e túmulos de papas enterrados "lá embaixo". Vale super a pena ir!!!

Como falei anteriormente, você sai do tour direto na Basílica, sem filas! Então, claro, foi o que fiz! A Basílica de São Pedro (Basilica di San Pietro) é a mais importante igreja na hierarquia da religião católica. Ela foi construída entre 1506 e 1626 e teve a colaboração de grandes nomes da arte italiana como Bernini, Raffaelo e Michelangelo. A cúpula, que você consegue visualizar de diversos locais de Roma, foi idealizada por Michelangelo.
O que ver na Basílica:
*A famosa Pietà de Michelangelo;
*A estátua de bronze de São Pedro.
*A entrada do túmulo de São Pedro.
*A cúpula projetada também por Michelangelo.
*O museu do tesouro de São Pedro.
*O baldaquino e a estátua de São Longuinho de Bernini.
*O túmulo do Papa João Paulo II.
*Subir na cúpula.
*Tumba dos Papas.

Para subir na cúpula, tem que pagar, mas vale a pena. Você terá uma vista fenomenal da Praça São Pedro. Mas atenção, são mais de 300 degraus de escada, tanto na subida quanto na descida. E algumas passagens são bem apertadas, então, se você tiver algum problema de coração, pense duas vezes...

Quando terminei de visitar a Basílica, ainda estava muito frio, mas menos chiba. Então resolvi ir no Castello Sant’Angelo. Não sei se foi o frio, o vento, a chuva ou o meu cansaço, mas não achei que valeu a pena. Tem algumas vistas interessantes, mas não achei imperdível.

Depois fui para o Hostel. Fiquei hospedada no Orsa Maggiore for Women. Como o próprio nome diz, só aceita mulheres. O local é muito bem localizado, o quarto que fiquei era bastante espaçoso, as instalações muito boas... Gostei bastante, recomendo! Mas eu estava tão cansada que nem interagi muito...

Clara, escrevendo sobre o dia 19 de novembro de 2018, segunda-feira.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Dia de ver o Papa

Como o dia hoje seria tranquilo, não foi necessário acordar cedo. Mas teve uma coisa ruim: ao fazer isso, não tinha mais nada no café da manhã do hotel, que era incluso. Com certeza farei uma resenha no TripAdvisor pontuando isso de forma negativa...

Pegamos o metrô e fomos direto para a Piazza Di Spagna. A praça possui dois principais atrativos, sendo o primeiro e mais famoso a Escadaria da Santissima Trindade dos Montes, conhecida como escadaria Espanhola, com 135 degraus que ligam igreja Trinitá dei Monti à praça. Os degraus da escada costumam ser utilizados como bancos, onde as pessoas sentam para descansar, comer, ou apenas apreciar o local. O segundo atrativo é a fonte em forma de barco, chamada pelos Romanos de Barcaccia, localizada em frente à escadaria, no meio da praça. Diz a lenda que a fonte foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre, em 1598.

Bom, o dia era domingo. Como diz o costume cristão, domingo é dia de missa. Em Roma, não seria diferente, mas com um toque especial: é dia do Papa celebrar uma pequena missa no Vaticano, especificamente na Praça de São Pedro, que fica em frente à Basílica de mesmo. Como o dia estava lindo, e tínhamos tempo, fomos andando até lá. A caminhada foi agradabilíssima, passamos pela Via Dei Condotti (rua que só tem lojas de grife, bem bacana de passear), margeamos o Rio Tibre, passamos pela ponte Del Angeli / Ponte Sant’Angelo, que fica em frente ao belo Castello Sant’Angelo, até chegarmos na avenida (esqueci o nome) que dá de frente à magnífica Basílica de São Pedro. Uau, que impactante, como ela é grande e bonita! Passamos pelo detector de metais para acessar a praça (isso só acontece quando o Papa vai "aparecer"!) e pronto! Uns 10 minutos depois ele começou. Não se iludam, ele fica em uma janela, lá do alto, lá longe... Eu não entendi o que ele disse, mas foi bacana ter ido!

De lá, fomos almoçar no restaurante La Locanda Di Pietro, praticamente em frente à entrada do Museus do Vaticano. Comi um peixe com um molho de maçã com mel (precisava comer uma proteína), gostoso.

Depois pegamos um metrô e fomos para a Piazza Del Popolo. A praça possui 3 curiosidades / fatos que a destsacam: já foi a principal porta de entrada para a cidade; é onde o imperador Nero foi sepultado, especificamente na Igreja de Santa Maria del Popolo; possui duas igrejas "gêmeas", Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, simétricas, que ficam uma ao lado da outra. Além disso, a praça também possui um belo obelisco egípcio de 24 metros (construído no templo dos faraós Ramsés II e Mineptah, 1232-1220 a.C.), e uma fonte ligada ao aqueduto Vergine.

Atrás da fonte tem uma escadaria que leva ao Monte Pincian / Passeggiata Del Pinci / Pincio, uma das colinas existentes em Roma. Subam!! Sério! Subam até chegar à "Piazzale Napoleone I”, que possui uma incrível vista de Roma e do Vaticano! O pôr do sol lá deve ser lindo! Além disso, lá também é uma das entradas ao famoso Jardins Da Villa Borghese.

Voltamos para a estação Termini onde passamos pelo Mercato Centrale Roma. É bonitinho, interessante, mas bem pequeno. Na verdade acho que minha expectativa estava alta... De qualquer forma, para mim, só vale a pena ir se vc estiver próximo ao local... O jantar foi no restaurante Cotto. Comi uma boa lasanha!

Clara, escrevendo sobre o dia 18 de novembro de 2018, domingo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Coliseu - uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno

O dia começou com o compromisso "mais importante" da viagem: tour no interior do Coliseu (ou Colosseo, em italiano). Comprei o ingresso com antecedência, e no site oficial. Eu comparei com os demais sites que disponibilizam o ingresso + tour, e, apesar do oficial não ter tour em português, é mais barato.

Como eu li em diversos sites sobre como o Coliseu fica lotado, sendo bem difícil desfruta-lo com tranquilidade, eu marquei logo o 1o horário, às 9h. Além disso, peguei o mais completo: o que vai do subsolo até o último "andar" / anel da estrutura.

Chegamos cedo, trocamos o ingresso e fomos passear pelo entorno enquanto não dava a hora de iniciar o tour. Lá, paramos para apreciar com calma o Arco de Constantino, construído em 315 para comemorar a vitória de Constantino na Batalha da Ponte Mílvio, em 312. Este arco é um dos 3 arcos que ainda está "em pé" em Roma. Os outros são o de Tito (no Foro Palatino) e o de Septimio Severo (no Foro Romano).

Voltamos 10 minutos antes da hora marcada, e entramos sem fila alguma. A guia que nos acompanhou não foi muito boa, na verdade ela foi bastante técnica e nem um pouco empolgante. Mas como li algumas coisas, e minha amiga que já tinha ido lá complementou algumas informações, foi bom. Vou listar aqui o que achei mais interessante, ok?
*Antes a área do Coliseu era, na verdade, um lago do jardim do imperador Nero. Quando Vespasiano "assumiu" Roma, mandou construir o anfiteatro com o intuito de se aproximar e distrair a população (lembram da política do Pão e Circo?).
*O verdadeiro nome do Coliseu é Anfiteatro Flávio (ou Flaviano). Porém, na época em que a construção foi concluída, bem próximo ao edifício ainda existia uma grande estátua de Nero, que era conhecida popularmente como o Colosso de Nero. Daí surgiu Colosseo.
*Segundo a guia, aconteciam apenas 5 ou 6 eventos no Coliseu por ano, pois era muito caro promover tais eventos. Os mesmos duravam o dia inteiro e eram dividido em 3 partes: pela manhã eram lutas entre homens e animais (elefantes, leões, girafas, zebras, etc); no meio do dia eram as execuções de presos; e à tarde a atração mais esperada, as brigas entre os gladiadores.
*Entre 20 ou 30 gladiadores iam para a arena e brigavam ao mesmo tempo até a morte.
*Na era medieval ele parou de ser usado como entretenimento e foi abandonado. Depois de um tempo, o pessoal passou a retirar os blocos do Coliseu para usar em outras construções, como na da Basílica de São Pedro. Depois, o Papa da época decretou que parassem com essa destruição da estrutura e mandou instalar uma cruz em homenagem aos que morreram lá. Além disso, os terremotos também ajudaram na "destruição" da estrutura. Uma história curiosa: as pessoas começaram a perceber que após um terremoto as pedras ficavam soltas e eventualmente acabavam caindo. Então elas colocavam seus nomes nas pedras e, quando as mesmas caiam, já tinham os donos identificados!

 Agora minhas impressões... É lindo, realmente fascinante! Ver ao vivo algo q vc vê em filmes, séries, e acompanhou nas aulas de história e geografia da escola é uma sensação tão interessante e emocionante! É encantador ver que é "de verdade", sabe? Agora, não é dos meus favoritos entre as 7 Maravilhas do Mundo Moderno... Ou melhor, das 5 que conheço, é a menos fascinante... Não me levem a mau, o Coliseu é fantástico, todo mundo tem que conhecer, só achei os outros mais impactantes!

Terminado o tour, seguimos para a Basílica de São Clemente. Ela é uma basílica relativamente pequena dedicada ao Papa São Clemente I. Agora, o curioso dela não é a basílica em si, mas o fato de ser uma terceira construção em um mesmo local. Ou seja, após diversas escavações e estudos, descobriu-se que o edifício atual é o terceiro do local:
1) a basílica atual, construída no século XII;
2) a basílica "original" de São Jerônimo, construída em 392 d.C.
3) espaço utizado para o culto ao mitraísmo, do século 1 d.C., além de estruturas associadas à moradias dessa mesma época.

O bacana de visitar a basílica é que você terá acesso a todas as estruturas. Algumas pinturas e esculturas ainda estão preservadas, e uma curiosidade interessante é que na basílica de São Jerônimo tem um afresco no qual há um palavrão em latim vulgar, “Fili dele pute traie”. Precisa dizer o que significa??

Depois paramos no meio do caminho para comer. Acabamos escolhendo um "bonitinho" que estava no caminho, a Trattoria Luzzi. Nada demais, mas foi bom porque ficamos nas mesas ao ar livre e foi possível aproveitar o sol!

Seguimos para o Fórum Romano. Rapaz.... Que lugar imenso! E demos sorte porque o dia estava maravilhosamente lindo, ensolarado, sem qualquer nuvem no céu! O Fórum Romano era o principal centro da vida comercial e pública da Roma Imperial e hoje é uma das maiores atrações da Roma Antiga. O ingresso do Coliseu dá direito à entrada ao fórum, no mesmo dia ou no dia seguinte. Acredito que deva ser muito interessante andar por lá com um guia que conheça toda a história de Roma e do local! Digo isso porque eu fiquei passeando e imaginando a história por trás de cada construção ou pedra... No próprio complexo do fórum tem o Monte Palatino / Palatine Hill, onde você tem uma vista bacana do fórum e do vale onde fica o Circo Máximo. Trata-se da mais central das sete colinas de Roma e uma das mais antigas partes da cidade.

Depois fomos para a Piazza Navona, praça onde fica o consulado do Brasil. Calma, não é por isso que ela é famosa, mas sim por ter 3 fontes construídas por Bernini e seus alunos. A central, e principal, é a Fontana dei Fiumi, que representa os 4 grandes rios do mundo: Ganges (Asia), Nilo (África), Danubio (Europa) e Prata (Americas). Ao redor da praça tem diversos cafés, restaurantes e pizzaria. Mas não sei dizer se são bons... Acredito que sejam bem "turistas"...

Depois paramos na Gelateria Dei Gracchi. Minha amiga e o marido tinham tomado sorvete lá na viagem anterior deles e disseram que era uma delícia, então fomos. Mesmo no friozinho, também comprei o sorvete. MUITO BOM!! Recomendo bastante! De lá fomos ao panteão mas não foi possível entrar de imediato porque ia ter uma missa, então sentamos em um restaurante praticamente em frente (não lembro o nome)  para passar o tempo até ser possível entrar no Panteão.

Sobre o Panteão... Mas uma obra magestosa! Uau, sério, uau! Logo na entrada tem umas 10 colunas. Quando vamos investigar, cada uma delas foi esculpida a partir de pedaços únicos de pedra. A porta imensa é a maior porta de bronze do mundo!! E quando você entra, olha a estrutura circular, também imensa, com um buraco (isso mesmo, buraco) no topo da cúpula aberto de 9 metros de diâmetro, aí você fica de queixo caído... Rsrsrs Sobre o Panteão, ele é considerado a igreja mais antiga do mundo, pois foi construída em 27 a.C. como um templo “pagão” dedicado a todos os deuses romanos. Em 609 d.C. o Papa Bonifacio IV converteu o templo a uma igreja católica dedicada a Virgem Maria, onde foram sepultados o pintor Renascentista Rafael, e o antigo rei da Itália Vittorio Emmanuele II.

Por fim, fomos jantar em um restaurante perto da Fontana Di Treve, no Pizzeria Al Picchio-Rosticceria. Achei bom, mas nada maravilhoso!

Clara, escrevendo sobre o dia 17 de novembro de 2018, sábado.

domingo, 18 de novembro de 2018

Ambientação em Roma

Bom dia pessoas! Olha eu aqui novamente para descrever mais uma viagem! Esta será mais curta, afinal, já fiz a "viagem grande" do ano ao ir para Peru / Bolívia / Chile. Mas, como a oportunidade bateu à porta, não tive como desperdiçar!

A viagem começa com Roma, afinal, a meta "da vez" é conhecer as Sete Maravilhas do Mundo Moderno, não é mesmo? Então... Rumo ao Coliseu! Mas, devido à limitação monetária, esta primeira etapa das férias estará restrita à Roma. Sim, 4 dias só em Roma.

Cheguei na cidade já por volta das 15h e, como estamos no outono, o sol se põe por volta das 16:40. Ou seja, restrição de horário para o turismo. Como fiquei em um hotel ao lado do terminal Termini, peguei no aeroporto o trem Leonardo Express (que liga o aeroporto direto ao terminal). Corri pra o hotel, deixei as coisas e fui explorar a cidade - já sem sol! Antes, comentário rápido sobre o hotel: bom custo-benefício, excelente localização.

Primeira parada: Fontana de Trevi! Na época do império romano, a.C., as estruturas que alimentavam as cidades com água eram os famosos aquedutos. Era tradição na época fazer uma bonita fonte no ponto final de cada aqueduto, e por isso Roma possui várias estruturas do tipo, entre as, a mais famosa Fontana de Trevi. Ela é a maior dessas fontes e marcava o final do Acqua Vergine, um dos principais aquedutos da época. Ela é linda, encantadora! Não é a toa que fica LOTADA de gente. Tem que esperar pacientemente para conseguir admirá-la sem muita gente na frente ou tirar uma foto. Mas confesso que esperava que estivessem mais cheio... Não sei se é a época do ano, mas o fato é que foi possível tirar fotos bacanas e apreciar o monumento! Atenção, diz a lenda que se você ficar de costar para a fonte e, com a mão direita, jogar uma moeda por cima do ombro esquerdo, você voltará a Roma! CLARO que eu fiz isso!!

Segunda parada, Piazza Venezia / Palazzo Venezia, mas especificamente prédio-monumento Vittorio Emanuelle II. O monumento é para homenagear Vitorio Emanuelle II, o primeiro rei da Itália independente, considerado o pai da pátria Italiana. Feito de puro mármore branco de Botticino, apresenta uma majestosa escadaria, colunas coríntias, fontes, uma enorme estátua de Vittorio Emanuele II e duas estátuas da deusa Vitória em quadrigas. A estrutura demorou mais de 30 anos para ser concluída e foi construída pra comemorar a unificação da Italia. O local realmente é imponente! É engraçado admirá-lo da praça e, vendo as pessoas (praticamente formigas) subindo as escadas, vc tem noção do quanto o local é imenso...

Terceira parada: Monte Capitolino.
Praça construída/desenhada por Michelangelo, cercado de palácios e museus nos 3 lados da Piazza, com 2 leões Egípcios na base da escada, também esculpidos pro Michelangelo e uma estátua de Brinze de Marco Aurelio no centro (Seculo 2). Depois da suntuosidad do Monumento de Vittorio Emanuelle II, confesso que achei o monte / praça bem "normal"... Sei lá...

De lá atravessei o Fórum Romano, parcialmente iluminado, até começar a avistar o Coliseu, todo lindo e iluminado! A intensão era chegar até ele e "arrodea-lo"! Como amanhã será a "visita oficial" ao Coliseu, não escreverei muito sobre o mesmo, mas apenas algumas percepções: ele iluminado é lindo! O destaca ainda mais no horizonte!

Dada a volta no Coliseu (tiradas fotos e curtido o local), jantei em um restaurante perto (Pizzeria Ristorante Imperiale). "B bonzinho"... De lá, hotel!

Clara, escrevendo sobre o dia 16 de novembro de 2018, sexta-feira.

domingo, 3 de junho de 2018

A Marvilha do Mundo Moderno - Perú


Último dia, bem intenso e de expectativa alta, afinal, foi dia de ver a minha 4a Maravilha do Mundo Moderno!

Acordamos 4h da manhã (isso mesmo) pra pegarmos o ônibus para subir até o topo de Machu Picchu (o nome da montanha onde fica a "cidade perdida dos Incas"). Algumas pessoas sobem a montanha e pé, mas não tínhamos tempo... Porque acordamos tão cedo? Acreditem, nesse horário a fila pra pegar o ônibus é imensa! Além disso, estávamos com o ticket das 8h da manhã para subirmos a montanha Huayna Picchu! Aqui vale um dica: só podem subir nesta montanha 400 pessoas por dia. Isso porque a trilha é bem íngreme e em boa parte dos trechos (que é ida e volta) só pode passar uma pessoa por vez. Então, para se ter controle de quem entra e quem sai, limitou-se o acesso diário. Agora vem o dica: se tem interesse em subir a montanha, compre o ingresso com antecedência. Muita gente chega lá alguns dias antes e não consegue... Sem contar que também existe o limite de entrar no parque como um todo, 2.500 pessoas por dia.


Às 8h os portões foram abertos, mas só conseguimos passar por eles umas 9h, não só por causa da fila, como também pelo fato de que todos precisam assinar no livro de controle. Gente, a subida não é TÃO longa, mas tem VÁRIOS trechos que são muito ingrimes e muito estreitos. Eu, com meu medo de altura, ficava repetindo várias vezes algo como "o chão está aqui perto" ou "não olhe para baixo"! Kkkkk Juro que é verdade! Claro que seguimos a grande dica de ir devagar, com calma, não só por causa da trilha, mas também por causa da altitude. Estava um pouco frio, mas depois de um tempo o esforço aqueceu o corpo e fiquei sem casaco. A subida é fantástica, a cada trecho uma surpresa, seja por alguma construção Inca, seja por uma bela vista!

Quando chegamos no topo, nada... Kkkkk a neblina estava tão forte que não víamos um metro à nossa frente, sério! Sentamos no lugar onde tem "a melhor vista" para o Machu Picchu, ficamos lá um tempo mas, ainda assim, a neblina não deu trégua. Como tínhamos o tour pela cidade perdida agendado, tivemos que voltar. Mas mesmo assim a trilha valeu muito à pena!

Descemos a Huayna Picchu e voltamos para a entrada do parque para encontrarmos com o guia e (finalmente) conhecer a maravilha do mundo moderno! O guia era um velhinho fofinho, peruano, mas que falava com calma, devagar, facilitando muito o entendimento das informações, que são muitas! Primeiro vou pontuar essas informações, e depois compartilho minhas impressões!!
• Machu Picchu : é o nome da montanha na qual a cidade se encontra e significa "montanha velha".
• Huayna Picchu : é o nome da montanha que fica "em frente" à Machu Picchu, foi a que nós subimos. Significa "montanha nova" e, como escrevi no parágrafo anterior, possui algumas construções incas como, por exemplo, um laboratório agrícola.
• Até hoje não encontraram qualquer documento ou registro que informasse o nome real da cidade Inca, então acabaram dando o nome da montanha onde ela se encontra, Machu Picchu. Ela fica a 2.400m acima do nível do mar. 


• Entre os anos de 1901/1902 um agricultor, em busca de ouro, encontrou o caminho Inca e chegou até a cidade de Machu Picchu. Porém, a "descoberta científica" ocorreu em 1911 com um estadounidense.
• Os estudos indicam que os incas utilizaram rochas da própria montanha para construir a cidade.
• A cidade foi povoada entre os anos de 1440 e 1550, quando, não se sabe porque, a cidade foi abandonada. Estima-se que viviam nela algo em torno de 700 pessoas.
• Machu Picchu tem uma característica peculiar de ter sido um cidade multifuncional, pois ela tinha funções agricula, religiosa, astronômicas, entre outras (normalmente as cidades focavam em uma função). Ela não foi o último refúgio da sociedade inca, mas sim uma cidade abandonada, que depois foi "perdida".
• As paredes das construções Incas são inclinadas para serem resistentes a abalos sísmicos.
• Um dos templos da cidade é o do sol. Ele possui 2 janelas abertas, as quais apontam exatamente o local onde o sol nasce no dia 21/jun (solsistio de inverno) e no dia 21/dez, solsistio de verão.
• As construções cujas pedras são bem grudadas, são para casas da realeza e / ou as construções dos templos.
• Sabe-se que a cidade de Machu Picchu está afundando, por isso há a previsão de limitar os horários diários de visita. Ou seja, quem quiser visitar o local, sugiro torná-lo uma prioridade...
• A cidade foi construída aos poucos, e de fato a construção de alguns templos não foi concluída.
• Existem llamas espalhadas pela cidade. Elas foram trazidas pelo homem para manter a grama "cortada" e para o turismo, fotos.


Minhas impressões sobre o local? Uau! Realmente tem uma energia diferente! Quando chegarem no topo, parem um momento para ver a cidade, ver a vista, sentir o local. Sério. Pensar que tudo isso foi construído em cima de uma montanha, 2.400m de altura, e tudo muito organizado, com as funcionalidades bem definidas, as previsões astronômicas fantásticas... Eu não coloquei na pontuação acima mas um exemplo fantástico é a pedra Intihuatanaeles. Ela está situada no ponto mais alto de Machu Picchu e foi esculpida em uma peça única de granito. O que ela tem de especial? Bem, ela se alinha perfeitamente aos 4 pontos cardeais e era utilizada para registrar a passagem do tempo, além de auxiliar nos ciclos de agricultura. Ela é tão especial que não pode tocá-la. Pessoal, lembrem-se, ela foi feita há mais de 500 anos, e até hoje não se sabe como... Enfim, é realmente um lugar mágico, uma vista obrigatória.

Terminando o passeio, nós voltamos para Águas Calientes, almoçamos, pegamos o trem de volta a Cusco, onde só dormimos e no dia seguinte pegamos o voo bem cedo (+/- 5 da manhã).

Clara, escrevendo sobre o dia 28 de abril.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Ambientação em Águas Calientes

Hoje o dia foi mais light, pelo menos teoricamente...

A parte da manhã foi toda em trânsito: saímos de Cusco de ônibus até Ollantaytambo, onde pegamos um trem até chegar em Águas Calientes, cidade que fica "no pé" da montanha Machu Picchu.

Chegando lá, deixamos as coisas no hotel e fomos explorar a cidade. Primeiro passeamos pela feira de artesanato. Depois o plano era fazer a trilha de Phutuq K'usi, que é uma montanha que dá um visão do Machu Picchu de frente. Mas nos disseram que a trilha estava fechada, devido às danificações feitas pelas chuvas. Mas nos recomendaram irmos até umas cataratas.

Pegamos as indicações, pegamos nossas coisas, e começamos a caminhada. Várias pessoas estavam indo na mesma direção, então estávamos "no caminho certo". Até que chegamos em Los Jardines de Mandor, e quiseram nos cobrar para irmos ver as cataratas. Como as pessoas continuvam a seguir em frente (VÁRIAS pessoas), resolvemos seguir pra saber "qual era". Depois de caminharmos bastante, Nilda resolveu perguntar para uma pessoa que vinha no sentido contrário e fomos informadas que realmente a catarata já tinha passado, realmente era paga, e o pessoal estava indo para um lugar onde o transporte para Cusco é mais barato... Claro que demos meia volta e retornamos para Águas Calientes, sem ver as cataratas porque estávamos cansadas! Foram uns 12km de caminhada, primeiro só descida e depois, subida...

De noite nós jantamos no restaurante Índio Feliz. O nome é engraçado, mas é muito gostoso, recomendo!!

Clara, escrevendo sobre o dia 27 de abril.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Vale sagrado - Incas

Realmente faz diferença ler sobre o lugar, conhecer sua história, antes de visitá-lo. No ano passado não senti tanto isso porque o guia ou falava português, ou era praticamente exclusivo, mas nesta viagem... Todos os guias que pegamos até hoje falam espanhol rápido, então muita coisa eu acabei não entendendo...

Mas vamos lá. Hoje foi dia de passear pelo Vale Sagrado dos Incas. Juntando as informações que consegui pescar do passeio com o Wikipedia, o Vale Sagrado fica localizado nos Andes Peruanos e é composto por diversos rios que descem por pequenos vales. A região possui numerosos monumentos arqueológico e povoados indígenas, e possui em torno de 8 "caminhos Incas" que podem ser percorridos.

Agora vamos às paradas que tivemos neste passeio:
• Awana Kancha: é como se fosse um sítio de llamas, alpacas, etc. Lá, foi possível darmos comida aos animais e tirarmos fotos. No local também há uma explicação sobre a produção dos tecidos feitos com base nas fibras desses animais, assim como sobre seu tingimento.
• Mirante: um dos mirantes com uma das vistas do Vale Sagrado.
• Parque Arqueológico de Pisaq: cidade onde começou o escambo na região. O passeio só nos levou ao artesanato, mas depois vi que a cidade possui ruínas incas para serem visitadas. Ficamos 1 hora passeando pela feira de artesanato. Importante: pesquisem o preço e negociem, nada de aceitar o 1o valor.
• Almoço em um hotel super fofo no meio do Vale. Não adianta, não lembro o nome do hotel e nem sei onde procurar, mas é uma graça e a comida era boa!!

• Ollantaytambo: cidade Inca "fundada" por um guerreiro chamado Ollantay. O local é rodeado por 3 vales, e possui resquícios de construções pré Inca. Alguns aprendizados sobre a cultura Inca e especificamente sobre esta ruína que visitei:
- Os Incas aproveitavam as construções e os aprendizados das culturas anteriores.
-  Lembram como aprendemos na escola que os Incas construíam "degraus" nas montanhas para aproveitar com a agricultura e evitar desmoronamentos? Sim, estão aqui e a técnica continua sendo utilizada em algumas regiões.
-  Todas as construções Incas possuem paredes inclinadas para ter maior resistência a abalos sísmicos, assim como o fato das pedras se encaixarem perfeitamente entre si, tendo mais de quatro lados e tendo ganchos internos como se fossem quebra-cabeça.
-  A ruína visitada não teve sua construção concluída. Ela possui tanto o lado agrícola (com os degraus), quanto religioso (possuí templo) e astrônomo (com observatório solar).

A noite saímos para comer um crepe! Que lugar maravilhoso! TUDO o que comemos era bom, o lugar muito agradável, e o atendimento impecável! O nome é La Bo'm, fica na mesma rua do Pachapapa, que fomos no dia anterior!

Clara, escrevendo sobre o dia 26 de abril.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Cusco

Logo cedo pegamos um voo de La Paz para Cusco. As únicas coisas que deram pra ver de La Paz é que o trânsito é um caos e que, ao invés de ônibus, o principal meio de transporte é Van / Topic...

Ao chegarmos em Cusco, deixamos as coisas no hotel e seguimos para o centro para trocarmos o dinheiro. Seguimos pela avenida El Sol em direção à Praça das Armas. Encontramos basicamente 4 valores de câmbio (na ordem do menos para o mais vantajoso, na visão de quem compra a moeda local): o dos bancos, o das casas de câmbio próximas à Praça, o das casas de câmbio mais afastadas da Praça (que também vendem outras coisas) e o dos "ambulantes" nas ruas. Nós compramos com os penúltimos.

Seguimos para a Praça e almoçamos em um dos restaurantes que ficam no 2o piso dos "prédios" ao redor da praça, com vista para a mesma. Foi uma ótima escolha pois, além da bela vista, pegamos um "prato executivo" bom e barato!

Devidamente "alimentadas", fomos explorar a cidade. Uma curiosidade, Cusco é alto (3.400m acima do mar), mas a região de Uyuni e parte do Atacama é ainda mais alto. Acho que por isso não sentimos o famoso "mau da altura" aqui! Primeiro, claro, ficamos na praça, linda, espaçosa, com a Catedral Del Cusco super imponente em um dos lados, e a Igreja Companhia de Jesus, menor mas não menos bonita, em outra lateral. Pensem em uma praça agradável de se ficar? Aliás, Cusco é uma cidade encantadora!! Você pode se perder pelo centro que estará bem! Casinhas e lojas acolhedoras, ruas pequenas... Aí vem uma dica importante: procure ficar no centro! Faz diferença! Nós ficamos em um hotel legal, mas que ficava há 10 / 15min do centro, o que às vezes dava preguiça de sair...

Voltando à nosso passeio, passei pela rua onde tem a "pedra de 12 lados". Lembram que no Egito comentei sobre as pedras utilizadas em construções possuem diversos lados (não apenas os 4 "padrões") para dar maior estabilidade e que o único outro local que foi vista essa "tecnologia" tinha sido justamente no Peru, com os Incas? Então, queria ver "ao vivo"!
Passamos por algumas feiras de artesanato, fomos no museu do chocolate e do café (ambos interessantes, mas o 1o se destaca por você poder provar diversos chocolates, licores, etc.) e paramos em uma sorveteria deliciosa. Sim, sorveteria. Não estava tão frio... Ela nos lembrou a San Paolo, pois faz a mistura na hora, mas com uma diferença: a mistura sai muito mais uniforme! Exemplo, pedi sorvete de baunilha com morango e leite condensado. A mistura do sorvete com morando parecia que tinha sido feita em um liquidificador, sem perder a textura do sorvete! Uma delícia, super recomendo. Se eu não me engano, o nome é Mamá Cucharitas.

A noite, fomos jantar em um restaurante chamado Pachapapa. Demos sorte, fomos sem reserva e pegamos a última mesa disponível. Lugar bastante agradável, fica pertinho do hotel, bom atendimento e a comida muito boa. Ok, comemos pizza, mas isso não diminui de forma alguma a qualidade da comida!!

Clara, escrevendo sobre o dia 25 de abril.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Terceiro e último dia de Maratona Uyuni

Saimos do hotel por volta das 5:30 da manhã pois o objetivo era ver o nascer do sol no Salar de Uyuni.

Antes, informações básicas (fonte Wikipedia, pois nosso guia só deu informações erradas): é o maior e mais alto deserto de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados e a 3.656 metros acima do nível médio do mar. O salar é também o único ponto natural brilhante que pode ser visto do espaço. O salar foi formado como resultado de transformações entre diversos lagos pré-históricos (há mais ou menos 40 mil anos).
Sobre a primeira atração do dia... Rapaz... Que nascer do sol maravilhoso! Cada tom completamente definido no céu, que não tinha nenhuma nuvem, o reflexo no Salar, que tinha uns dois dedos de água, o que deixava tudo ainda mais mágico. Sim, estava frio, mas quem ligou? Fiquei apreciando o espetáculo da natureza, e valeu cada segundo!

De lá fomos para a Isla Incahuasi. Um "amontoado" de terra, com um morrinho, no meio do Salar e que possui cactos imensos. Muito lindo o lugar, e o fato de ter um morro proporciona vistas lindas para o Salar!

Depois paramos no meio do salar para tirar as famosas "fotos de efeito". Porém, das 6 pessoas do grupo, apenas 3 (comigo, claro) ficaram animadas para fazer as brincadeiras. Até o guia estava desanimado, não querendo ajudar... Mesmo assim valeu bastante a zoação!

Passamos pelo único hotel que está localizado dentro do Salar. Ele também é de sal, mas achei equivalente com o que passamos a noite... Seguimos pelo Salar até sairmos no Pueblo de Colchani, povoado também pequeno, porém, com várias lojinhas de artesanato. Claro que comprei meu imã!!

Por fim, antes de chegarmos ao destino final, passamos pelo Cemitério de trens. Não sei se era porque eu já estava cansada, mas não achei nada de mais... Seguimos para o destino final, a cidade de Uyuni, onde almoçamos e ficamos na agência de turismo de lá. Foi o que precisávamos, WiFi, depois de 3 dias offline! Kkkk foi bom não apenas pra dar notícias, mas também para trocarmos as fotos com os demais do grupo!

No meio da tarde Nilda e eu seguimos para o aeroporto e pegamos o avião em direção à La Paz, onde dormimos para no dia seguinte seguirmos para a próxima etapa da viagem!

Clara, escrevendo sobre o dia 24 de abril.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Segundo dia da maratona

Primeira vez que o dia começou mais tarde, saímos do "hotel" às 9:30 para continuar o tour. 

Assim como no dia anterior, vou pontuar os lugares que fomos passando:

• Região de Pedras vulcânicas (não sei o nome): tem pedras com diversos formatos. Vimos a taça da copa do mundo, um camelo, "vale das pedras", coração partido. É divertido! 
• Lago Negro: mais uma linda paisagem. Um lago negro escondido no meio das rochas. Tem que caminhar um pouco, mas vale muito a pena!!! 

• Cañon de Anaconda: canion imenso formado por um rio bem fino, por isso o chamam de Anaconda.
• Vimos no caminho 3 pequenos "tufões / furacões" levantando areia. Tentamos tirar foto, mas não deu certo... 
• Paramos para almoçar em Villa Alota. O curioso: fui com uma das suíças ver a igrejinha da vila. Chegando lá, tinham 3 garotas brincando na praça. Uma veio correndo em nossa direção e começou a puxar conversa. No final, ela pediu dinheiro... 

• Cañon de Sora: este canion parece mais um vale. O rio também é fino mas  as montanhas são mais afastadas umas das outras, deixando o visual diferente. 
• Última parada em uma vila pequena chamada Julaca. Nada de mais... O objetivo, teoricamente, é beber cerveja artesanal vendida em um vendinha. Na prática, o pessoal ficou passeando pelo local. 

Chegamos no hotel e tive uma boa surpresa. Sim, é bem simples, mas tem estrutura. O banho também é pago, mas é tudo bem organizado. Duas curiosidades bacanas: foi um "hotel de sal" e fica bem na frente do salar!! 

Clara, escrevendo sobre o dia 23 de abril. 

Início da maratona Uyuni

Hoje começou nosso passeio pelo / para o salar do Uyuni. Serão 3 dias / 2 noites com um mesmo grupo de pessoas. Estamos em 6 pessoas: Nilda e eu, 2 garotas que moram na Suíça sendo uma cubana e a outra angolana, e 2 que moram na Alemanha sendo um grego e a outra inglesa.

A primeira "parada" foi nas aduanas. A do Chile foi rápida, mas a da Bolívia... Além de ter demorado, estava MUITO frio. Tanto que até a galera da Suíça e da Alemanha se agasalharam, colocando, inclusive, meias nas mãos!

Ao entrarmos no Parque Eduardo Avaroa, começamos a fazer diversas visitas. Vai ser mais fácil pontuar cada uma delas.
• Laguna Branca: Onde tivemos a primeira vista fantástica. Ela tem essa cor por causa do mineral Borax, usado em detergentes. Que lugar maravilhoso! Uma vista sensacional, com as montanhas refletidas na lagoa... E o silêncio... Uau!
• Laguna Verde: por causa do bronze e do cobre, a lagoa fica verde quando tem vento. Hoje não foi o caso, então foi uma vista "ok", ainda mais depois da anterior.

• Deserto Dali: rochas vulcânicas no meio do deserto, rodeado por cordilheiras. É bonito, mas "apenas", isso.
• Águas Termales: foi uma experiência equivalente ao Geyser del Tatio, a piscina bem pequena e lotada. Nem o pessoal do carro quis ir. Mas a vista é linda! Foi lá que almoçamos. Ah, todas as refeições estão incluídas no passeio.
• Geyser Sol de Mañana: fica a 4.890 metros acima do mar, o lugar mais alto do passeio. O vulcão onde a região fica não é ativo. É praticamente só fumaça e, para piorar, o cheiro de enxofre é muito forte. Eu sei que nunca é bom fazer comparações, mas isso não é um Geyser...

• La Laguna Colorada: como o nome diz, é uma lagoa colorida. Ela tem 16 km2 e possui diversas cores por ter vários microorganismos, o que atrai os flamingos. O lugar é muito lindo, vista maravilhosa, e realmente tem MUITO flamingos. Agora, é frio, pois venta demais, e a latitude continua alta!

No final da tarde chegamos ao hotel, que parece alojamento, onde passamos a noite. Basicamente é na casa de alguém, no povoado de Villamar, que disponibiliza um quarto para todo o grupo. Atenção: um único quarto para as 6 pessoas. É bem simples, MUITO simples. Não tem papel higiênico (mas o pessoal da agência avisa que deve-se levar um), para tomar banho tem que pagar e as camas são bem básicas. O grupo todo tinha levado saco de dormir, e o colocou em cima de suas respectivas camas. Como minha amiga e eu não levamos, pegamos as colchas das camas das suíças e reforçamos as nossas.

Com essa experiência, seguem dicas muito importantes:
• É bom levar o saco de dormir. Eu não senti frio com as colchas, mas sei lá se as roupas de camas foram lavadas... A casa era MUITO simples.
• Além do papel higiênico, levem lenço umedecido. É muito mais prático... Levem dois, pois acaba-se emprestando pro grupo.
• Cuidado com a altitude. Duas pessoas passaram mal, sendo que uma delas foi para o posto médico e teve que tomar remédio e oxigênio. Eu mesma, a noite, tive um pouco de dificuldade de respirar, acho que um misto de nariz entupido e falta de oxigênio. A grande dica é comprar Sorojchi Pills, um remédio que ajuda no mal d altitude. A própria médica do posto recomendou.
• Esqueçam internet, sinal de telefone... Esqueçam contato! Tinha apenas uma tomada, e ficamos dividindo-a.

Clara, escrevendo sobre o dia 22 de abril.

domingo, 22 de abril de 2018

Último dia em Atacama

O passeio do dia foi Geyser Del Tatio e às 05:30 da manhã a van veio nos buscar. Isso porque, para ter a experiência completa, é importante chegar lá quando o sol estiver nascendo!

Primeiro umas informações técnicas:
• O lugar fica a mais ou menos 4.300 metros acima do nível do mar. Então, para eu não ter o "mal de atitude", tomei um comprimido / remédio que indicaram antes de sair do hotel.
• A região fica localizada no topo de um vulcão ativo, que não possui lava. A região tem diversas fumarolas (buracos de onde saem apenas gases químicos tipo enxofre), lagoa quente e Geyser (buracos de onde saem água quente e vapor de água). Tudo em um mesmo terreno e em uma quantidade muito grande.
• Quando chegamos lá, estava 6 graus Celsius NEGATIVO. Virei pingui! O guia comentou que lá pode chegar a até 15 graus negativo!
• Oficialmente o maior Geyser chega a 3 metros de altura e a média da temperatura da água é de 84 graus Celsius.
• 8 pessoas já morreram lá, pois não respeitaram os limites e se queimaram.

Sobre o passeio, recomendo muito! Ok, estava muito frio, eu não trouxe roupa para temperaturas negativas. Mas, ainda assim, fiquei lá tentando curtir o lugar. A questão da altitude realmente é crítica. Logo no início eu senti minha cabeça pesar um pouco, fiquei um pouco tonta, mas foi rápido. Começamos a conversar com um casal de brasileiros e isso acabou distraindo. Voltando pro frio, a fumacinha (saindo pela boca) estava lá! Sim, fiquei brincando feito uma criança, tentando inclusive tirar foto disso, pois estava muito forte! Ah, o passeio teve café da manhã que incluiu até ovos mexidos!

Em relação ao Geyser... Eu esperava que a água jorrasse mais alto. Não vi os 3 metros que o guia falou (ninguém viu). Sai mais fumaça do que água. Então, isso especificamente, não é "essa coisa toda". Mas definitivamente vale pelo passeio e pelo visual!

Depois fomos para o hot springs, o lago de água quente. Não caí, não só pelo frio que fazia do lado de fora, mas também porque o lago era pequeno, estava na sombra, só podia ficar 15min e estava lotado. Ok, podem até dizer que é um bando de desculpas, mas realmente pensei nisso tudo.

O terceiro ponto que visitamos foi um local fora dessa região que possui Geyser na lama. Que coisa bacana, diferente!! Também não jorra a água alto, mas é constante e totalmente diferente. Lindo demais! Parece fonte de chocolate! E, pra variar, a paisagem ao redor é sensacional! Aqui eu senti um pouco a altitude quando tivemos que subir um morro. Tive que ir devagar e até parei um pouco pra pegar fôlego. O curioso é que só tínha o nosso grupo lá! Os guias falaram que não é todo mundo que conhece o lugar e por isso não está incluso no passeio "normal".

A parada seguinte foi em Vado Puntana. Outra bela paisagem que possui um lago raso rodeado de montanhas e vulcões e cheia de patos e outras aves. A água do lago vem do desgelo do topo so vulcão Puntana.

A última visita foi ao povoado e Machuca. Lá moram apenas 6 pessoas, e todas de uma mesma família. Pessoalmente, não vi a nada de mais no local...

Quando chegamos de volta a San Pedro de Atacama, nós demos uma volta na cidade, fomos ao hotel para arrumar as mochilas e descansamos um pouco. À noite, voltamos para o centro da cidade para irmos a um barzinho chamado Mal de Puna. Lá encontramos uma australiana, que tínhamos conhecido em um dos passeios, e conhecemos um inglês e uma portuguesa (ficamos todos no mesma mesa). Foi divertidíssimo!

Mais algumas reflexões da viagem... Conhecemos pessoas da Rússia, Inglaterra, Austrália, Portugal, além de chilenos e brasileiros. Nos chamou a atenção como quase todos que conhecemos não sul americanos estavam aprendendo ou tentando se comunicar em espanhol. Perguntam como pronunciar as palavras e tentavam interagir... E varios deles com histórias de vida tão curiosas, que algumas nos fez refletir sobre muita coisa... Enfim, mais um exemplo de como é importante vc se abrir para coisas novas...

Clara, escrevendo sobre o dia 21 de abril de 2018.

sábado, 21 de abril de 2018

A menina de Sal

Uma coisa bacana dos passeios daqui é que muitos duram apenas um turno, sendo possível combinar dois no mesmo dia.

Foi isso que fizemos hoje. Logo cedo uma Van estava na frente do nosso hotel pra nos buscar. Cabe aqui uma outra dica: não vale a pena pegar hospedagem com café da manhã. A maioria dos passeios matutinos começa cedo e possue café incluso. Então é jogar dinheiro fora...

O passeio que fomos hoje pela manhã foi o Valle del Arco Íris. O café da manhã foi muito melhor do que eu esperava! Não era nenhum banquete, mas foi gostoso. Depois do café, fomos ver desenhos nas pedras (não sei o nome técnico). Bem curioso, não só pelo fato de ser no meio do deserto, como por ser em relevo e possuírem data média de 1.400 anos antes de Cristo.

De lá fomos ao Valle de fato. Lá é mais uma formação geográfica com provas de que antes tinha água, até cachoeiras, que causaram as fendas e as "formas" das montanhas. Este valle fica na 2a cordilheira mais antiga do Chile (de novo, não lembro o nome, mas foi formada há mais de 60 milhões de anos), a do Valle de la Luna é a 3a (Cordillera Del Sal) e os Andes a 4a, sendo a mais nova.

Sobre o passeio? Não recomendo. Sério. Eu confesso que esperava um Arco Íris, com grande variedade de cores e tons, ao longo de um mesma montanha. Foi legal, mas só isso. Com certeza existem outros passeios melhores no Atacama!

A tarde fizemos o passeio para as Lagunas Escondidas de Baltinache. É um local que possui um conjunto de 7 lagoas. Elas são formadas pelo gelo derretido dos Andes, que chega nesta região de sal (a mesma cordilheira de sal do Valle de la Luna) pelo subsolo. Exatamente por causa da localização, a densidade de sal na água é MUITO alta, fazendo com que a gente flutue (efeito igual ao do Mar Morto). Mas aqui a água é dos Andes... Temperatura da água: 15o graus!! Sim, eu entrei... Fiz uma firula absurda, mas entrei. Acho que não fiquei nem 5min... Kkkkkk Tinha tanto sal que qnd saí, decidi ir direto pro chuveiro. Mas eu estava na 7a lagoa, e não levei chinelo. Resultado, pensem em uma gringa de biquíni, saia branca (de praia) e bota de trilha! Para tornar essa imagem ainda mais engraçada, quando a água secou, meu corpo ficou todo LOTADO de sal, sério, muito engraçado!!!

No final do dia, ao sairmos das lagunas, fomos para um mirante no meio da Ruta Del Desierto, da Cordillera Del Sal (a do Valle de la Luna). Lá comemos um lanche e vimos mais um belo pôr sol.

A noite comemos rapidinho em um restaurante bem mais ou menos na calle Caracoles e voltamos para o hotel.

Clara, escrevendo sobre o dia 20 de abril.