sábado, 24 de novembro de 2018

Matando Saudades

Hoje foi o dia de seguir para a segunda etapa da viagem. Mas antes, queria compartilhar uma informação sobre Roma.

Praticamente toda praça que eu fui, tinha um obelisco. Isso me deixou tão curiosa que fui investigar quantos eram em Roma e se todos teriam sido "retirados" do Egito. Segundo o Wikipedia, Roma é a cidade que abriga a maior quantidade de obeliscos do mundo. Oi?!?!? Ainda de acordo com o Wikipedia, os "romanos antigos utilizavam navios pesados especiais chamados navios obelisco para transportar os monumentos pelo Nilo até Alexandria e, de lá, através do Mediterrâneo até Óstia Antiga, de onde eles eram depois transportados pelo Tibre até a capital imperial.". Tudo indica que existam algo em torno de 19 obeliscos em Roma, dos quais 8 são de fato do Egito antigo (foram "retirados" do Egito), 5 da Roma Antiga (os romanos encomendaram novos obeliscos do próprio Egito ou fizeram réplicas em Roma), 1 de Axum, Etiópia (esse foi devolvido para lá em 2005) e 5 obeliscos modernos, feitos nos últimos 300 anos).

OK, agora sobre o meu dia. Logo cedo (umas 8h) fui para o aeroporto rumo a Portugal! Chegando em Lisboa, fui recepcionada por dois abraços mais do que calorosos: minha afilhada e minha irmã! Fomos direto para a casa delas.

O resto do dia foi "só" matando saudades, arrumando mala e colocando conversa em dia... Ótimo para descansar e desacelerar um pouco!

Clara, escrevendo sobre o dia 20 de novembro de 2018, terça-feira.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Vaticano

Hoje o dia começou de forma "diferente": tive que acordar cedo para mudar de hospedagem, deixar as coisas e estar nos Museus do Vaticano antes das nove da manhã. Antes, um fato sobre o Vaticano: vocês sabem que trata-se do menor Estado do mundo (0,44 Km2!!!), com aproximadamente 1.000 habitantes, né?

Bom, deu tudo certo e às 8:50 eu estava na lateral do Vaticano, onde fica a entrada única para os Museus. Uma primeira dica: vale MUITO a pena comprar o ingresso com antecedência. Sério. Quando cheguei, antes das 9h, a fila pra quem teria que comprar o ingresso já era grande! E quando eu saí de lá, umas 11h, era maior ainda!

Enfim, uma curiosidade: de fato deve-se referir-se ao local como "Museus do Vaticano", no plural mesmo. São vários museus em um só: Galeria de Arte Egípcia / Museo Egizio (com inúmeras peças Egípcias "recolhidas" durante as Cruzadas da Igreja Católica), Pinacoteca (com grandes nomes da arte Italiana), Museo Pio Clementino, Stanze di Raffaello (apartamento privado do Papa Julio II que foi todo decorado por Raffaello), entre alguns outros. Além, claro, da Capella Sistina.

Logo na entrada é possível alugar um áudio-guia, ou mesmo incluí-lo na compra do ingresso. Tem em vários idiomas, inclusive português. Se você estiver sem um guia (pessoa), eu recomendo muito pegar um (áudio), me ajudou bastante. Outra dica é levar um fone de ouvido, pois o aparelho tem 2 saídas de áudio comuns. Assim, não só pode-se ter um áudio para 2 pessoas (não testei, mas deve funcionar), como evita-se de ficar segurando o aparelho no ouvido como se fosse um celular!

Quando cheguei, eu segui as indicações para ir direto para a Capella Sistina. Primeiro porque eu não queria pegar a capella lotada. E segundo que não sou fã de museu de arte. Cheguei a pensar em entrar no Museo Egizio, mas... Vi que era bem mais simples que o do Egito, então preferi não ficar por lá. No caminho, ao passar pela Galleria Dele Carter Geografiche, parei e usei o áudio guia. São telas imensas com os mapas desenhados com base no que se conhecia de cada época! Achei super interessante! Depois segui pra Capella Sistina. Chegando lá, realmente tinham poucas pessoas. Então primeiro procurei a famosa imagem "A Criação de Adão", de Michelangelo: ela fica quase no centro dos afrescos pintados por ele no teto. Depois sentei em um dos bancos das laterais e comecei a ouvir os áudios. Achei tão fantástico que depois peguei o celular e fui buscando mais interpretações e explicações das pinturas, as histórias por trás das restaurações, como e porque cada Papa encomendou os afrescos para cada artista... Não vou detalhar aqui poia existem diversos sites especializados que descrevem melhor do que eu, então fica apenas minha dica: "gaste" esse tempo na capela, não só ouvindo os áudios, mas entendendo o que cada pintura quer dizer, vale a pena!

Uma coisa importante, lembrem que a Capella Sistina é sagrada, pois é onde ocorre o Conclave Papal, ou seja, onde é feita a votação / escolha dos Papas. Sendo assim, vamos respeitar, ok? É absolutamente proibido tirar fotos ou fazer filmagens! Além disso, não pode ficar falando, o silêncio é importante, tanto que os seguranças e até o mesmo o padre que estava lá ficaram o tempo inteiro pedindo silêncio!

Como saí de lá com tempo suficiente para o próximo tour, fui explorar a praça de São Pedro (Piazza San Pietro) , que fica em frente à Basílica. A praça é imensa, como a grande maioria dos monumentos na cidade. Ela foi desenhada no século XVII por Bernini e possui um obelisco egípcio (mais um "retirado" do Egito), duas fontes nas laterais do obelisco e uma larga fileira de colunas nas extremidades. IMPORTANTE: entre o obelisco e as fontes (de ambos os lados) você encontrará um círculo com o nome "CENTRO DO COLONATO". Se posicione em cima para ter uma ilusão de ótica / jogo de perspectiva: ao olhar as fileiras das colunas, terá a sensação de ver apenas uma fileira única de colunas. Depois fui almoçar em algum lugar próximo pois às 13:40h tinha o outro tour agendado, Necropoli Di San Pietro. Acabei indo ao Wine Bar de Penitenziere. Bom custo benefício!

Necrópole (“Cidade dos Mortos”) do Vaticano está aberta para visitação. É lá que está o túmulo original de São Pedro, um dos 12 apóstolos e o 1º Papa da história da igreja católica. Em resumo: o último desejo do Papa Pio XI, que morreu em fevereiro de 1939, foi ser enterrado o mais próximo possível do túmulo de São Pedro. O Papa Pio XII resolveu atender ao pedido de seu antecessor e determinou que algumas escavações fossem feitas, pois sabia-se que a Basílica de São Pedro tinha sido construída onde São Pedro havia sido crucificado, mas até então não se sabia exatamente onde isso teria ocorrido. Os escavadores terminaram descobrindo uma necrópole romana (túmulos de pagãos e cristãos) bem embaixo da atual Basílica de São Pedro. A escavação teve que ser conduzida em segredo, pois ocorreu durante a II Guerra Mundial e receava-se que se Hitler descobrisse e se "apoderasse" do local e descpbertas. Depois de várias pesquisas e testes científicos, o túmulo original de São Pedro terminou sendo descoberto.

Mas atenção, como só liberam o acesso de aproximadamente 150 pessoas por dia, o procedimento para fazer esse tour é bem peculiar. Tem que enviar um e-mail para o Escritório de Escavações do Vaticano - Ufficio Scavi - (scavi@fsp.va e uff.scavi@fabricsp.va) informando o número de pessoas, os dias que você possui disponibilidade e os idiomas possíveis. Quanto mais opções você der, melhor, pois eles verificarão as disponibilidades e retornaram já definindo a data e o horário (caso haja vaga). Uma vez definido, considere como fechado, pois a flexibilidade de alterar é baixíssima! Então você segue o procedimento descrito no e-mail e realiza o pagamento. Eu tive dificuldades de pagar pelo site, expliquei a eles e recebi um e-mail autorizando que o pagamento fosse realizado no local. Algo ótimo: ao final do tour, você terá acesso direto à Basílica de São Pedro, sem pegar a fila absurda que tem o tempo inteiro!!

Para encontrar o local é meio engenhoso, pois o escritório do Ufficio Scavi é bem pequeno. De frente à Basílica de São Pedro, vá para o lado direito, por fora das colunas da praça. Bem colado à Basílica, você encontrará os guardas do Vaticano. Mostre o e-mail impresso, e eles mostrarão como passar pelo scanner de segurança e depois seguir para o escritório.

Sobre o tour, vale bastante a pena! Meu guia era italiano falando inglês com MUITO sotaque, o que fez com que eu perdesse alguns detalhes, mas nada que prejudicasse. No início ele faz uma geral sobre o que era no terreno antes da Basílica, assim como explica a história dos templos / homenagens feitas para São Pedro. Depois você vai descendo e visitando as tumbas / monumentos da necrópole. Tudo indica que só foi descoberta / explorada algo em torno de 10% do tamanho original. As tumbas estão relativamente preservadas, com pinturas, esculturas e mosaicos. Você também tem acesso a algumas capelas e túmulos de papas enterrados "lá embaixo". Vale super a pena ir!!!

Como falei anteriormente, você sai do tour direto na Basílica, sem filas! Então, claro, foi o que fiz! A Basílica de São Pedro (Basilica di San Pietro) é a mais importante igreja na hierarquia da religião católica. Ela foi construída entre 1506 e 1626 e teve a colaboração de grandes nomes da arte italiana como Bernini, Raffaelo e Michelangelo. A cúpula, que você consegue visualizar de diversos locais de Roma, foi idealizada por Michelangelo.
O que ver na Basílica:
*A famosa Pietà de Michelangelo;
*A estátua de bronze de São Pedro.
*A entrada do túmulo de São Pedro.
*A cúpula projetada também por Michelangelo.
*O museu do tesouro de São Pedro.
*O baldaquino e a estátua de São Longuinho de Bernini.
*O túmulo do Papa João Paulo II.
*Subir na cúpula.
*Tumba dos Papas.

Para subir na cúpula, tem que pagar, mas vale a pena. Você terá uma vista fenomenal da Praça São Pedro. Mas atenção, são mais de 300 degraus de escada, tanto na subida quanto na descida. E algumas passagens são bem apertadas, então, se você tiver algum problema de coração, pense duas vezes...

Quando terminei de visitar a Basílica, ainda estava muito frio, mas menos chiba. Então resolvi ir no Castello Sant’Angelo. Não sei se foi o frio, o vento, a chuva ou o meu cansaço, mas não achei que valeu a pena. Tem algumas vistas interessantes, mas não achei imperdível.

Depois fui para o Hostel. Fiquei hospedada no Orsa Maggiore for Women. Como o próprio nome diz, só aceita mulheres. O local é muito bem localizado, o quarto que fiquei era bastante espaçoso, as instalações muito boas... Gostei bastante, recomendo! Mas eu estava tão cansada que nem interagi muito...

Clara, escrevendo sobre o dia 19 de novembro de 2018, segunda-feira.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Dia de ver o Papa

Como o dia hoje seria tranquilo, não foi necessário acordar cedo. Mas teve uma coisa ruim: ao fazer isso, não tinha mais nada no café da manhã do hotel, que era incluso. Com certeza farei uma resenha no TripAdvisor pontuando isso de forma negativa...

Pegamos o metrô e fomos direto para a Piazza Di Spagna. A praça possui dois principais atrativos, sendo o primeiro e mais famoso a Escadaria da Santissima Trindade dos Montes, conhecida como escadaria Espanhola, com 135 degraus que ligam igreja Trinitá dei Monti à praça. Os degraus da escada costumam ser utilizados como bancos, onde as pessoas sentam para descansar, comer, ou apenas apreciar o local. O segundo atrativo é a fonte em forma de barco, chamada pelos Romanos de Barcaccia, localizada em frente à escadaria, no meio da praça. Diz a lenda que a fonte foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante a inundação do rio Tibre, em 1598.

Bom, o dia era domingo. Como diz o costume cristão, domingo é dia de missa. Em Roma, não seria diferente, mas com um toque especial: é dia do Papa celebrar uma pequena missa no Vaticano, especificamente na Praça de São Pedro, que fica em frente à Basílica de mesmo. Como o dia estava lindo, e tínhamos tempo, fomos andando até lá. A caminhada foi agradabilíssima, passamos pela Via Dei Condotti (rua que só tem lojas de grife, bem bacana de passear), margeamos o Rio Tibre, passamos pela ponte Del Angeli / Ponte Sant’Angelo, que fica em frente ao belo Castello Sant’Angelo, até chegarmos na avenida (esqueci o nome) que dá de frente à magnífica Basílica de São Pedro. Uau, que impactante, como ela é grande e bonita! Passamos pelo detector de metais para acessar a praça (isso só acontece quando o Papa vai "aparecer"!) e pronto! Uns 10 minutos depois ele começou. Não se iludam, ele fica em uma janela, lá do alto, lá longe... Eu não entendi o que ele disse, mas foi bacana ter ido!

De lá, fomos almoçar no restaurante La Locanda Di Pietro, praticamente em frente à entrada do Museus do Vaticano. Comi um peixe com um molho de maçã com mel (precisava comer uma proteína), gostoso.

Depois pegamos um metrô e fomos para a Piazza Del Popolo. A praça possui 3 curiosidades / fatos que a destsacam: já foi a principal porta de entrada para a cidade; é onde o imperador Nero foi sepultado, especificamente na Igreja de Santa Maria del Popolo; possui duas igrejas "gêmeas", Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, simétricas, que ficam uma ao lado da outra. Além disso, a praça também possui um belo obelisco egípcio de 24 metros (construído no templo dos faraós Ramsés II e Mineptah, 1232-1220 a.C.), e uma fonte ligada ao aqueduto Vergine.

Atrás da fonte tem uma escadaria que leva ao Monte Pincian / Passeggiata Del Pinci / Pincio, uma das colinas existentes em Roma. Subam!! Sério! Subam até chegar à "Piazzale Napoleone I”, que possui uma incrível vista de Roma e do Vaticano! O pôr do sol lá deve ser lindo! Além disso, lá também é uma das entradas ao famoso Jardins Da Villa Borghese.

Voltamos para a estação Termini onde passamos pelo Mercato Centrale Roma. É bonitinho, interessante, mas bem pequeno. Na verdade acho que minha expectativa estava alta... De qualquer forma, para mim, só vale a pena ir se vc estiver próximo ao local... O jantar foi no restaurante Cotto. Comi uma boa lasanha!

Clara, escrevendo sobre o dia 18 de novembro de 2018, domingo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Coliseu - uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno

O dia começou com o compromisso "mais importante" da viagem: tour no interior do Coliseu (ou Colosseo, em italiano). Comprei o ingresso com antecedência, e no site oficial. Eu comparei com os demais sites que disponibilizam o ingresso + tour, e, apesar do oficial não ter tour em português, é mais barato.

Como eu li em diversos sites sobre como o Coliseu fica lotado, sendo bem difícil desfruta-lo com tranquilidade, eu marquei logo o 1o horário, às 9h. Além disso, peguei o mais completo: o que vai do subsolo até o último "andar" / anel da estrutura.

Chegamos cedo, trocamos o ingresso e fomos passear pelo entorno enquanto não dava a hora de iniciar o tour. Lá, paramos para apreciar com calma o Arco de Constantino, construído em 315 para comemorar a vitória de Constantino na Batalha da Ponte Mílvio, em 312. Este arco é um dos 3 arcos que ainda está "em pé" em Roma. Os outros são o de Tito (no Foro Palatino) e o de Septimio Severo (no Foro Romano).

Voltamos 10 minutos antes da hora marcada, e entramos sem fila alguma. A guia que nos acompanhou não foi muito boa, na verdade ela foi bastante técnica e nem um pouco empolgante. Mas como li algumas coisas, e minha amiga que já tinha ido lá complementou algumas informações, foi bom. Vou listar aqui o que achei mais interessante, ok?
*Antes a área do Coliseu era, na verdade, um lago do jardim do imperador Nero. Quando Vespasiano "assumiu" Roma, mandou construir o anfiteatro com o intuito de se aproximar e distrair a população (lembram da política do Pão e Circo?).
*O verdadeiro nome do Coliseu é Anfiteatro Flávio (ou Flaviano). Porém, na época em que a construção foi concluída, bem próximo ao edifício ainda existia uma grande estátua de Nero, que era conhecida popularmente como o Colosso de Nero. Daí surgiu Colosseo.
*Segundo a guia, aconteciam apenas 5 ou 6 eventos no Coliseu por ano, pois era muito caro promover tais eventos. Os mesmos duravam o dia inteiro e eram dividido em 3 partes: pela manhã eram lutas entre homens e animais (elefantes, leões, girafas, zebras, etc); no meio do dia eram as execuções de presos; e à tarde a atração mais esperada, as brigas entre os gladiadores.
*Entre 20 ou 30 gladiadores iam para a arena e brigavam ao mesmo tempo até a morte.
*Na era medieval ele parou de ser usado como entretenimento e foi abandonado. Depois de um tempo, o pessoal passou a retirar os blocos do Coliseu para usar em outras construções, como na da Basílica de São Pedro. Depois, o Papa da época decretou que parassem com essa destruição da estrutura e mandou instalar uma cruz em homenagem aos que morreram lá. Além disso, os terremotos também ajudaram na "destruição" da estrutura. Uma história curiosa: as pessoas começaram a perceber que após um terremoto as pedras ficavam soltas e eventualmente acabavam caindo. Então elas colocavam seus nomes nas pedras e, quando as mesmas caiam, já tinham os donos identificados!

 Agora minhas impressões... É lindo, realmente fascinante! Ver ao vivo algo q vc vê em filmes, séries, e acompanhou nas aulas de história e geografia da escola é uma sensação tão interessante e emocionante! É encantador ver que é "de verdade", sabe? Agora, não é dos meus favoritos entre as 7 Maravilhas do Mundo Moderno... Ou melhor, das 5 que conheço, é a menos fascinante... Não me levem a mau, o Coliseu é fantástico, todo mundo tem que conhecer, só achei os outros mais impactantes!

Terminado o tour, seguimos para a Basílica de São Clemente. Ela é uma basílica relativamente pequena dedicada ao Papa São Clemente I. Agora, o curioso dela não é a basílica em si, mas o fato de ser uma terceira construção em um mesmo local. Ou seja, após diversas escavações e estudos, descobriu-se que o edifício atual é o terceiro do local:
1) a basílica atual, construída no século XII;
2) a basílica "original" de São Jerônimo, construída em 392 d.C.
3) espaço utizado para o culto ao mitraísmo, do século 1 d.C., além de estruturas associadas à moradias dessa mesma época.

O bacana de visitar a basílica é que você terá acesso a todas as estruturas. Algumas pinturas e esculturas ainda estão preservadas, e uma curiosidade interessante é que na basílica de São Jerônimo tem um afresco no qual há um palavrão em latim vulgar, “Fili dele pute traie”. Precisa dizer o que significa??

Depois paramos no meio do caminho para comer. Acabamos escolhendo um "bonitinho" que estava no caminho, a Trattoria Luzzi. Nada demais, mas foi bom porque ficamos nas mesas ao ar livre e foi possível aproveitar o sol!

Seguimos para o Fórum Romano. Rapaz.... Que lugar imenso! E demos sorte porque o dia estava maravilhosamente lindo, ensolarado, sem qualquer nuvem no céu! O Fórum Romano era o principal centro da vida comercial e pública da Roma Imperial e hoje é uma das maiores atrações da Roma Antiga. O ingresso do Coliseu dá direito à entrada ao fórum, no mesmo dia ou no dia seguinte. Acredito que deva ser muito interessante andar por lá com um guia que conheça toda a história de Roma e do local! Digo isso porque eu fiquei passeando e imaginando a história por trás de cada construção ou pedra... No próprio complexo do fórum tem o Monte Palatino / Palatine Hill, onde você tem uma vista bacana do fórum e do vale onde fica o Circo Máximo. Trata-se da mais central das sete colinas de Roma e uma das mais antigas partes da cidade.

Depois fomos para a Piazza Navona, praça onde fica o consulado do Brasil. Calma, não é por isso que ela é famosa, mas sim por ter 3 fontes construídas por Bernini e seus alunos. A central, e principal, é a Fontana dei Fiumi, que representa os 4 grandes rios do mundo: Ganges (Asia), Nilo (África), Danubio (Europa) e Prata (Americas). Ao redor da praça tem diversos cafés, restaurantes e pizzaria. Mas não sei dizer se são bons... Acredito que sejam bem "turistas"...

Depois paramos na Gelateria Dei Gracchi. Minha amiga e o marido tinham tomado sorvete lá na viagem anterior deles e disseram que era uma delícia, então fomos. Mesmo no friozinho, também comprei o sorvete. MUITO BOM!! Recomendo bastante! De lá fomos ao panteão mas não foi possível entrar de imediato porque ia ter uma missa, então sentamos em um restaurante praticamente em frente (não lembro o nome)  para passar o tempo até ser possível entrar no Panteão.

Sobre o Panteão... Mas uma obra magestosa! Uau, sério, uau! Logo na entrada tem umas 10 colunas. Quando vamos investigar, cada uma delas foi esculpida a partir de pedaços únicos de pedra. A porta imensa é a maior porta de bronze do mundo!! E quando você entra, olha a estrutura circular, também imensa, com um buraco (isso mesmo, buraco) no topo da cúpula aberto de 9 metros de diâmetro, aí você fica de queixo caído... Rsrsrs Sobre o Panteão, ele é considerado a igreja mais antiga do mundo, pois foi construída em 27 a.C. como um templo “pagão” dedicado a todos os deuses romanos. Em 609 d.C. o Papa Bonifacio IV converteu o templo a uma igreja católica dedicada a Virgem Maria, onde foram sepultados o pintor Renascentista Rafael, e o antigo rei da Itália Vittorio Emmanuele II.

Por fim, fomos jantar em um restaurante perto da Fontana Di Treve, no Pizzeria Al Picchio-Rosticceria. Achei bom, mas nada maravilhoso!

Clara, escrevendo sobre o dia 17 de novembro de 2018, sábado.

domingo, 18 de novembro de 2018

Ambientação em Roma

Bom dia pessoas! Olha eu aqui novamente para descrever mais uma viagem! Esta será mais curta, afinal, já fiz a "viagem grande" do ano ao ir para Peru / Bolívia / Chile. Mas, como a oportunidade bateu à porta, não tive como desperdiçar!

A viagem começa com Roma, afinal, a meta "da vez" é conhecer as Sete Maravilhas do Mundo Moderno, não é mesmo? Então... Rumo ao Coliseu! Mas, devido à limitação monetária, esta primeira etapa das férias estará restrita à Roma. Sim, 4 dias só em Roma.

Cheguei na cidade já por volta das 15h e, como estamos no outono, o sol se põe por volta das 16:40. Ou seja, restrição de horário para o turismo. Como fiquei em um hotel ao lado do terminal Termini, peguei no aeroporto o trem Leonardo Express (que liga o aeroporto direto ao terminal). Corri pra o hotel, deixei as coisas e fui explorar a cidade - já sem sol! Antes, comentário rápido sobre o hotel: bom custo-benefício, excelente localização.

Primeira parada: Fontana de Trevi! Na época do império romano, a.C., as estruturas que alimentavam as cidades com água eram os famosos aquedutos. Era tradição na época fazer uma bonita fonte no ponto final de cada aqueduto, e por isso Roma possui várias estruturas do tipo, entre as, a mais famosa Fontana de Trevi. Ela é a maior dessas fontes e marcava o final do Acqua Vergine, um dos principais aquedutos da época. Ela é linda, encantadora! Não é a toa que fica LOTADA de gente. Tem que esperar pacientemente para conseguir admirá-la sem muita gente na frente ou tirar uma foto. Mas confesso que esperava que estivessem mais cheio... Não sei se é a época do ano, mas o fato é que foi possível tirar fotos bacanas e apreciar o monumento! Atenção, diz a lenda que se você ficar de costar para a fonte e, com a mão direita, jogar uma moeda por cima do ombro esquerdo, você voltará a Roma! CLARO que eu fiz isso!!

Segunda parada, Piazza Venezia / Palazzo Venezia, mas especificamente prédio-monumento Vittorio Emanuelle II. O monumento é para homenagear Vitorio Emanuelle II, o primeiro rei da Itália independente, considerado o pai da pátria Italiana. Feito de puro mármore branco de Botticino, apresenta uma majestosa escadaria, colunas coríntias, fontes, uma enorme estátua de Vittorio Emanuele II e duas estátuas da deusa Vitória em quadrigas. A estrutura demorou mais de 30 anos para ser concluída e foi construída pra comemorar a unificação da Italia. O local realmente é imponente! É engraçado admirá-lo da praça e, vendo as pessoas (praticamente formigas) subindo as escadas, vc tem noção do quanto o local é imenso...

Terceira parada: Monte Capitolino.
Praça construída/desenhada por Michelangelo, cercado de palácios e museus nos 3 lados da Piazza, com 2 leões Egípcios na base da escada, também esculpidos pro Michelangelo e uma estátua de Brinze de Marco Aurelio no centro (Seculo 2). Depois da suntuosidad do Monumento de Vittorio Emanuelle II, confesso que achei o monte / praça bem "normal"... Sei lá...

De lá atravessei o Fórum Romano, parcialmente iluminado, até começar a avistar o Coliseu, todo lindo e iluminado! A intensão era chegar até ele e "arrodea-lo"! Como amanhã será a "visita oficial" ao Coliseu, não escreverei muito sobre o mesmo, mas apenas algumas percepções: ele iluminado é lindo! O destaca ainda mais no horizonte!

Dada a volta no Coliseu (tiradas fotos e curtido o local), jantei em um restaurante perto (Pizzeria Ristorante Imperiale). "B bonzinho"... De lá, hotel!

Clara, escrevendo sobre o dia 16 de novembro de 2018, sexta-feira.