sexta-feira, 23 de junho de 2023

Passeio no parque e no museu

Bom dia! Último dia em Madrid, com algumas coisas ainda a serem visitadas. Fizemos um percurso que chamei de centro-sul.

Começamos passando por 2 das 3 fontes que tem perto do parque Retiro, a de Apolo, que é bem pequena, e a de Cibeles, que é maior e fica na rotatória localizada ao final da Grand Vía. A fonte é de 1782 e representa a deusa Cibeles sobre uma carroça puxada por leões.

De lá, fomos para o Palácio de Cibeles, prédio que fica praticamente em frente à rotatória e onde hoje funciona a prefeitura de Madrid. O charme daqui é você ir para o terraço / rooftop. É baratinho, EUR 3,00 por pessoa, e vale a pena, especialmente pela visão que se tem da fonte de Cibele. Confesso que eu esperava uma vista bacana do parque Retiro, o que não aconteceu...  Ah, estava tendo uma exposição no prédio que você poderia acessar gratuitamente. Eu curti porque ganhamos um mapa mais detalhado da região, e eu já gosto de mapa... Hahaha

Indo a caminho do parque do retiro, passamos pela Puerta de Alcalá. Foi construída em 1764 e é um dos símbolos da cidade. Ou seja, a expectativa estava alta. Quando chegamos lá, a decepção: está em obra / restauração e não dava pra ver nada. Ou melhor, eles colocaram um tapume onde plotaram a imagem da Puerta. Ou seja, eu vi uma foto gigante...

Chegamos no Parque do Retiro pela Puerta da Independência. O dia estava lindo então realmente curtimos o parque enquanto passávamos por alguns dos pontos chaves dele. Nos "perdíamos" pelo parque, íamos para algum ponto especial, sentávamoa, curtíamos alguma música que estivesse sendo tocada por um dos vários artistas espalhados pelo parque... Ah, já ia me esquecendo! Chegando no parque, demos de cara com Mário Bross gigante. Oi? Isso mesmo, alguém vestido de Mário no meio do parque! E não era só uma fantasia, era uma roupa super calorenta, como se fosse de um urso de pelúcia que, aliás, tinham 2, na mesma região do parque, se oferecendo para tirar fotos com as crianças. Gente, pensem em uma coisa nada a ver? Não combina em nada com o parque, nem com a Espanha! Tinha Mário Bross (italiano), panda (chinês), coala (australiano), gorila (???)... Enfim, voltando pro parque, seguem alguns lugares que devem ser priorizados dentro do Retiro: Palácio de Cristal, Monumento Afonso XII, Passeo de las Estatuas, Puerta de Felipe IV e El Parterre.

Saímos do parque pela Puerta de Felipe IV, para vermos a Fuente de Neptuno (não achei nada demais), e seguimos para o almoço. Claro que novamente buscamos um restaurante que tivesse Menú Del Día, e fomos ao El Lacón. Não é tão bom quando o de ontem, mas é bom também. Ele fica no Barrio de Las Letras, um bairro super charmoso de Madrid. Vale se perder, circular por lá e descobrir placas e referências espalhadas pelas ruas. Por exemplo, achamos em uma das ruas (não sei qual) uma homenagem a Miguel Cervantes. Tinha um texto no chão sobre ele e, no prédio, uma placa informando que ali ele tinha nascido e morrido.

Seguimos para o Real Jardim Botánico porém, tinha que pagar para entrar. Então resolvemos voltar para o Retiro para fazer hora até irmos ao Museu do Prado. Sendo bem honesta, eu tinha colocado o Prado, junto com os outros 2 museus famosos de Madrid (Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía e Museu Thyssen-Bornemisza) como "talvez" ou "ir se sobrar tempo". Isso porque eu não sou fã de museu de obras de arte. Porém, 100% das pessoas com quem comentei que viria a Madrid falaram que eu deveria ir ao Prado. Ao ler um pouco, vi que o museu é imenso e que a entrada é gratuita a partir das 18h (sendo que ele fecha às 20h). Ou seja, se você quiser explorar boa parte do museu, vale a pena comprar o ingresso e ir cedo. Como não era o nosso caso, vimos quais eram as obras mais famosas e importantes, selecionamos 6 e confiamos que em 2 horas veríamos todas. Deu 17:30, fomos em direção ao museu. Rapaz... A fila para pegar o ingresso gratuito já estava imensa. Atenção, imensa MESMO! Mas tínhamos lido que a fila costuma ser rápida, então... De fato, foi muito rápida. 18h começaram a distribuir os ingressos gratuitos e umas 18:20 estávamos dentro do museu. Vimos todas as obras que selecionamos e valeu muito a pena, muito mesmo! Ah, terminamos 19:50 (+/-)! Ou seja, quase não deu tempo... Caso estejam curiosos, vimos: Raphael - Portrait of a Cardinal, Goya - The 2nd & The 3rd of May 1808 in Madrid (são 2 obras complementares), Goya - Saturno devorando seu filho (e as demais 13 "pinturas negras" do artista), Goya - A Maja Nua (e a vestida também, 2 obras complementares novamente), Caravaggio - David with the head of Goliath, e, acredito que a Monalisa daqui (porém em grande dimensão que dá pra ver de todo o salão), Velázquez - Las Meninas. Essa última vale a pena ler sobre, pois tem várias teorias. A que pra mim fez mais sentido é que Velázquez pintou como se ele estivesse pintando o rei e rainha, de forma que eles estivesse fora do quadro junto a nós (público), sendo que o casal real aparece refletido em um espelho no próprio quadro. Espero que tenha dado para entende... KKKKKKK Ah, o principal site que nos baseamos para essa seleção foi o https://www.hellotickets.com.br/espanha/madrid/pinturas-famosas-museu-do-prado/sc-121-2699.

Para terminar o dia, fomos comer uma pizza! Queríamos algo próximo pois estava chovendo. Acreditam que foi difícil achar uma bem avaliada perto? Mas achamos, fomos na Pizzería Vesuvio. Boa, mas deve ter melhores. Conhecemos uma brasileira que trabalha na pizzaria e está em Madrid há 22 anos... Ficamos conversando com ela, comemos, depois voltamos para o hotel.

Clara, escrevendo sobre os dias 21 de junho de 2023

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Futebol e turismo

Bom dia! Mais um dia que começou com futebol. Nesse caso, o Real Madrid!

Depois da ida ao FC Barcelona, eu não esperava nada mais. Agora, um ponto importante em relação ao Real Madrid: na hora de comprar os ingressos, eles falaram que estava em reforma e até por isso o ingresso seria mais barato, sendo chamado de "Tour Bernabéu Temporary". Ok, dito isso, fomos para lá. Ao chegar, sim, já chama a atenção todos os tapumes ao redor do estádio, com maquinários e um monte de trabalhadores. O início da tour vc entra em uma sala bem "armengada" (cheia de gambiarra), com os troféus dispostos de acordo com os temas. Depois mais troféus e outros troféus. Aí tem uma salinha que é pra mostrar como ficará o estádio... Nem sei como descrever, mas não mostra nada, é uma maquete branca, oval, onde ficam colocando projeções de imagem e luz e dizendo que vai ser um estádio sensacional (e só). Ok, vamos explorar mais... Hum... Ah, tem umas telas que ficam passando os jogadores do time principal, mas só passando, nada interativo. Aí você segue o fluxo, e chega ao estádio. Sim, ao menos é possível ver o estádio, o campo sendo reformado! Depois lojinha e acabou. Esse tour só foi melhor do que o Barcelona porque eles avisaram que estavam com modelo temporário, cobraram mais barato por isso e dão acesso ao estádio. Eu realmente espero que após a reforma, seja um museu e tour mais bacana, e não apenas uma disposição de troféus.

De lá fomos explorar o que eu chamei de centro-norte de Madrid:

- Hotel Riu Plaza España: hotel imenso que fica bem em frente à praça Espanha. Aqui a dica é subir no Rooftop. Só paga EUR 5,00 e a vista é espetacular, 360 graus. Além do lugar em si ser lindo, tem algumas pontes e mirantes de vidro. O principal tinha uma fila imensa, então não pegamos. Mas ficamos lá um tempo só curtindo o ambiente e a vista.

- Plaza de España: no centro da praça tem um imenso momento dedicado a Miguel Cervantes. Ele foi construído em 1915, para comemorar o terceiro centenário da publicação da segunda parte de Don Quixote, mas apenas nos anos 60 que foi concluída com a colocação das esculturas laterais de Aldonza e Dulcineia. Reparem que no topo tem 5 pessoas lendo livros, representando os 5 continentes lendo a obra. E em uma das laterais tem as figuras de D. Quixote e do seu fiel escudeiro Sancho Pança.

- La Montaña Park: Parque que fica no caminho para o templo Debod. É bonitinho, mas nada demais. Dizem que é um bom lugar para ver o pôr do sol mas, como o sol está se pondo lá para as 22h, nem programei nada relacionado a isso...

- Templo Debod: foi construído pelos egípcios no século 4 a.C. E consiste em uma capela principal dedicada à Deusa Isis, e dois arcos na frente. Ele foi dado de presente à Espanha em 1961 como agradecimento pela ajuda na transposição do templo de Abu Simbel (lembram que ele teve que ser alterado de lugar por causa de uma represa que seria construída?). Está aberto de terça a domingo e a entrada é gratuita, mas não conseguimos entrar, pois ia fechar durante a tarde e a fila estava imensa (tem controle de quantidade de pessoas).

Parada para almoço. Finalmente fomos em um restaurante que tinha o Menu do dia e, gente, essa é uma opção mais do que obrigatória em Madrid. A refeição com 2 pratos, uma bebida (qualquer, de água a vinho), e um café ou sobremesa (quase nosso executivo), custando de EUR 11,00 a EUR 15,00. E o restaurante que fomos, Aderezo 37, é MUITO bom. Além do fato de tudo que comemos estar maravilhoso, todos os pratos foram muito bem servidos. Recomendo muito!

Voltando ao tour, fomos em direção ao teleférico e estava fechado... Então seguimos pelo Parque Del Oeste, descansamos um pouco, seguimos andando até chegarmos no Arco de La Victoria (confesso que não conheço a história por trás, mas é bonito). Atrás do arco tem o Farol de Moncloa, mais um mirante da cidade. Depois de termos subido no Hotel Riu, achamos que não era necessário, então voltamos para o hotel.

De noite (20h, porém com sol a pino) fomos ver uma apresentação de Flamenco em Las Carboneras. Afinal, vim para a Espanha e não ir a um show de Flamenco seria o mesmo de ir para a Argentina e não ver um show de Tango... Gostamos muito! Uma coisa que tive impressão e depois no próprio show eles confirmaram, é que parece um show de jazz / improvisação. Tive a impressão de o dançarino "da vez" dá o tom e o ritmo, e os demais artistas acompanharem. Gostei bastante, valeu super a pena ter ido. Ah, compramos os ingressos com Josefina, a guia do free walking tour. Além de termos tido um desconto, ficamos com uma mesa bem em frente ao palco, e tivemos direito a uma bebida (cada) e um tapa (mesa de frios)!

Clara, escrevendo sobre os dias 20 de junho de 2023

Primeiro dia de Madrid - Centro

Primeiro dia em Madrid e adivinhem como começamos? Dormindo! Isso mesmo, estávamos tão cansados que ignoramos vários alarmes, e acordamos perto do café da manhã fechar!

O primeiro compromisso do dia foi o free walking tour. Foi ótimo pois a guia que pegamos fez uma excelente geral sobre a cidade e principais pontos turísticos localizados no centro. Além disso, o inglês dela era ótimo e a forma em que ela contava as histórias e fatos tornava o tour ainda mais interessante!!! Recomendo, eu a encontrei pelo aplicativo freetour.com, mas ela depois deu o contato direto: josefina_lazo@hotmail.com. Além das informações que colocarei abaixo quando for descrever alguns dos pontos turísticos, ela comentou sobre algo que, até então, eu não tinha lido. Se vc ver uma placa de metal na calçada, bem em frente de uma loja, é que ela tem mais de 100 anos naquele local. Para confirmar, tem que ver se o nome na placa está em algum lugar da faixada do imóvel!

Terminado o tour, fizemos o nosso (que era similar) só que agora parando, admirando com calma e tirando fotos:
- Teatro Real: onde acontecem apresentações de ópera. Parece que o público de Madrid é bem exigente.
- Jardins de Sabatini: passeamos pelo pelo jardim, localizado ao lado do Palácio Real. Ele é bem bonito!
- Cripta da Catedral Santa Maria La Real de la Almudena: é a única parte da igreja que seguiu o projeto original, com influência romana. É bem bonita e grande, e o acesso é gratuito.
- Muralha árabe: resquício da grande muralha que rodeava Madrid na época em que os Árabes estavam aqui (antes dos romanos). Bem interessante, Tb acesso gratuito (faz parte de uma praça bem bonita).

- Catedral Santa Maria La Real de la Almudena: fica bem em frente ao Palácio real. O período de construção dela foi de 1883 a 1993. Ao longo do período o projeto sofreu diversas alterações dee estilos. É nela que acontecem os eventos reais. Vale a pena entrar, é praticamente gratuito (aconselha-se doar EUR 1,00 para entrar).
- Palacio Real de Madrid: foi construido en meados do século 18, pelo rei Charles III, depois que a residência anterior foi destruída por um incêndio. Na época ele queria mostrará a imponência da Espanha, acabou tendo o maior castelo da Europa Ocidental com 3.418 cômodos. Detalhe que atualmente o rei é a rainha moram em outro local, e o Palácio hoje funciona como museu, eventos reais ou recebimento de chefes de estados de outros países. Não foi possível entrar porque o Palácio estava fechado para um evento (até vimos a rua ser fechada e VÁRIOS carros passarem, um deles com a bandeira da Palestina).
- Plaza de la Villa: uma pequeña praca cujo atrativo é que ela possui 3 prédios lindos e suntuosos, sendo um construído no século 15, outro no século 16 e o terceiro no 17 (esse último já foi prefeitura e prisão de Madrid).

- Mercado de San Miguel : abriu em 1916. Ele lembra o mercado de Barcelona, mas com uma diferença, aqui é mais focado em restaurantes e lanchonetes, e não mercado com peixes crus e demais comidas para você levar para fazer em casa. Em outras palavras, é meio que um complexo gastronômico, porém mais focados em lanches e tapas.
- Restaurante Botín: só passamos pela frente e por um motivo nobre, eeo restaurante mais antigo do mundo. É caro mas se tiver vontade de conhecer, precisa reservar com antecedência.
- Barrio La Latina: conhecido como o bairro mais boêmio de Madrid, sendo uma boa opção para almoçar (tem várias opções na Calle Cava Baja). Nós almoçamos no restaurante Los Segretos de Lola. Ele é bem divertido, o tema é filmes e brinquedos infantis. Mas a comida... Cara é não vale a pena. NÃO recomendo (e olha que tem até coisas de Harry Potter).
- Plaza Mayor: é a maior praça da Espanha. Em 1561 funcionava um mercado e ela ficava do lado de fora da muralha de Madrid para não pagar impostos. Depois de um tempo ela foi integrada à cidade. Antes os prédios que a rodeava eram de madeira, depois do 3o incêndio resolveram reconstruir tudo com cimento e pedras, como ela está hoje. A praça já foi palco de diversos acontecimentos como touradas, execuções públicas, autos de fé da Inquisição Espanhola e jogos de futebol. Hoje a praça é cheia de bares e restaurantes com mesas ao livre.

- Chocolatería San Ginés: ele é famoso pelo churros com chocolate quente. Fomos lá e tinha uma fila imensa. Pedimos um churrus e um sorvete. O 2o estava bom, mas o 1o... Não curti. Chocolate meio amargo, churros não doce... Sei lá, não gostei.
- El Corte Inglés: Olha ele aquí de novo! Assim como o de Barcelona, ni último andar tem uma parte para restaurantes, como se fosse praça de alimentação, que tem uma bela vista da cidade. Vale a pena subir! Atenção, existem vários Corte Inglès em Madrid. O que eu fui que tem essa vista é o que fica perto da Gran Vía / Callao.
- Avenida Gran Via: avenida com várias lojas, teatros, bares e restaurantes. O mais legal é observar os prédios e sua arquitetura, cada um mais lindo que o outro (e bem antigos). No final da avenida fica o Edifício Metropolis, um dos primeiros arranha-céus da cidade. Não deu para ver ele direito porque estava em reforma.
- Círculo de Bellas Artes: a dica é subir  o terraço para uma vista bacana da cidade.
- Banco de Espanha: só passamos pela frente. É o banco que o pessoal de A Casa de Papel rouba, porém, as filmagens não foram feitas aqui...
- Praça da Puerta del Sol: antes de tudo, a praça não tem nenhuma porta ou portal, então nem procurem... Além das lojas ao redor, é nessa praça que tem 2 itens importantes de Madrid. O primeiro, eu diria o mais importante, é a estátua El Oso y el Madroño, um urso de bronze apoiado nas patas trazeiras para alcançar a árvore Madroño. Esse símbolo está no escudo da cidade e você o encontrará em TODS os lugares que tiverem algo da prefeitura. O segundo é o "Km 0". Em teoria, a praça representa o centro da Espanha, então na calçada em frente à prefeitura tem uma marca desse ponto zero apontando a direção das principais cidades.

Na volta para o hotel pegamos um lanchinho qualquer para dormirmos cedo.

Clara, escrevendo sobre os dias 19 de junho de 2023

terça-feira, 20 de junho de 2023

Despedida de Barcelona

Último dia em Barcelona e ainda tem muita coisa para ser visitada.. Sim, já internalizei que não verei tudo o que eu gostaria mas faz parte, fazer o quê? 

O dia começou cedo para visitar uma outra grande obra de Gaudí, o Park Güell. A história do parque é curiosa: na primeira década do século 20, Eusebi Güell contratou Antônio Gaudí para fazer uma espécie de condomínio, que caberiam 40 casas. O problema é que, depois que a área comum ficou pronta, o empreendimento não fez sucesso e no final só teve 2 casas construídas: a que Gaudí morou e a que era usada como "showroom". Em 1914 o projeto foi oficialmente abandonado e em 1918 os herdeiros de Güell venderam o terreno para a Prefeitura de Barcelona, que transformou o empreendimento em um parque para a cidade.  Eu tinha lido na internet que uma parte do parque tinha acesso gratuito, mas isso não acontece mais. Para você acessar qualquer área, precisa pagar. Porém, se você for residente de Barcelona, pode entrar gratuitamente, afinal, é um parque da cidade. O local tem várias partes interessantes para visitar, sendo a antiga área comum a principal com a salamandra feita de mosaico e as duas casas da entrada principal que foram inspiradas no conto de João e Maria!

O plano era em seguida fazer um piquenique com Lilla e Peu, porém, estava chovendo. Sendo assim, fizemos o piquenique na casa deles! Foi bem bacana, e relaxante, pois deu pra conversar um pouco mais, aproveitando os últimos momentos juntos (ao menos nessa temporada / viagem).

Depois fomos explorar o bairro do Born, visitando os seguintes pontos turísticos:

- Arc de Triomf : sim, Barcelona tem um! Mas aqui, ele foi construído para ser a porta de entrada da Exposição Umiversal de Barcelona, que ocorreu em 1888.

- Parc de la Ciutadella: sería o parque que faríamos o piquenique se não estivesse chovendo. Ele é bem bonito, e estava lotado. Acabamos ficando pouco tempo nele. 

- El Born Center Cultural i Memòria: trata-se de um espaço arqueológico imenso, muito bem conservado, de uma Barcelona datada entre o final do século XVII e início do século XVIII. Dá para ver direitinho as dimensões das casas, estruturas de escadas, divisões dos cômodos... Além de valer a visita pelo conteúdo histórico e impressionante, é gratuito!

- Igreja de Santa Maria do Mar: foi oficialmente inaugurada em 1391. Uma história interessante que li da igreja: no século 14, os moradores do então bairro Ribeirão do Mar queriam ampliar a igreja. Porém, o foco do "governo" estava na reforma da Catedral de Barcelona. Então os devotos ricos doaram dinheiro para a ampliação e os que não tinham condições de dar dinheiro, trabalharam efetivamente na obra (inclusive carregando pedras nas costas). Detalhe: essa construção foi feita sob a igreja antiga, para não interromper as atividades. Outra curiosidade é que a imagem da Virgem do Mar que está na catedral é a mesma que foi colocada ali no período medieval. Reza a lenda que ela sobreviveu ao incêndio de 19 de julho de 1936, quando a basílica ardeu por onze dias seguidos. Não entramos por falta de tempo... 

Para continuar conhecendo o bairro, que é uma graça por si só, nos "perdemos" pelas ruas passando na frente de lugares importantes como Museu de Picasso, Mercado Santa Caterina (estava fechado) e Palácio da Música Catalã.

De lá voltamos para a casa de Lilla, nos arrumamos, e fomos pegar o trem rumo a Madrid. Rapaz... A viagem que era para ter durado 2h45min, durou quase 4 horas. Estava tendo uma tempestade em uma cidade próxima, então o trem ficou parado um bom tempo... Fomos chegar no hotel mais de meia noite... 

Clara, escrevendo sobre os dias 18 de junho de 2023

domingo, 18 de junho de 2023

Salvador Dalí e Game of Thrones

Acordamos cedo para irmos a Figueres. Não estava nos planos, mas como coloquei no post anterior, resolvemos ir de última hora para outro museu de Salvador Dalí e como Figueres fica a apenas 45min de Girona, fomos!

Chegando lá no Teatro Museu Dalí, já ficamos impressionados com a faixada do prédio. Mas atenção, não estou falando a da entrada principal, e sim a muralha que fica em frente a uma praça que tem o letreiro de Figueres (procurei o nome da praça no Maps, não encontrei, mas é na Carrer Canigó com a Pujada del Castell).

Sobre o museu... Ele está montado em um antigo Teatro Municipal, construído no século XIX. O teatro foi destruído no final da Guerra Civil da Espanha, aí Dalí o comprou e reformou já pensando em fazer um museu para suas obras. Ou seja, toda a estrutura e organização do museu foi pensada pelo próprio artista, então tem toques surrealistas em cada canto e disposição! Vale MUITO a pena conhecer. Mesmo que você não goste de artes ou de Dalí, vale a visita. Uma dica importante é: pegue o áudio guia, ou então busque sites com dicas sobre o museu. Por exemplo, na sala principal tem um quadro grande que, dependendo de como você olha, ou vê uma mulher sentada em uma janela, ou Abraham Lincoln (sim, o cara dos EUA). Outro exemplo é ver determinados trabalhos refletidos na garrafa (ao invés de olhar o papel)... Enfim, a visita é uma experiência!

Terminado o passeio voltamos para Girona para explorar a cidade. Ao chegarmos comemos no Croak's (hambúrguer e wrap, nada de mais) e começamos o tour. Primeiro sobre a cidade: ela fica localizada entre os Pirineus e a Costa Brava. Ela foi fundada em 79 anos a.C., conquistada por  romanos, muçulmanos e Napoleão. Em 1809 resistiu à invasão Napoleão (e seus 35mil soldados) por 07 meses, quando os franceses venceram na base da fome e de doenças. Girona conta com um centro histórico medieval muito bem preservado, que ainda incorpora restos romanos, árabes e judaicos. Acredito que justamente por isso ela foi utilizada como cenário da 5a temporada de Game of Thrones (todo lugar que eu passava ficava pensando em "Shame, Shame"...).

Vou listar os pontos pelos quais passamos com os respectivos comentários:

- Margens rio Onyar / Cases de l'Onyar: caminhada pelas margens do rio Onyar, o principal cartão-postal de Girona, vendo as casinhas coloridas e a catedral da cidade.

- Plaça de la Independència: possui vários restaurantes e bares. Localizada fora da parte murada de Girona, foi construída no século 19, e seu nome foi por conta das guerras travadas contra Napoleão. 

- El Call (Bairro Judeu): região um pouco diferente das demais, com ruas mais estreitas.

- Catedral de Girona: Construída inicialmente no século XI, em estilo romântico com detalhes barrocos, a catedral está localizada na parte mais alta de Girona e possui uma escadaria extremamente imponente. Várias cenas de Game of Thrones foram gravadas nesta catedral e na sua escadaria.

- Passeig arqueològic / Muralles de Girona: partes da muralha foram retiradas / derrubadas para viabilizar o crescimento da cidade. Porém, partes continuam de pé e podem ser visitadas, tendo acesso a praças e mirantes bacanas. Eu subi pelo acesso que tem logo atrás da Catedral de Girona.

- Banys Àrabs: Construída na idade média e está muito bem conservada. Apesar de ter sido construída pelos romanos, possui esse nome porque foi inspirada nos banhos muçulmanos existentes no norte da África. O preço é bem acessível e vale muito a visita.

- Plaça de Sant Feliu / Basílica de Sant Feliu: a Basílica possui estilo romântico e foi construída no século VII. Ao longo do tempo, a igreja foi sendo modificada e passou a contar também com uma torre gótica e uma fachada barroca.

- La Lleona / Leoa de Girona: é uma estátua (pequena) que fica praticamente em frente à Basílica de Sant Feliu. A piada aqui é que, no passado, tinha a lenda que era necessário beijar a bunda do animal pra trazer sorte e voltar para Girona. Com o Covid, ao lado da estátua foi colocada uma placa dizendo que não é mais permitido beijá-la! Eu peguei com a mão na versão miniatura que fica na parede (a estátua é muito alta).

Terminado o tour de Girona, pegamos o carro e voltamos para Barcelona. Como jantar, fomos ao Sport Bar para comer pizza. Isso mesmo que vocês leram, e a pizza estava gostosa! É um lugar que Lilla e Peu costumam ir, então fomos os 4!

Clara, escrevendo sobre os dias 17 de junho de 2023

Vamos a la Playa, parte 2!

Bom dia! Dia de explorar cidades vizinhas a Barcelona...

Acordamos cedo e fomos pegar o carro alugado. Tínhamos reservado um carro básico manual, e tivemos um upgrade para um híbrido automático! Começamos bem, né? Pegamos a estrada rumo a Cadaqués! Boa parte da estrada é bem tranquila, duplicada e listinha! Uma delícia de dirigir! Chegando perto da cidade, começaram a surgir as curvas pois tínhamos que subir e depois descer morros até chegar à cidade. Mas foi bem tranquilo também.

Cadaqués é um vilarejo de pescadores desde o século XVI e hoje tem como principal economia o turismo. Também, com a vista que tem do mar, o charme com suas casinhas brancas e detalhes azuis, e as pequenas praias espalhadas pela cidade, dá pra entender. Reza a lenda que quem colocou essa cidade "no mapa" foi Salvador Dalí, que foi morar em Portlligat (parte do município de Cadaqués) em 1948.

Chegando na cidade, fomos primeiro para a Igreja de Santa María de Cadaqués. Ela é relativamente pequena mas, para a cidade, é grande. A entrada é gratuita, então vale a pena entrar e ver o altar, que tem 26 metros de altura! Ela foi construída no século XVI, destruída pelo famoso pirata Barba Roja e depois reconstruída pelos pescadores do vilarejo.

De lá fomos descendo a cidade pelo centro histórico e suas ladeirinhas, observando cada rua, lojinhas e vista! Chegando na base da cidade, resolvemos explorar primeiro as praias. Então fomos andando margeando o mar até chegarmos a Es Sortell, que fica em uma ilhazinha bem fofa e de onde se tem uma vista linda da cidade! Depois voltamos um pouco e ficamos curtindo a cidade e o mar (gelado) na Platja dês Sortell. Bem privada, mas muito cheia de pedras.

Umas 14:30 resolvemos ir comer. Alguns restaurantes bem avaliados já estavam fechados, até que um cara indicou o Narita Cadaqués, que fica bem na praça principal da praia. Gente... TUDO que comemos estava maravilhoso! Sério! Até o momento ele é o melhor restaurante da viagem! Muito bom! Terminado o almoço, fomos em direção à Casa Museu Salvador Dalí, e... Estava fechada! Tinha fechado literalmente 5 minutos antes de chegarmos, e não houve jeito de conseguir entrar. Aí na hora Lilla procurou coisas relacionadas a Salvador Dalí (que Gui gosta), e não é que ela encontrou ingresso para o dia seguinte de um outro museu que fica em uma cidade próxima? Com isso relaxamos, pegamos o carro e fomos em direção a Girona.

Chegando no Airbnb, tivemos uma surpresa maravilhosa: um dos quartos tinha uma vista espetacular! Depois de um pequeno debate sobre quem iria ficar lá (tanto Lilla quanto eu queríamos que o outro casal dormisse nesse quarto), Gui e eu acabamos ficando com ele. Nos arrumamos e fomos jantar. Que cidade fofa! Na postagem sobre amanhã colocarei mais detalhes, mas é uma cidade bem medieval, com muita coisa preservada, e o Airbnb fica bem no centro histórico! Jantamos no restaurante La Tabarra Girona. Lá compramos um vinho pra tomarmos no Airbnb, passamos em uma creperia para pegar crepe "de petisco" (Crêpdequé?, muito bom) e ficamos no quarto, de frente pro janelão, bebendo vinho, comendo e conversando até tarde...

Clara, escrevendo sobre os dias 16 de junho de 2023