domingo, 5 de novembro de 2017

Cairo: dia de visitar museus

Pela manhã pegamos um avião e fomos para Cairo, a última cidade que visitaremos no Egito. De cima o primeiro choque: a cidade coberta por uma névoa! Quando perguntamos ao guia, ele disse que era poluição e um pouco de areia. Como quase nunca chove, a névoa fica sob a cidade...

O dia foi corrido: muita coisa para visitar em pouquíssimo tempo! Começamos com o Museu Egípcio. Vale muito a pena ir, especialmente se tiver um guia te companhando para explicar as coisas. Tanta coisa interessante, como os registros do primeiro dentista - e suas obras e livros - datados de 2.700 a.C.

Duas coisas me impressonaram absurdamente. Uma, claro, foi a sala das múmias. Depois de ouvir as histórias dos faraós, é curioso - e deu arrepio - ver alguns deles como múmias, ali "expostos"...

O outro foi a parte que estão expostas as coisas, o "legado", de Tutankhamun. E aqui vale uma explicação: porqus ele é um Faraó tão famoso se ele morreu cedo (19 anos, em 1300 a.C.), não fez nenhuma guerra, era todo doente, não foi importante para a história do Egito e foi bem "pobrinho" quando comparado aos demais? Então, "lá" atrás, há mais de 3000 anos, os egípcios antigos "descobriram" onde ficava o Vale dos Reis e começaram a saquear os túmulos dos Faraós. Como ninguém nunca deu importância para "Tuta" , não se importaram ao fato de não terem encontrado o túmulo dele. Já nos tempos "modernos", em 1922, a equipe de um escavador/arqueólogo por um TOTAL acaso encontrou a tumba dele. Daí veio a fama: foi a única tumba, até hoje, descoberta com os artefatos e riquezas originais junto ao sarcófago, e tudo encontra-se no museu!

Duas coisas que me chocaram bastante: 1o, se com ele, "pobrinho", foi encontrado toda essa riqueza, imaginem o que existia nas tumbas dos grandes Faraós? 2o, tirando a evolução de tecnologias de itens eletro-eletrônicos, nós somos uma imitação plena dos egípcios de 1300 a.C. Jogos (isso mesmo, xadrez e damas), cadeiras, camas, dobradiças de camas, chinelos, mesas de centro, colares e brincos que eu usaria nos dias de hoje normalmente... Uma loucura, sério!

No caminho entre o museu e a Citadel, paramos em uma "biboca" no meio da rua, bem típica, para comer um sanduíche. Não sei se era a fome, mas o sanduíche estava bom...

Chegamos na Citadel of Salah Al-Din. Era uma pequena cidade militar, que ficava fora da cidade "principal", no alto, para proteger dos invasores, especialmente na época das Cruzadas Cristãs. Antigamente era toda murada, hoje tem uma Mesquita grande e restos de um castelo onde, no passado, o governador (não mais Faraó) morava. Nessa hora, uns adolescentes pediram novamente para tirar foto conosco. Depois do segundo, começou a aglomerar, aí o guia deu um "chega pra lá" mas, depois de vir tanta gente, ele resolveu mudar de lugar para continuar com a explicação...

Seguimos para o Bairro Coptic, localizado no velho Cairo. Foi conhecido por ter sido uma fortaleza / resistência do cristianismo no Egito. Não entendi muito bem o porquê, mas é um bairro mais rebaixado e murado. Hoje está bem abandonado, mas possui duas igrejas bastante interessantes. Onde atualmente está a igreja dos Santos Sérgio e Baco (Abu Sergis), antes era uma caverna na qual existem resquícios atestando que a Família Sagrada se escondeu por 3 meses. Aqui, aprendí porque o corredor central da igreja se chama nave: antigamente, o teto dessa parte era de madeira e representava um navio invertido, para as pessoas entrarem na barca da salvação, de Noé. A segunda é a Igreja Suspensa, datada do século III ou IV, ela é conhecida por esse nome por ter sido construída por cima de outras construções. Aqui é onde estão os restos mortais de São Cosme e Damião, entre outros Santos, que lutaram na resistência do cristianismo no Egito. No bairro também tem a Fortaleza de Babilônia, construída para controlar o comércio/tráfego no Nilo na região.

De lá fomos pra o hotel, cansadas, nos preparar para o último dia!

Clara, escrevendo sobre o dia 01/novembro/2017.

2 comentários:

  1. Poluição tem em todo lugar, infelizmente. :(
    Interessante essa história de Tutankhamun.
    Kebab sempre é bom. kkk
    Eita, todo mundo querendo tirar foto com as maravilhas né. ahhahahaha

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