quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O show

A primeira etapa da viagem é em Filadélfia (ou Philadelphia, para quem preferir), porém, o vôo fez escala em Nova York. Chegamos, fizemos todo aquele processo de passagem pela alfândega e fomos pegar as bagagens. Esperamos, esperamos, pegamos duas malas, depois mais duas, ficamos esperando a última e, de repente, parou de vir malas! Sim, a nossa mala foi extraviada!

Fomos para o balcão da Continental, registramos a falta da mala, e ficamos sabendo que muito provavelmente a mala tenha ficado no Brasil. Como era uma mala extra, só tinha coisas bestas como um segundo casaco, perfumes e outras cositas sem importância.

Depois do registro, fomos pegar o trem! Isso mesmo, o trecho Nova York/Filadélfia foi de trem. Tivemos um problemão: não tinha nenhuma atendente – estava muito cedo – e a máquina não reconhecia nossa reserva. Depois ela “reconheceu” porém não reconheceu o pagamento da mesma. Ficamos um tempão lá, ligamos para alguns lugares, duas pessoas vieram nos ajudar, mas não deu em nada. O tempo passou, o trem estava perto de chegar, então acabamos comprando a passagem novamente e fomos para a estação.

Durante a viagem de trem, eu só fiz dormir. Bem mais confortável do que o avião, com meu sono, então dormi mesmo! Chegamos em “Philly” e a primeira coisa que a gente sentiu foi o frio! Sim, muito frio mas pouca neve – quase nenhuma, na verdade! Fomos direto para o hotel – muito bom – e dormimos.

Após o cochilo, nos arrumamos e fomos para o Rittenhouse Square: um parque bem bacana, próximo ao hotel, com restaurantes e lojas nas vizinhanças. Almoçamos em um restaurante francês chamado Parc. A comida era muito boa! Além disso, nosso garçom tinha acabado de voltar do Rio de Janeiro. Ficamos conversando sobre várias coisas, e ele fez o comentário de que ele não sabia o quanto que os brasileiros bebiam cerveja! Para ele, a gente bebia mais caipirinha!

Ao terminar o almoço nós fomos passear pelo parque. Mega fofo, mas estávamos com muito frio pois estava ventando bastante! Passeamos pelas ruas Chestnut e Walnut - ruas com várias lojas, lanchonetes e restaurante, até chegarmos ao Liberty Center, shopping onde ficamos matando o tempo até a hora do show.

Agora sobre o show... Um caso a parte em todos os sentindo! A “aventura” e zoação (por parte de Tais) já começou no caminho para o teatro: o show foi em uma cidadezinha próxima à Filadélfia, e não EM Filadélfia. Seria como se tivesse sido em Lauro de Freitas. E cada vez mais que a gente se afastava de Philly, mas o lugar parecia abandonado, estranho. Tais, claro, começou a zoar “onde essa mulher vai se apresentar, hein? Clara, para onde você esta nos levando? Será que o motorista esta nos levando para o show mesmo ou esta nos seqüestrando?”.

Depois de várias risadas e muita apreensão, chegamos ao Tower Theatre. Pra quê? Tais se empolgou mais ainda pra zoar, pois o lugar era muito, bem, péssimo! Eu diria que o bairro era, hum, o equivalente à vizinhança do Parque de Exposições ou mesmo a cidade baixa! O lugar realmente era feio e velho. Foi a deixa pra Tais brinca de vez: “Clara, você me trouxe para um show em Periperi!!! E o pior, eu paguei caro por ele! Mariah entrou em decadência, foi?”. Confesso que até eu fiquei meio preocupada com o contexto. Minha mãe entrou na onda e ficou perguntando se a gente não estava indo para o show de uma clone ou cover de Mariah... Tais fez até um vídeo. Se alguém me explicar como colocar no You Tube ou qualquer lugar do tipo, me falem que eu até posso pensar em disponibilizá-lo na internet.

Quando entramos no teatro, um alívio: vários artistas de nomes iriam se apresentar lá nos próximos dias, tais como Alicia Keys, Norah Jones e John Mayer. Ufa!!! Não era apenas Mariah, rsrsrs! Logo na frente tinha uma lojinha vendendo coisas da turnê. Claro que eu comprei uma blusa e uma caneca. Caaaaaaarooss... Mas, eu já estava ali, o que poderia fazer?

Ficamos no lobby fazendo hora e observamos algumas situações inusitadas:
*estava à venda doses de bebida, “Butterfly shots”. Eu acredito que seja amostras do champagne que ela vai lançar, mas confesso que não quis perguntar e/ou me aprofundar sobre o assunto;
*Tinha de tudo na platéia, desde velhos de cabelos brancos até criança. Mas a grande maioria do público era formada de gays! Acho que 60 a 70% eram gays!
*Chegaram umas 5 meninas que estavam vestidas de uma forma... E falavam alto de um jeito... Segue foto dessas meninas que eu encontrei em um site depois.

Lado negativo do show:
*Teve um “show” de abertura. Quem? Um grupo formado por quatro homens chamado Rydaz Nrtist. Não, eu não escrevi errado! Está no panfleto! O show foi completamente playback, apenas 4 músicas – sendo 2 razoáveis – e tivemos direito a um semi-streaptease de um dos integrantes. Foi bem tosco...
*Entre a abertura e o início do show houve uma demora de 1h30min +/-. Isso mesmo. Eu dormi um pouco enquanto a gente esperada (o show era “com cadeiras”!!). Tais não conseguiu dormir. Segundo ela, tinha um terrorista anti-gay ao lado dela que, quando começou o show, saiu do armário...
*Show muito brega! Isso mesmo, MUITO brega! Ela incorporou demais o espírito Diva de ser e, além de ter feitos piadas sobre isso durante o show – o que foi bacana – ela só vestiu roupas bregas, utilizou um cenário completamente... brega... e acrescentou ao show danças que não combinavam em nada com as músicas! Fora que o palco era MUITO pequeno (muito mesmo), e o cenário brega já tomava boa parte do espaço. Mesmo assim, eles colocaram um milhão de dançarinos – ok, o máximo que teve lá foram 12 mas, mesmo assim, não tinha espaço para mais nada!
*Onde estávamos – bem na frente – não podia tirar fotos! Isso mesmo, era proibido. Diversas vezes, antes de começar, um cara foi pra lá para avisar que, se fosse visto qualquer flash, câmera ou mesmo celular ligado – mesmo que não estivesse tirando fotos – a pessoa seria retirada do show. E eu vi isso acontecer umas 3 vezes! Mas eu consegui tirar uma foto escondida e algumas na última música...


Lado positivo:
*Eu estava PERTÍSSIMO do palco! 5ª fila! Quando que eu conseguiria algo assim? Além disso, por ter sido em um local com cadeiras, não tinha empurra-empurra ou aperto, dava para ver tudo tranqüilo, dançar, cantar, curtir o show! E, realmente, estava MUITO perto, não consigo nem descrever aqui! Eu me arrependi de não ter levado uma bandeira do Brasil... Se um dia ela vier para o Brasil, tenho certeza que não conseguirei curtir o show da mesma forma.
*O show foi 100% ao vivo, seja em músicas com notas altas, baixas, medianas, um total de 1h40min de show completamente ao vivo. Arrepiante... Músicas que são completamente em tons altos, do início ao fim... Outras que mesclavam um pouco de tudo... Até minha mãe e minha irmã comentário – e elogiaram – sobre o assunto!
*As músicas foram bem mescladas, entre músicas dos primeiros CDs e outras do último lançamento. Para as pessoas que vão ao show dela em todas as turnês, eu não sei se isso foi bom. Mas, para mim, que nunca tinha ouvido ela cantando ao vivo, foi excelente! Músicas que eu mais me emocionei? Fly Like a Bird, Angels Cry (apesar do ápice da dança brega), Always be My Baby, It’s a Wrap, My All, We Belong Together e, claro, Hero, música com a qual ela finalizou o show.

Foi, realmente, muito bom! Faria tudo de novo! Como eu falei lá em cima, quando eu que imaginei assistir a um show dela bem tranqüila, bem de perto, com algumas das minhas músicas favoritas sendo cantadas completamente ao vivo?

De lá, voltamos para o hotel, sem antes termos mais uma história: na volta não estávamos conseguindo um taxi. Então, no desespero, ligamos para uma Cia de Taxi – a mesma que tinha nos deixado no show. Assim que eu desliguei o telefone, Tais tinha conseguido um taxi. Entramos, afinal, estava ficando vazio – e não se esqueçam que estávamos em Periperi! Entramos e, quando estávamos no meio do caminho, começaram a ligar para o nosso celular – era a Cia de Taxi. Ficamos tão sem graça que não atendemos ao telefone...

Clara, falando sobre o dia 01 de Fevereiro.

Comentários dos comentários:
Ramon: Todas as idéias dessa viagem realmente foram ótimas, inclusive a sua e de Lilla com a sugestão de Tais só aparecer no avião! =p
CaRla: Rapaz... O processo de Priscila foi MUITO complicado, mas não se preocupe que não teve nada ilegal! O passaporte, você pode ir bem cedo para o SAC, pegar uma senha extra e esperar alguma desistência ou sobra de tempo para ser atendido (foi o que ela fez). Tem como pedir para te informarem o No do passaporte mesmo antes do mesmo estar pronto – para você poder fazer a inscrição no site do consulado dos EUA. Fizemos isso, fizemos a inscrição e começamos a ligar para lá, de hora em hora, para ver se aparecia algum dia/hora extra para a entrevista do visto, e foi o que aconteceu!
Sim, foi você quem avisou sobre as datas da turnê, MUITO obrigada!!! Rsrsrsrs o crédito é seu! Acabou que não dava para se LA, pois as férias de minha mãe foram antes... Não sabia que tinha como mudar a data de publicação, não mas, sei lá... Não seria o dia que escrevi o post! Vou manter o “falando...”, mas obrigada pela dica!!!
Ah, esqueci do seu imã... Me perdoe... =(

2 comentários:

  1. Colocar um video no youtube é muito fácil, é só preencher uns dados e fazer o upload do video, tipo como se estivesse anexando um arquivo a um e-mail. No Picasa vc pode colocar fotos e tb videos, é ainda mais fácil.

    beijos

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  2. Hihihi ADORO viagens cheias de contratemposporque, afinal, são as histórias masi legais que temos pra contar
    hehehehe
    SABIA que com a rapidez de Priscila alguma coisa ia acontecer, tava bom demais pra ser verdade... Vcs receberam a mala ou não?
    Menina, essa de show com cadeira até que é legal se vc levar em cosideração o empura-empura. Fiquei em cadeira no de Beyonce aqui e foi ótimo, não rola estresse nem contato com o suor do povo, se bem que o HSBC Arena é climatizado o que é SUPER especialmente no calor infernal/desertico do RJ ¬¬
    Enfim, que bom que curtiu o show, morri de rir com o terrorismo de Thais e a super breguice do show hehehe
    Mas, oh, se vc quer saber, acho que esses artistas tipo Lady Gaga, Joelma (Calipso) tem mais é que exagerar nas produções mesmo (no palco é claro, não no dia a dia), acho que torna o espetáculo mais bacana =)

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