terça-feira, 24 de abril de 2018

Início da maratona Uyuni

Hoje começou nosso passeio pelo / para o salar do Uyuni. Serão 3 dias / 2 noites com um mesmo grupo de pessoas. Estamos em 6 pessoas: Nilda e eu, 2 garotas que moram na Suíça sendo uma cubana e a outra angolana, e 2 que moram na Alemanha sendo um grego e a outra inglesa.

A primeira "parada" foi nas aduanas. A do Chile foi rápida, mas a da Bolívia... Além de ter demorado, estava MUITO frio. Tanto que até a galera da Suíça e da Alemanha se agasalharam, colocando, inclusive, meias nas mãos!

Ao entrarmos no Parque Eduardo Avaroa, começamos a fazer diversas visitas. Vai ser mais fácil pontuar cada uma delas.
• Laguna Branca: Onde tivemos a primeira vista fantástica. Ela tem essa cor por causa do mineral Borax, usado em detergentes. Que lugar maravilhoso! Uma vista sensacional, com as montanhas refletidas na lagoa... E o silêncio... Uau!
• Laguna Verde: por causa do bronze e do cobre, a lagoa fica verde quando tem vento. Hoje não foi o caso, então foi uma vista "ok", ainda mais depois da anterior.

• Deserto Dali: rochas vulcânicas no meio do deserto, rodeado por cordilheiras. É bonito, mas "apenas", isso.
• Águas Termales: foi uma experiência equivalente ao Geyser del Tatio, a piscina bem pequena e lotada. Nem o pessoal do carro quis ir. Mas a vista é linda! Foi lá que almoçamos. Ah, todas as refeições estão incluídas no passeio.
• Geyser Sol de Mañana: fica a 4.890 metros acima do mar, o lugar mais alto do passeio. O vulcão onde a região fica não é ativo. É praticamente só fumaça e, para piorar, o cheiro de enxofre é muito forte. Eu sei que nunca é bom fazer comparações, mas isso não é um Geyser...

• La Laguna Colorada: como o nome diz, é uma lagoa colorida. Ela tem 16 km2 e possui diversas cores por ter vários microorganismos, o que atrai os flamingos. O lugar é muito lindo, vista maravilhosa, e realmente tem MUITO flamingos. Agora, é frio, pois venta demais, e a latitude continua alta!

No final da tarde chegamos ao hotel, que parece alojamento, onde passamos a noite. Basicamente é na casa de alguém, no povoado de Villamar, que disponibiliza um quarto para todo o grupo. Atenção: um único quarto para as 6 pessoas. É bem simples, MUITO simples. Não tem papel higiênico (mas o pessoal da agência avisa que deve-se levar um), para tomar banho tem que pagar e as camas são bem básicas. O grupo todo tinha levado saco de dormir, e o colocou em cima de suas respectivas camas. Como minha amiga e eu não levamos, pegamos as colchas das camas das suíças e reforçamos as nossas.

Com essa experiência, seguem dicas muito importantes:
• É bom levar o saco de dormir. Eu não senti frio com as colchas, mas sei lá se as roupas de camas foram lavadas... A casa era MUITO simples.
• Além do papel higiênico, levem lenço umedecido. É muito mais prático... Levem dois, pois acaba-se emprestando pro grupo.
• Cuidado com a altitude. Duas pessoas passaram mal, sendo que uma delas foi para o posto médico e teve que tomar remédio e oxigênio. Eu mesma, a noite, tive um pouco de dificuldade de respirar, acho que um misto de nariz entupido e falta de oxigênio. A grande dica é comprar Sorojchi Pills, um remédio que ajuda no mal d altitude. A própria médica do posto recomendou.
• Esqueçam internet, sinal de telefone... Esqueçam contato! Tinha apenas uma tomada, e ficamos dividindo-a.

Clara, escrevendo sobre o dia 22 de abril.

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