O passeio começou com o museu mais famoso da cidade:
Louvre. Chegamos cedo e não tinha tanta fila. Mas, se qualquer forma, eu tinha
comprado o Paris Museum Pass para não me preocupar com isso! Entramos pela
entrada das pirâmides mesmo, com a nossa primeira “visita” ao entro da pirâmide
invertida com a pequena de mármore (alguém lembrou do Código DaVince?).
A primeira parte que vimos dentro do museu foi a área na
qual eles mantiveram a estrutura antiga e medieval do castelo que um dia foi o
Louvre (o prédio atual já foi construído e reconstruído várias vezes, mas a
estrutura de pedra medieval original ainda é a mesma, e é aberta ao público!).
Depois fomos para a área egípcia, e aqui nós ficamos um bom
tempo apreciando as esculturas, a história pelo rio Nilo, os sarcófagos e a
múmia! Passamos pela representação dos aposentos dos antigos reis, pela Vitória
de Samotrácia (estátua grega de aproximadamente 190 a.C, que realmente é linda)
e chegamos na área da arte italiana. Durante boa parte do museu vemos
sinalizações informando onde a “Jaconda” está! E cada vez mais perto que você
fica dela, você vai encontrando mais pessoas e excursões! Quando chega na sala,
tem aquele mundo de gente, e a Monalisa ali, relativamente pequena, toda
protegida... De verdade, fui empurrada algumas vezes, parecia carnaval.
Saímos do museu e seguimos pelo Jardin des Tuileries.
Passamos pela pirâmide externa do Louvre, pelo Arco do Carrousel (no qual admiramos
a fantástica vista e simetria com o Arco do Triunfo e o arco de La Defense) e as
esculturas espalhadas pelo jardim (várias esculturas antigas estão danificadas,
sem mãos/dedos/pés, que não foram restauradas para lembrar os excessos dos
movimentos políticos da história francesa).
Continuando nosso caminho, passamos pela famosa Place de la
Concorde. Ela tem diversas curiosidades associadas. Primeiro em relação ao obelisco,
a França divulga que o mesmo foi um presente do Egito, e este nunca confirmou
isso, ao contrário, até hoje “pede” o belisco de volta. A praça possui duas
fontes que celebram as águas, uma dedicada à navegação fluvial e a outra à navegação
marítima. Por fim, vem sua importância histórica, tanto tendo sido palco de
festejos e casamentos reais quanto sede da guilhotina durante a revolução
francesa, na qual foram decapitados centenas de pessoas entre elas a rainha
Maria Antonieta e o Rei Luiz XVI.
Passando pela Place de la Concorde, começa a velha e
conhecida Champs Élysee. Linda, arborizada, ampla com espaço para carros, bicicletas
e pedestres. Charmosa, cheia de lojas conceitos e “normais” de varejo, com
diversos bares e cafés. Primeiro passamos pelo Petit Palais, que foi construído
em 1900, possui uma entrada linda com arquitetura impressionante, e hoje funciona
como museu de belas artes da cidade. Em frente fica a entrada do Grand Palais,
também construído em 1900, só é aberto ao público para exposições temporárias. O
destaque deste prédio é seu teto, o maior telhado de vidro da Europa. Segundo o
guia da torre Eiffel, o teto possui uma estrutura mais pesada do que a própria
torre. Seguimos pela avenida, passamos por algumas lojas (muito caro, sem
contar que o câmbio não ajuda) até chegarmos ao Arco do Triunfo.
Dica importantíssima do Arco do Triunfo: não tente
atravessar a rua! É impossível! O arco fica no meio de uma rotatória, na qual
12 avenidas e ruas se encontram! Então precisa pegar uma das passagens “subterrâneas”
para chegar no arco. O Pacana é que você pode subir, e tem uma visão perfeita
dessa “estrela” formada pelas ruas! Por sorte pegamos um dia de sol e tivemos
uma belíssima vista da cidade!
Depois fomos conhecer a parte moderna da cidade. Isso mesmo,
Paris tem prédios grandes, espelhados, empresariais, mas fica na zona 3!
Pegamos o metrô e fomos para a região de La Defence, onde fica justamente o
Grand Arche de la Defense, que se encontra alinhado com o Arco do Troiunfo e o Arco
do Carrousel. Logo quando saímos do metrô até levamos um “choque” ao vermos
aqueles prédios imensos! Parece até que é outra cidade. Apesar de não ser uma
das “atrações imperdíveis” de Paris, eu acho que vale bastante a pena visitar.
De noite compramos um pacote que incluía o passeio de barco
pelo rio Sena, um tour de ônibus para conhecermos “Paris à noite” e um jantar
na Champs Elisee. A primeira etapa vale MUITO a pena. Para mim é um passeio
obrigatório, especialmente se fizer à noite. Realmente tem um charme diferente.
A segunda parte eu esperava mais. Achava que veríamos todos os principais
pontos turísticos iluminados, o que não aconteceu. Valeu a pena pelas explicações
mais detalhadas. O jantar, no restaurante Chez Clement, também foi fraco. Nada que
comemos estava maravilhoso. Acabamos chegando no hotel mais de meia noite.
Obs: esqueci de comentar. Teve uma hora que estávamos subindo uma das milhares de escadas do metrô, e vimos uma senhora (+/- 60 anos) subindo com dificuldade, e com duas sacolas pesadas. Nos oferecemos para ajudar e levamos as sacolas até o final da escada, quando as entregamos para ela. Depois de um tempo, enquanto esperávamos o metrô chegar, não é que ela veio com duas latas de refrigerantes para agradecer? Ela não falava nada de inglês/português/espanhol, nós nada de francês, mas dissemos que não precisava e ela insistiu que aceitássemos. Falam de francês rude, mas até agora não vimos/vivemos isso, ainda bem!
Clara, escrevendo sobre o dia 26 de outubro de 2015.
Clara, escrevendo sobre o dia 26 de outubro de 2015.
PS: Pessoal, quem for deixar comentários por favor marque a opção “Enviar por e-mail os comentários de acompanhamento para...”, pois estarei respondendo no próprio campo de comentários do post, ok?
Alessandra que é museóloga não gostou do Louvre pq eles colocam praticamente tudo que tem no acervo em exposição. Aí é bizarro pq tem muita coisa e é humanamente impossível conseguir ver tudo. Acaba virando essa coisa pop bizarra de um monte de gente tentando ver tudo loucamente e tirando fotos freneticamente. hahahahahaha
ResponderExcluirMestre Ramon, confesso que durante todo meu tempo no Louvre eu só pensava em como executar esse plano do link abaixo:
Excluirhttps://news.google.com/newspapers?nid=886&dat=19740625&id=DrpaAAAAIBAJ&sjid=T1ADAAAAIBAJ&pg=3862,3226615&hl=pt-BR
Até gosto de alguns museus, mas quando ele é tão grande que só gera a frustração de não ter tempo de ver efetivamente nada, acabo me desanimando.
Realmente foi essa a impressão que tivemos: muita coisa, e vc não sabe se foca na história do Egito, ou oriental, ou pinturas ou esculturas... Por exemplo, fomos para o do Rodin e achamos uma delícia: 15 ou 20 esculturas espalhadas pelo jardim e uma parte interna explicando um pouco sobre L processo de restauração, bem bacana! Mas não tem como ir à Paris e não ir ao Louvre...
ExcluirAdoro ler esses relatos de cidades fervilhando cultura, história em cada esquina e acontecimentos aleatórios pela rua. Acho que falta essa espontaneidade "gratuita" nas cidades do Brasil que eu já visitei. Tudo por aqui tem intenção de lucro, parece que ninguém mais faz algo por puro prazer e levar entretenimento para os outros.
ResponderExcluirQue me desculpem os mais tradicionais, mas para mim, a melhor parte de visitar essas cidades "desenvolvidas" é a vida nos espaços públicos, tais quais estações de metrô, praças etc.
Aproveitem muitíssimo e vamos marcar esse encontro logo para vocês me contarem sobre a Islândia. O comichão da viagem me pega a cada relato de viagens.
Um beijão.
Ninha, pelo menos em Paris não sei quanto essa "espontaneidade" é "gratuita", o pessoal faz pra ganhar um trocado mesmo. Além disso, acho q só em NY (além do Brasil) vi tanto morador de rua pedindo dinheiro.. Mas voltando para a cultura, boa parte de quem estava "curtindo" os artistas de rua eram justamente os turistas. Agora, já a parte histórico-cultural, diversas famílias francesas ou grupos de escolas nos museus aprendendo algo, impressionante!
ExcluirAssim que voltarmos vamos marcar, sim!!!