Começamos o dia indo para a Ile de La Cite. Passamos pela frente de
La Conciergerie (não entramos por questão de tempo, resolvemos priorizar outros
museus/lugares que achamos mais interessantes) e fomos para a Sainte Chapelle. A
Conciergerie e a Sainte Chapelle são os vestígios do mais antigo palácio real
parisiense, o Palácio de la Cité, considerado uma das maravilhas da arquitetura
medieval na França. No final do século 14, o rei Carlos V se mudou para o outro
lado do rio Sena, se instalando do Louvre.
O antigo palácio continuou a ser usado para funções administrativas e
como sede do parlamento. Por fora, parece que Sainte Chapelle não é nada demais.
Porém sua verdadeira beleza está na parte interna, mais especificamente no
segundo andar. Explicando melhor, o primeiro andar (o da entrada) ficava a
capela construída para os súditos do rei e o andar superior era a capela real
privada. Ela possui uns vitrais de 15 metros de altura fantásticos. Vale a pena
demorar para apreciar uma a um, com suas respectivas explicações.
De lá, fomos para a Notre-Dame. Queríamos primeiro ir no
Archeological Crypt, mas estava fechado para reformas, então fomos direto para
a catedral. Sim, ela realmente é imponente! Muito bonita, imensa, com uma
arquitetura incrível. O mais incrível ainda foi que, quando chegamos, estava
acontecendo uma missa, com um coral maravilhoso! Ao sairmos, tínhamos o plano
de subir na torre, porém a fila estava tão IMENSA que resolvemos pular essa
parte.
Em seguida fomos ao Memorial des Martys de la Déportation, local em
homenagem aos judeus que foram enviados aos campos de concentração durante a Segunda
Guerra. Logo quando chegamos, uma mulher vem explicar que podemos até tirar
fotos, porém, por respeito, as mesmas não podem ser publicadas ou divulgadas. O
memorial é pequeno, mas muito bonito. Recomendo bastante a visita.
Depois fomos para a segunda ilha (esqueci o nome agora) para
conhecer e tomar o famoso sorvete Berthillon. A sorveteria estava fechada, mas
bem próximo tinha um bar que vendia o sorvete. Compramos lá e fica a dica: é
caro, mas vale a pena! Muito bom!
Para chegarmos no próximo destino (Palais Royal), passamos
(andando) por dois pontos turísticos interessantes: Hôtel de Ville (prefeitura
da cidade, que funciona como sede administrativa desde 1357) e Tour
Saint-Jacques (torre construída no século XVI, é tudo o que resta de uma igreja
destruída durante a Revolução). O Palais Royal atualmente é “famoso” por suas colunas
listradas de diferentes tamanhos. Tinham diversas famílias brincando e curtindo
o domingo lá! Para quem gosta de O Código DaVince, procure a linha Rosa Arago,
também conhecida como o Meridiano de Paris na mitologia do Priorado de Sião, e o
primeiro meridiano do mundo. Essa linha foi utilizada no livro (e no filme) como
um caminho para o Santo Graal.
Seguimos nosso rumo em direção à L’Église de la Madeleine. A ideia
inicial era construir um templo de devoção a Maria Madalena. Chegada a
revolução francesa as obras foram paradas, depois Napoleão resolveu construir
um templo de devoção aos soldados. Essa ideia foi abandonada com a construção
do Arco do Triunfo. E assim Madaleine ficou parada até o final da revolução
francesa, quando as obras foram retomadas dando origem a igreja atual. Por fora
ela parece um templo grego, por dentro é realmente muito bonita e clean. Ao entrarmos
não estava tendo missa, mas tinha um coral ensaiando.
No caminho da nossa busca por um lugar para almoçarmos, passamos
pela frente da Operá Garnier (lindo, estava com uma banda de sopro se
apresentando na frente, muito bacana) e da Galeries Lafayette (que estava
fechada, afinal, hoje é sábado).
Terminamos o dia no bairro de Montmartre. Começamos nosso passeio
lá pelo Moulin Rouge (clássico!!!!), fomos na Place des Abbesses para vermos o “Muro
do eu te amo” (que possui a frase “eu te amo” escrita em 300 idiomas) e
terminamos, claro, na Basílica de Sacré-Coeur. O plano era ver o pôr-do-sol lá,
mas quando chegamos o sol já tinha ido. Mas que vista! Que lugar agradável! Tinham
diversos artistas de rua, com destaque para um cantor (voz e vilão) bem na
escadaria principal, e um cara que fica fazendo diversas artes com uma bola de
futebol, em cima de uma pilastra da escadaria... tinha TANTA gente lá,
simplesmente sentada na escadaria curtindo o início da noite, que chegava a ser
empolgante. Entramos na basílica e, adivinhem? Estava tendo uma missa! E com um
coral de freiras que fez arrepiar quando entramos. Acabamos assistindo um pouco
da missa (acho que uns 30 minutos). Depois saímos e o pessoal continuava
sentado na escadaria cantando com o cara do violão. Resolvemos nos sentar lá o
curtir o início da noite. Foi muito mágico, muito bom! E foi assim que
terminamos nosso dia!
Clara, escrevendo sobre o dia 25 de outubro de 2015.
Que delícia Paris!!!
ResponderExcluirAdorei a escolha do roteiro de vocês ;)
Foi um roteiro ambicioso, fato, mas está valendo cada centavo!!!
ExcluirViajar pela Europa é uma viagem sobre a história da humanidade.
ResponderExcluirSó de conhecer lugares que são mais antigos que o nosso próprio país já é impressionante.
EXATAMENTE! Vira e mexe eu falo com Dan isso "rapaz, imagina q isso já existia muito antes do Brasil existir", ou então "como é q alguém morava em um castelo tão grande?" ou mesmo "e imaginar que isso aqui foi palco de várias brigas, batalhas, mortes, guerras..."...
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