Vamos lá, sempre quando eu pensava na Índia, a primeira coisa que vinha na cabeça era Taj Mahal. A segunda era a parte mística e religiosa (meditação, hinduísmo, Yoga, etc.). Depois, muito depois, vinha o Holi Festival. Verdade seja dita: eu só pensei em vir na época do Holi depois que uma amiga minha, Val, comentou sobre o festival. Eu não tinha noção do que eu estava perdendo...
Primeiro vamos para o informativo: o Holi Festival (ou Festival das Cores) é um festival hindu que celebra a chegada da primavera e simboliza a vitória do bem sobre o mal. O Holi celebra o amor divino entre Krishna e Radha. Krishna, que tinha pele azul, se preocupava sobre Krishna não amá-lo por causa da sua cor. Sua mãe sugeriu que ele pintasse o rosto de Radha, dando início à tradição das cores. Uma explicação alternativa para justificar a utilização das cores é dar boas-vindas à primavera.
Outra história vinculada ao festival é a de Prahlada. Ele era devoto de Vishnu e seu pai, o rei demônio Hiranyakashipu, não gostava disso. Então o rei planejou com sua irmã Holika, que possuía um xale encantado que a protegia do fogo, a morte do filho. Holika levou Prahlada para uma fogueira, esperando que ele morresse enquanto ela permanecesse ilesa. No entanto, o xale protegeu Prahlada e Holika foi consumida pelas chamas. Isso simbolizou a vitória do bem sobre o mal.
O festival é celebrado em 2 dias:
- Na noite anterior, com uma fogueira chamada Holika Dahan, na qual as pessoas queimam pedaços de madeiras e outros materiais simbolizando destruição do mal.
- No dia do Holi, as pessoas saem às ruas para jogar pós coloridos (gulas), dançar e celebrar.
O dia do Holi é marcado por diversas festas, públicas ou privadas, espalhadas pelas cidades e por todo o país, com muita música, comida e bebida. Sim, trata-se do único dia que o governo autoriza a bebida alcoólica na rua, em ambiente público. Isso fez com que, no nosso grupo, a gente fosse para uma festa privada, para garantirmos tranquilidade e segurança. Renata, muito caprichosa, providenciou tanto as batas brancas para usarmos (praticamente todo mundo usa branco) e os pós coloridos (foram algo em torno de 17kg). A bagunça já começou no ônibus, com muita cantoria, música alta e dança! Chegando no local da festa, já na entrada começamos a jogar as cores uns nos outros! E aqui farei alguns comentários gerais:
- Na festa tinha muitos gringos (que nem nós), mas também tinham indianos, o que foi maravilhoso porque aprendemos com eles a dançar diversas músicas. Isso mesmo, chegou um ponto que estávamos em um grupo grande, todos dançando, e zoando!
- A festa contou com 2 bandas indianas e músicas mecânicas nos intervalos.
- Gente, sério, eu me senti no Carnaval. Dançando "solta", ouvindo apenas o ritmo das músicas e deixando o corpo me levar! Todos que estavam ali estavam para brincar, para curtir, deixando o clima do lugar muito bacana, bom, positivo! Ninguém ligando por estar suado, todos jogando cores ente si, sem estresse algum... Várias crianças indianas curtindo junto, o que deixava a coisa ainda mais leve e positiva! Eu não tinha noção de que precisava vivenciar essa festa, e sou muito grata por ter tido essa oportunidade. Uma frase que Bruna Porto, aqui do grupo, falou e que representa muito esse momento e sentimento é "colorindo por fora, limpando por dentro".
- No final, tive o previlegio de vivência uma cena maravilhosamente fofa: estávamos saindo, e eu ainda tinha comigo um saco cheio de pó colorido. Me cruzei com uma família indiana, parei e fui dar o saquinho para uma garota pequena, devia ter uns 3 ou 4 anos. Quando mostrei o saquinho pra ela, ela pegou um pouco do gula, com as duas mãos fofas, e de forma muito cautelosa e meiga colocou nas minhas bochechas. Eu morri! Com isso me abaixei ainda mais, peguei um pouco e coloquei nas bochechas dela. Aí insisti para entregar o saco e ela repetiu a ação. Linda demais! Deu vontade de levar ela para casa! Paty, também do grupo, fez o mesmo movimento com ela, linda demais! Aí insistir com a mãe que estávamos querendo dar o saco, então ela pegou e agradeceu!

- Já do lado de fora, nós ficamos cantando no meio da rua! A galera do trânsito e da rua zoando e cantando junto, bem divertido. Aí chegou uma hora que começamos a cantar "Eu não vou embora", e chegaram 3 brasileiras correndo e começaram a cantar conosco! Depois passaram alguns brasileiros em um tuk tuk e ficaram cantando também. Foi bem engraçado, muito divertido mesmo!
Voltamos para o hotel, tomamos um banho (afemaria... Banho longo!), almoçamos no hotel mesmo e voltamos para a região onde fizemos a meditação no dia anterior. Lá tinha uma joalheria (não vi nada de interessante), tivemos uma consulta com astrólogo (a astrologia não bateu, mas a leitura de mão bateu direitinho) e fizemos um desenho de rena na mão. Depois voltamos para o hotel.
Clara, escrevendo sobre o dia 14 de março de 2025
Super astral. Holi é isso mesmo. Alto astral e alegria. Tb já tive o prazer de participar. Mary tb já participou de uma festa Holi, realizada num estádio de futebol em Miami. A energia fica presente.🙏🙏🙏
ResponderExcluirFica mesmo, é muito bacana!
ExcluirO comentário aparece 3 vezes… alguma “barbeiragem”.
ResponderExcluirNo início do texto tem "eu só pensei em vim na época", acho que é vir no lugar de vim. :)
ResponderExcluirQue loucura esse "carnaval colorido", mas pelo seu relato foi extremamente divertido
"Deu vontade de levar ela para casa!", olha aí, pensando em ser mãe? :D
Faltou um relato melhor dessa consulta com astrólogo. kkk
Corrigido! Rapaz, a garota era muito linda!!! Então, sobre o astrólogo... Ele errou tudo... Kkkkkkk
Excluir, participei de um holi em miami , porém ai deve ser mais legal!! Mando a riqueza de detalhes que você nos presenteia . Bj
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