sábado, 28 de outubro de 2017

O dia das experiências mais diversas

Gente... O dia foi tão bom, aconteceu tanta coisa, que tenho certeza que o texto ficará longo... Peço desculpas, mas não tem como ser diferente!

Logo cedo nós tomamos café e fomos "boiar" no mar morto! Isso mesmo, boiar! Você não consegue afundar devido à alta salinidade da água! É muito engraçado, fiquei de "cadeirinha", brinquei de pula-pula... Foi muito divertido! Um fato preocupante: vimos ao longo do caminho placas indicando qual era o nível do mar em 2000, 2005 e 2010. Quando conversamos com Wadgi (o motorista), ele explicou que o nível do mar diminui 1 metro por ano. Ou seja, se quiserem ter essa experiência, corram! E o bom de ficar em um hotel equivalente ao que ficamos na Jordânia é que pode-se boiar no mar exatamente na praia do hotel, não precisa ir para  algum ponto específico.

Depois fomos para Aman, último destino da Jordânia. Como no caminho conversamos bastante com Wadgi, seguem algumas curiosidades que aprendemos sobre o país e sua cultura (além de outras curiosidades gerais):
*a estrada que percorremos desde Aqaba, que passa pelo Mar Morto, e parte do trajeto até Aman, é conhecida como "border", pois ela é fronteira entre Jordânia e Israel.
*‎Praticamente todos os lugares, áreas, hotéis que passamos tem mosca. É muito chato! E não tem a ver com sujeira. Às vezes o lugar estava super limpo, com ar condicionado, e tinha mosca. Não é insuportável ou desagradável, mas é chato.
*‎A água no país é tão escassa que existe racionamento eterno em todo o país: só há disponibilidade de água apenas um dia na semana. Repito, em TODO o país, o ano inteiro, sem perspectiva de isso ser resolvido.
*‎Quando um jordaniano recebe alguém em sua casa, a regra é simples: a pessoa mais importante passa a ser o convidado. Por esse motivo ele não deve levar qualquer presente para o(a) dono(s) da casa (isso pode ser até um insulto). Além disso, o dono da casa acaba fazendo todas as "vontades" do convidado.
*‎Não existe hospital ou escola 100% público / gratuito. Os que são do governo, cobram alguma coisa. Mesmo que esteja em uma situação de emergência em um hospital, se não tiver dinheiro para pagar o procedimento, você será mandado embora.

Em Aman, antes de chegarmos ao primeiro destino, passamos pelo "Souk" (não sei como se escreve). Trata-se de um mercado a céu aberto no qual se encontra de TUDO, desde móveis, passando por roupas, até eletrodomésticos. Seguimos o para o teatro romano. Como fomos sem guia, não sei exatamente a história por trás, mas é lindo! Se eu não me engano, cabem 6 mil pessoas! História curiosa: enquanto estávamos passeando pelo teatro, um pai pediu para que a filha pudesse tirar uma foto conosco! Como eu tinha lido já sobre o assunto, ficamos tranquilas, mas foi engraçado!

Depois fomos para a Cidadela de Aman. Trata-se de uma área imensa que fica em um dos pontos altos da cidade, cuja vista é fenomenal: visualiza-se tanto a parte mais antiga e "pobre", quanto a parte onde os refugiados da Síria vivem, terminando na parte mais moderna e mais rica (vista de 360o da cidade!). Contraste totalmente visível! Sobre a Cidadela, os artefatos mais antigos encontrados lá são da época da Idade do Bronze (1650-1550 a.C.). De lá para cá, passaram diversos povos que foram deixando construções, artefatos ou mesmos reconstruíam por cima de estruturas já existentes! Com isso, a cidade já teve uns 3 ou 4 nomes distintos! O lugar é lindo, vale super a pena!

Visita seguinte foi a uma Mesquita. Tivemos que colocar um vestido preto longo, de mangas, e o lenço na cabeça para poder entrar no local. Lindo, boa energia! Gostei de ter visitado! Uma outra coisa bacana é a localização: fica literalmente em frente a uma igreja egípcia, e ao lado de uma igreja ortodoxa. Wagdi falou que a convivência é super pacífica!

Na hora do almoço, uma das melhores experiências da viagem até agora: Wadgi nos convidou para almoçarmos na casa dele, comida típica da Jordânia! Foi fantástico: almoçamos na casa da 2a esposa, a mais nova. Eles possuem 4 filhas juntos (fofas) e ela tem um filho mais velho de casamento anterior. Mesmo apenas ele falando inglês, a experiência foi maravilhosa! A comida estava muito boa, e farta! Pelo que entendi, comemos Macloba de prato principal e Kunafa (MARAVILHOSO) de sobremesa (não sei se escrevi certo).

De lá fomos para o aeroporto, pegar o avião rumo ao Egito. Chegando lá, o apoio (não era guia porque ele só nos acompanhou até o hotel) estava com uma placa com meu nome logo na saída do avião. Nunca tinha visto isso antes... Passamos super rápido pela alfândega e seguimos para pegar a mala. Daí veio outra parte show da viagem: minha irmã mais velha veio nos encontrar, mas isso foi surpresa para minha mãe (bem estilo viagem de NY). O mais legal: quando minha irmã nos viu, ela colocou um lenço na cabeça e se esbarrou em minha mãe. Esta morreu de medo, e começou a fugir. Aí começou meio que uma "perseguição" (sem correrias, só caminhando de um lado para o outro enquanto esperávamos as malas). Eu comecei a filmar, claro, e a dar risada, só que ainda assim minha mãe continuou com medo. Até que minha irmã tirou o lenço! Foi engraçadíssimo! Depois fomos ao hotel, comemos pizza e dormimos, pois o dia seguinte seria puxado também!

Clara, escrevendo sobre o dia 27/outubro/2017.

2 comentários:

  1. Se eu te conheço bem deve ter se divertido bastante boiando no mar morto. kkk
    Adorei a sua foto atrás da placa. ahahhahahaha
    Curioso isso de pedirem pra tirar foto com vcs.
    Sua foto vestida pra visitar a Mesquita ficou muito boa também.
    Vc comeu essa comida? Chocado! Devolvam a Clara que eu conheço! hauahuahuahuah
    Esse vídeo de sua irmã com sua mãe deve estar ótimo! hahahahaha

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    1. Kkkk, vc me conhece MUITO bem! Aposto que conseguiu me imaginar rindo pra me acabar, pulando feito uma criança!!
      Kkkkkkk pois é.. Experimentei a comida! Mas calma, ainda sou a Clara que vc conhece, eu catei algumas coisas!! Kkkkk
      O vídeo é sensacional! Ao vivo eu te mostro!

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