terça-feira, 20 de junho de 2023

Despedida de Barcelona

Último dia em Barcelona e ainda tem muita coisa para ser visitada.. Sim, já internalizei que não verei tudo o que eu gostaria mas faz parte, fazer o quê? 

O dia começou cedo para visitar uma outra grande obra de Gaudí, o Park Güell. A história do parque é curiosa: na primeira década do século 20, Eusebi Güell contratou Antônio Gaudí para fazer uma espécie de condomínio, que caberiam 40 casas. O problema é que, depois que a área comum ficou pronta, o empreendimento não fez sucesso e no final só teve 2 casas construídas: a que Gaudí morou e a que era usada como "showroom". Em 1914 o projeto foi oficialmente abandonado e em 1918 os herdeiros de Güell venderam o terreno para a Prefeitura de Barcelona, que transformou o empreendimento em um parque para a cidade.  Eu tinha lido na internet que uma parte do parque tinha acesso gratuito, mas isso não acontece mais. Para você acessar qualquer área, precisa pagar. Porém, se você for residente de Barcelona, pode entrar gratuitamente, afinal, é um parque da cidade. O local tem várias partes interessantes para visitar, sendo a antiga área comum a principal com a salamandra feita de mosaico e as duas casas da entrada principal que foram inspiradas no conto de João e Maria!

O plano era em seguida fazer um piquenique com Lilla e Peu, porém, estava chovendo. Sendo assim, fizemos o piquenique na casa deles! Foi bem bacana, e relaxante, pois deu pra conversar um pouco mais, aproveitando os últimos momentos juntos (ao menos nessa temporada / viagem).

Depois fomos explorar o bairro do Born, visitando os seguintes pontos turísticos:

- Arc de Triomf : sim, Barcelona tem um! Mas aqui, ele foi construído para ser a porta de entrada da Exposição Umiversal de Barcelona, que ocorreu em 1888.

- Parc de la Ciutadella: sería o parque que faríamos o piquenique se não estivesse chovendo. Ele é bem bonito, e estava lotado. Acabamos ficando pouco tempo nele. 

- El Born Center Cultural i Memòria: trata-se de um espaço arqueológico imenso, muito bem conservado, de uma Barcelona datada entre o final do século XVII e início do século XVIII. Dá para ver direitinho as dimensões das casas, estruturas de escadas, divisões dos cômodos... Além de valer a visita pelo conteúdo histórico e impressionante, é gratuito!

- Igreja de Santa Maria do Mar: foi oficialmente inaugurada em 1391. Uma história interessante que li da igreja: no século 14, os moradores do então bairro Ribeirão do Mar queriam ampliar a igreja. Porém, o foco do "governo" estava na reforma da Catedral de Barcelona. Então os devotos ricos doaram dinheiro para a ampliação e os que não tinham condições de dar dinheiro, trabalharam efetivamente na obra (inclusive carregando pedras nas costas). Detalhe: essa construção foi feita sob a igreja antiga, para não interromper as atividades. Outra curiosidade é que a imagem da Virgem do Mar que está na catedral é a mesma que foi colocada ali no período medieval. Reza a lenda que ela sobreviveu ao incêndio de 19 de julho de 1936, quando a basílica ardeu por onze dias seguidos. Não entramos por falta de tempo... 

Para continuar conhecendo o bairro, que é uma graça por si só, nos "perdemos" pelas ruas passando na frente de lugares importantes como Museu de Picasso, Mercado Santa Caterina (estava fechado) e Palácio da Música Catalã.

De lá voltamos para a casa de Lilla, nos arrumamos, e fomos pegar o trem rumo a Madrid. Rapaz... A viagem que era para ter durado 2h45min, durou quase 4 horas. Estava tendo uma tempestade em uma cidade próxima, então o trem ficou parado um bom tempo... Fomos chegar no hotel mais de meia noite... 

Clara, escrevendo sobre os dias 18 de junho de 2023

Um comentário:

  1. É difícil conseguir ver tudo, o importante é aproveitar o melhor possível.
    Que tenso isso do trem, mas felizmente deu tudo certo.

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