quarta-feira, 3 de julho de 2019

Dia de mergulho

Dia do passeio mais esperado! Sério! Quem nunca ouviu falar da Grande Barreira de Corais da Austrália (Great Barrier Reef), uma das finalistas para as 7 Maravilhas Naturais do Mundo (mas eleita pelo canal de TV americano CNN para esse título)?

Detalhando um pouco sobre os corais, para depois eu falar sobre o meu passeio: eles ficam entre o nordeste da Austrália (às margens do estado de Queensland) e o país Papua-Nova Guiné. É o maior organismo vivo do planeta, sendo possível vê-lo inclusive do espaço. De acordo com o Wikipedia, "o ecossistema de 2.300 km de extensão compreende milhares de recifes e centenas de ilhas feitas de mais de 600 tipos de corais duros e macios. Abriga inúmeras espécies de peixes coloridos, moluscos e estrelas-do-mar, além de tartarugas, golfinhos e tubarões.". Em 1981 foi considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Como alguns já devem saber, a barreira começou a se deteriorar na década de 1990 principalmente por dois motivos: impacto do aquecimento anormal das águas do mar (devido principalmente ao fenômeno do El Niño) e a poluição marítima (maior presença de dióxido de carbono). Isso tem causado o branqueamento dos corais e a diminuição da diversidade biológica. Isso é tão sério que em 2016 pesquisadores da Universidade James Cook na Austrália informaram que aproximadamente 35% dos recifes de corais estão mortos ou morrendo, e dizem que isso tem ocorrido mais nos corais do Sul.

Sobre minha experiência, o que não falta é opção de passeios para as barreiras. Você pode ir de barco, mergulhar com cilindro, fazer snorkel, ir de helicóptero e até pegar um barco tipo submarino para ver os corais sem se molhar! Como esse era um passeio que eu não queria arriscar perder, eu fiz a compra e reserva ainda no Brasil. Chegando aqui, acabei sabendo que a maioria das empresas oferecem todas essas opções em um mesmo passeio: na hora você pode "acrescentar" se tiver vontade! Eu, por exemplo, tinha fechado apenas o snorkel. Porém, fiquei sabendo que seria possível mergulhar de cilindro como se fosse uma introdução, de 25min. Claro que fiz isso!

Lá na hora eles dão os ensinamentos básicos de mergulho: como tirar água dos óculos, como aliviar a pressão dos ouvidos, como recuperar o cabo pelo qual você respira (sei lá o nome), os principais sinais a serem utilizados dentro d'água... Tipo um "primeiro socorros"! Foram formados grupos de 4 pessoas que eram acompanhados por um instrutor, e este fez alguns testes com cada um antes de seguirmos. Colocamos a roupa, eles colocaram o cilindro em cada mergulhador "aprendiz", e fomos para a água. Rapaz... Bateu um pânico... Sério. Comecei a respirar muito rápido, achei que não conseguiria ficar na água. Cheguei até a fazer o sinal para subir. Aí o instrutor pediu para eu ter calma e fazer a respiração mais lenta. Fui me acalmando, respirando, fechando o olho, e depois de um tempo fiquei bem. Não 100%, mas bem. Fiz os dois testes e começamos a "passear", todos de braços dados (lembrem, éramos iniciantes). No início eu estava tão preocupada em mergulhar (respirar, diminuir a pressão dos ouvidos, bater as penas, manter o corpo na horizontal...) que esqueci que estava na famosa barreira de corais! Quando fiquei mais tranquila, e comecei a olhar ao meu redor... Uau!!! Sensacional!! Muito lindo!! Vimos vários peixes (só reconheci Nemo e o peixe martelo), diversos moluscos e os corais em si! Confesso que eu esperava mais cores, quando comentei isso, os instrutores falaram que estava assim por causa do aquecimento global (de fato dá pra ver vários corais já cinzas, mortos) e pelo fato do dia estar um pouco nublado...

Quando saí da água... Outro desespero: o frio! Estava MUITO frio! Ventando muito, a temperatura estava uns 19 graus, e estava nublado. Demorei MUITO para parar de tremer, sério! Até porque eu não podia entrar no barco molhada, então tive que esperar a toalha fazer efeito... Depois eles fizeram uma nova parada em uma segunda parte da barreira, sendo possível mergulhar novamente de cilindro (teria que pagar nova taxa) ou de snorkel. Confesso que estava tanto frio que ao invés de ir pra água, eu fiz o passeio do submarino. É legalzinho, mas só isso. Vale mais a pena ir para a água, sem dúvida alguma!

Depois voltamos para Cairns (isso já no final do dia). Ah, o passeio tem almoço (bem mais ou menos), água, chá, café e um lanche no final da tarde. Mas eu realmente recomendo levar algo pra beliscar e beber. Além disso, lembrar de levar toalha e, no inverno, um casaquinho. Todo mundo estava de moletom, mas como eu não trouxe para a viagem, fiquei enrolada na toalha com minha camisa UV de manga comprida.

De noite, nada demais. Fiquei no Hostel e dormi cedo pois no dia seguinte terá novo passeio cedo.

PS: Fiz esse passeio com a empresa Down Under Dive.

Clara, escrevendo sobre o dia 3 de julho de 2019, quarta-feira.

3 comentários:

  1. Tenho zero interesse em mergulho por não gostar de respirar pela boca, acho que só faria mesmo o snorkel ou então o esquema do barco tipo submarino. E a foto embaixo da água ficou ótima! :)

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    1. Não sei se mergulhar ia de novo mas foi uma experiência bacana!

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