domingo, 11 de setembro de 2022

Primeira etapa, Katmandu (Catmandu)

Rapaz... Que viagem longa... Mas cheguei! E o dia começou de uma forma bem linda. O último trecho (Doha - Catmandu) eu sentei na janela. Dormi praticamente o voo inteiro mas, quando estávamos nos aproximando da capital do Nepal, com o avião ainda acima das nuvens, foi possível ver os picos das montanhas, lindo! Espero que consigam ver na imagem abaixo...


Chegamos, e fizemos o processo de visto. Aqui, uma coisa curiosa que até o momento não entendemos o que aconteceu: vc pode adiantar o processo pela Internet (https://nepaliport.immigration.gov.np/entry-visa-processing) e, chegando lá, fazer apenas o pagamento da taxa. Tanto Val quanto eu tínhamos feito isso, porém, quando chegamos lá, eles não identificaram nosso cadastro. Resultado: tivemos que pegar uma fila grande, refazer o cadastro, pra depois pegar a fila da taxa e por fim fazer o processo de alfândega.

O aeroporto é minúsculo!! Não existe finger, todos os desembarques e embarques são via escada. Outra coisa que chamou a atenção foi a quantidade de helicópteros! O que faz sentido, considerando os passeios até as proximidades das montanhas, principalmente do Everest.

Duas dicas bacanas do aeroporto: o câmbio lá é bom, com valores bem equivalentes ao que encontramos nas ruas da cidade. A outra dica é sobre SIN CARD (chip de celular). Tanto no aeroporto quanto na cidade, existem várias opções de empresas. Porém, após pesquisa e indicações, a conclusão é que existem 2 principais, a NTC e a Ncell, ambas com loja logo após o controle de passaporte. A primeira tem ótima cobertura 3G, inclusive (e especialmente) em lugares remotos. A segunda tem melhor cobertura 4G, com maior velocidade, mas perde sinal em lugares remotos.

O hotel tinha transfer incluso, então eles nos pegaram no aeroporto. E aqui, mais uma experiência sobre a qual eu já tinha lido: as pessoas saem pegando as suas malas e carrinhos para levar até o carro / transfer, sem pedir ou esperar consentimento, e no final exige a gorjeta. Isso aconteceu conosco, pois ele sabia o nome do hotel e já foi pegando o carrinho. No final, cobrou USD 20,00!!! Demos apenas USD 1,00, pois achamos um desaforo. 

Chegamos no hotel, deixamos as malas, nos arrumamos e fomos passear pelo bairro. O hotel fica  bem no centro  do bairro comercial turístico da cidade: Thamel, e próximo à 2 atrações turísticas da cidade, que dá para ir andando, que foi o que fizemos!

1o fomos para o Garden of Dreams (Swapna Bagaicha). Ele foi construído em 1920, a mando de Marechal do exército nepalês Kaiser
Shamser. O jardim teve sua construção inspirada pelos jardins ingleses que o marechal tinha visitado na época, e atualmente só "restou" e está disponível apenas 1/3 do espaço original. Entre 2000 - 2007 passou por uma reforma com a ajuda do governo austríaco e atualmente passa por nova reforma devido ao grande terremoto que o Nepal enfrentou em 2015 (conto essa história depois). O Garden of Dreams é um lugar muito sereno silencioso, tranquilo, ótimo para fugir da confusão da cidade. Ele é um tamanho mediano, em uns 15 minutos é possível percorre-lo completamente. Super agradável, possui muito verde, fontes, pavilhões e pérgolas.


De lá, fomos andando (20 ou 30 minutos), atravessando todo o bairro Thamel, até chegar à Durbar Square / Katmandu Durbar, a praça Durbar da cidade. Antes de falar da cidade, preciso falar do bairro Thamel e de como é andar pela capital do Nepal.

Primeiro o trânsito. Gente, que doideira! Dizem que isso Katmandu herdou do país vizinho, Índia, porém sem ter as vacas no meio do caminho e, dizem, de forma um pouco mais tranquila. Não sei como porque, sério, um caos! Não vi nenhum semáforo e nenhuma faixa de pedestre! Para atravessar rua, vc respira fundo, reza e vai indo, acreditando que ninguém vai te atropelar. Pedir para alguém parar pra vc passar, esqueça, a prioridade é das motos, carros, bicicletas e tuktuks. Calçadas e linhas nas ruas que definem mão e contra-mão só nas avenidas maiores, mas isso não quer dizer muita coisa porque as pessoas acabam andando nas ruas e a linha parece enfeite. As ruas internas dos bairros são minúsculas, estreitas, e todas são vias de 2 mãos. Gente, é muito doido, e divertido! A dica realmente é entrar no clima, entender que a cultura é assim mesmo, e "se jogar". Placa com nomes de rua? Esqueça, mas o Google Maps funciona direitinho!


Sobre as ruas / bairros que passamos, eu esperava mais suja. Tudo que eu li falava sobre como a cidade era suja, mau cuidada, e eu não vi nada disso. Sim, a cidade é bem pobre, com construções antigas, casas absurdamente simples, mas não vi essa sujeira toda. Agora, paramos pra comer uma das comidas típicas, procuramos um lixo pra jogar o copo plástico fora, e não achamos. Tivemos que pedir para jogarem fora dentro da bilheteria da praça Durbar. Em cada esquina, pelo menos na região de Thamel e arredores, tem um templo (grande / médio / pequeno), uma estupa/stupa, uma oferenda (hinduísta ou budista), uma estátua... A fé e essas religiões são muito fortes e presentes aqui! Algumas das construções tem uma plaquinha com QR Code que vc pode acessar informações detalhadas sobre o lugar, outras não. Teve um negócio mesmo que passamos e tinha um peixe inteiro, com um ovo na boca, parecendo em um altar, e ao redor e embaixo DIVERSAS comidas, como se fosse uma oferenda. É encantador! Dá vontade de ficar parando em tudo pra saber detalhes de tudo mas, se fizermos isso, acho que seriam necessários dias só para explorar Thamel! Outra coisa que li que era característica da cidade, e de fato é: a quantidade de fios espalhada e nos postes. Gente, não sei como não dá uma pane geral. Tem postes que nem dá pra ver o poste em si, de tantos fios pendurado e enrolados!

Em relação ao bairro Thamel, maravilhoso! Sem dúvida alguma é onde deve-se procurar a hospedagem! Trata-se do bairro comercial e mis turístico de Katmamandu. Descrever que no bairro tem MILHARES de vendas, restaurantes, hospedagens, artesanatos, lojas (de marca internacional ou local), livrarias, agências de turismo, não faz juz ao bairro, pois tem que adicionar a isso o clima, a segurança, e tudo o que descrevi nos parágrafos acima, que dão à Thamel um encanto diferente cada fez que você anda, desbrava novas ruas / vielas e encontra novas coisas! Algumas ruas são de barro batido, outras de asfalto, e outras de pedras.

Caramba, agora que eu me toquei de como a postagem está imensa, e eu ainda não falei sobre metade do dia! Sendo assim, vou dar continuidade ao roteiro e nas próximas postagem falo sobre compras (sim, vocês leram certo, eu falar sobre compras), o povo nepalês (MARAVILHOSO), os detalhes das comidas que provamos...

Após nossa caminhada, parte embaixo de chuva, chegamos ao destino final (do dia): Katmandu Durbar Square. A praça é linda, cheia de templos e significados. Ela é tão rica, que decidimos hoje só passear até encontrármos um restaurante pra almoçar e amanhã revisitar a região com um guia. Sendo assim, vou deixar pra descrever detalhes amanhã, mas deixarei aqui uma informação importante. Para acessar a praça, o turista precisa pagar uma taxa. Nem tente se esquivar, eles sabem. Agora, sendo sincera, porque não pagar a taxa? O país já é tão necessitado, sofreu ainda mais com o terremoto (do qual ainda está se reconstituindo), você está visitando para conhecer a cultura desse povo tão incrível, porque não pagar? Detalhe, não é caro (~ USD 8,00 / pessoa). A taxa é válida por um dia mas, você pode ir até o Site Office , que fica no "Katmandu Metropolitan City Hanuman Dhoka Durbar Square Conservation Programme", ao lado da Polícia de Turista, e pode revalidar tanto por um dia (de forma simples) quanto por vários dias (aí tem que levar uma foto 3x4 e o passaporte). Basta perguntar para qualquer pessoa que trabalhe na praça (pessoas com crachá ou que vendem esse ticket) e perguntar onde fica o lugar para revalidar. É na própria praça Durbar. Mas você tem que fazer no mesmo dia que seu ticket pago estiver válido. Com isso, quando decidimos que voltaríamos pra lá com guia, revalidamos o ticket pra mais um dia e fomos almoçar.

Comemos no Bella Vista Louge, "só" porque daria para comer tendo uma vista para uma das partes da praça. Detalhe, mesmo sendo um lugar mega turista, a comida estava ótima!

Voltamos para o hotel, descansamos um pouco e saímos de noite pra jantar. No início tínhamos pensado em um lanche / café, mas acabamos comendo pizza no New Orleans Café. Apesar de ser outro restaurante típico para turistas, ele é muito aconchegante, com luz de velas, decorado por bandeirinhas de orações e com boa trilha sonora. A pizza estava uma delícia, mesmo sendo um pouco picante pra mim!

Clara, escrevendo sobre o dia 11 de setembro de 2022, domingo.

10 comentários:

  1. Lalá que legal ler
    O seu
    Post. Me
    Senti passeando nas ruas com vocês. Vou-te acompanhar por aqui . Falou q o almoço estava bom mas
    Comeram o que ? Bjs e saudades

    ResponderExcluir
  2. 1- A inscrição pela internet que não foi encontrada no aeroporto
    2- os rapazes pegar as malas sem pedir
    3- O trânsito que só eles entendem
    4- A fé e os templos
    5- A simpatia deles…

    Bem vinda a Índia e adjacências , uma cultura bem peculiar, mas do bem. Muita pobreza.

    Sergio

    ResponderExcluir
  3. Aproveite Lala! Especialmente enquanto tiver comida q vc gosta kkk! Divirta-se no trânsito e nas compras! Bjs Priscila

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Simmmmm, o objetivo é esse, Bibis, comer tudo que posso por enquanto!!! KKKKKK Beijos!

      Excluir
  4. Pode ser que a parte suja da cidade seja mais pro subúrbio.
    Eu também estava com dificuldade em comentar pelo celular, só consegui logar no Google pra comentar no computador.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Doideira, será que é alguma configuração? Vou dar uma olhada aqui. Ah, agora que viajei pro interior do interior, posso dizer, fora das cidades grandes é um lixo só, e nós explicaram o motivo. Vou tentar escrever sobre isso!

      Excluir